Capítulo 26

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Hermione

Ficamos um longo tempo em silêncio. Rony fitava o fogo. Já Harry, fitava o chão. Eu estava esperando suas respostas e seus gritos. Mas nada aconteceu. 

- Então, ele está lutando ao lado de Você-Sabe-Quem. - Foi Rony que se pronunciou. 

- Não, sim. - Falei, enrolada. - É complicado. 

- Então explique. - Harry falou. Ainda fitando o chão. 

- Ele não teve escolha. - Afirmei. Meu coração estava aflito. - Nenhum dos herdeiros das famílias de sangue-puro tem escolha. Se não fizerem o que mandam, eles morrem. 

- Meu Merlin. - Rony murmurou. 

- Hermione, precisa me contar o porque Draco está afastado. Eu não sou burro, eu vejo você sofrendo. - Ele me olhou. - Ele está encarregado de fazer alguma tarefa a Voldemort. Se me contar, talvez...

- Talvez possamos terminar com essa guerra. - Rony falou. Suspirei. 

- Eu não sei. - Respondi. - Ele nunca me falou nada. Simplesmente se afastou. - Meu tom saiu fraco, e as lágrimas surgiram em meus olhos novamente. 

Rony levantou da onde estava e me abraçou.

- Mione. - Ele suspirou, me abraçando. - Sei que você o ama, mas ele pode ser perigoso. - Olhei de canto para ele. Mas não respondi.

- Rony tem razão, Mione. - Harry falou. - Eu fui longe demais, eu sei. Não consigo parar de pensar em Malfoy sangrando naquele banheiro. Eu fui longe demais. Sinto muito.

- Eu sei, Harry. Só que você não pode ficar achando que todos que não estão conosco estão contra nós. Não somos os únicos fazendo escolhas em meio a guerra. Todos nós temos alguém por quem lutar. - Falei. Harry assentiu.

- Temos que terminar isso. Precisamos de ajuda. Se Você-Sabe-Quem dividiu sua alma em Horcruxes, temos que encontrá-las e destruí-las. - Rony falou. Me soltando. Quando seus braços saíram do alcance do meu corpo, senti frio.

Por mais que eu amasse Draco. Rony ainda estava na minha vida, meus sentimentos por ele estavam mudados. Sua família me acolheu e eu fiz de Rony, um irmão para mim; assim como Harry.

- Vamos agir. - Falei. Olhando para os dois.

- Precisamos de você, Hermione. - Harry esfregou as mãos. - Salvar a pedra Filosofal. Sirius. - Ele suspirou quando falou o nome de seu padrinho. - Vencer o torneio Tribruxo. Salvar Gina do Basilisco. Tudo isso foi com a sua ajuda.

Engoli em seco.

- Harry, nem sempre foi minha ajuda. - Afirmei. - Principalmente na câmara secreta.

- Como assim, Mione? - Rony perguntou, confuso. - Você foi brilhante! Descobriu o que havia dentro da câmara.

- Eu sei, mas não fui só eu que ajudei. - Suspirei. - Draco nos ajudou. - Ambos me olharam confusos e surpresos. - Ele que achou a página em um livro que falava sobre o Basilisco. Draco ouviu Lúcios falando sobre a câmara. Ele nos ajudou.

Harry suspirou.

- E eu quase o matei. - Harry murmurou. Se levantando da poltrona e começando a andar de um lado para o outro.

- Harry, se acalme. - Minha ansiedade tinha aflorado. O que será que iríamos fazer agora? Não podíamos sair à caça de supostos objetos e pedaços de alma. - Não podemos sair do castelo à procura de uma mera lembrança. Temos que ver o que vai acontecer. Dumbledore sempre sabe de algo.

- E sempre nos ajuda. - Rony completou.

- Vocês têm razão. - Harry se sentou na poltrona. Ficamos em silêncio o resto da noite.

Entre o Caos - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora