Capítulo 1

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Hermione

- Me dá essa chave, Malfoy. - Falei num tom ameaçador. Meu coração estava a ponto de sair pela boca. A adrenalina subindo pelas minhas veias, e Malfoy parecia estar se divertindo com isso, pois estava com um sorriso estampado em seu rosto.

- Calma! Por Merlin, Granger! Você se estressa muito rápido. - Ele disse indo em direção a porta.

Antes que eu pudesse dizer algo, Malfoy abriu a porta.

- Entra a casa é sua. - Ele fala e para do lado da porta, sem entrar. Seu rosto estava em uma expressão calma, como se já estivesse acostumado com tal ação.

Uma tensão percorreu meu corpo, e eu não sabia o que iria fazer a seguir. Entrei em casa, antes de fechar a porta minha fala agiu antes do meu corpo, ou melhor, minha educação.

- Você quer entrar? - Falei. Nesse momento eu parei a centímetros da porta. Malfoy deu de ombros.

- Me fale uma boa razão para entrar. - Bufei, óbvio que ele estava brincando comigo.

- Bom, eu não tenho. Mas sinceramente se você já está aqui, o mínimo que eu posso fazer é te convidar para entrar. - Falei passando as mãos pela saia do vestido. Malfoy passou pela porta encolhido, mas com um olhar confiante observando cada canto e centímetro da casa.

Seus olhos cinzas percorrendo toda a sala, os quadros, as fotos, até pararem em mim. Um arrepio me percorreu e eu senti que estava segura, o que era estranho já que na minha frente estava Draco Malfoy, o sangue puro, que me humilhou praticamente a vida toda.

- Você quer um chá? - Perguntei quebrando a ligação que estava rolando entre nós.

- Claro. O chá é o mesmo no mundo trouxa que no mundo bruxo?

- Sente aí e descobre. - Falei me virando e indo em direção a cozinha.

Coloquei a chaleira para ferver, enquanto estava esperando soltei o coque e deixei os cabelos se soltarem. Eu não tinha cortado o cabelo nos últimos meses, e suas mechas já estavam batendo a cintura; havia decidido que só iria cortar antes de ir A'Toca.

Draco

Não sei o que deu em mim para seguir a Granger até a sua casa, contudo realmente não conhecia a parte trouxa de Londres, não que isso fosse um problema, eu só não queria voltar para a mansão. Enquanto Granger foi fazer o tal do chá, saí andando pela casa. De certa forma, as casas dos trouxas são diferentes, e essa aqui era um tanto quanto pequena perto da mansão.

Cheguei em uma porta branca, tomado pela curiosidade que abri. Me deparei com um quarto rosa claro, uma cama de solteiro no meio do quarto, encostada na parede. Uma escrivaninha embaixo da janela, uma estante pequena de livros, bem organizada. Um armário branco se estendia na parede do lado da porta. Então esse é o quarto da Sabe-tudo Granger. Segui para a cama e me sentei.

O que eu estou fazendo? Faz uns anos que eu parei de sentir, nem que seja uma feição por ela. O que de fato era uma meia verdade, Hermione Granger já foi meu grande amor quando pré-adolescente. Naquela época fiquei tocado pela ideia de Granger ser a mocinha e eu o Badboy.

- O que você está fazendo aqui? - Quando me dei conta, havia uma Granger irritada parada à porta com duas xícaras de chá.

- Então esse é o covil do Leão? - Brinquei. Granger levantou uma sobrancelha, mas no final deu um sorriso.

- Toma, aqui está o seu chá. - Ela falou, estendendo a xícara para mim, vindo em minha direção. Peguei a xícara, tomando um gole e observando Hermione se sentar ao meu lado.

Entre o Caos - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora