Capítulo 3

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Draco

Quando cheguei à porta do banheiro, bati e chamei pela Granger, mas não houve nenhuma resposta e o chuveiro continuava ligado. Algo estava errado, e eu podia sentir, foi quando por um instinto; eu puxei minha varinha.

- Alohomora. - Consegui abrir a porta.

Foi quando a vi desmaiada no banho, uma sensação de pânico subiu em mim, eu precisava agir rápido, pois ela estava muito pálida. Com a varinha na mão fiz um feitiço para que uma toalha se enrolasse no corpo dela, e depois a peguei colo. Fui até seu quarto e a deitei na cama. Pelo menos agora ela estava a salvo.

Eu não deveria ter feito isso. De repente uma coruja parou na janela do quarto da Granger. A coruja era da minha mãe e em seu bico havia uma carta. Peguei a carta e a coruja saiu voando.

Venha para a mansão. Eu sei que você saiu.

Narcissa Malfoy

Droga.

Como ela sabia que eu havia saído? Ela estava tão avoada de manhã cedo. Mas de uma coisa eu estava ciente, se ela sabia; todos os outros sabiam. Nunca havia segredos ou paz dentro dessa vida. E aquela garota com cabelo cacheado deitada na cama estaria em perigo perto de mim e eu não queria causar mais problemas na vida dela e nem de qualquer um. Usei um feitiço para queimar a carta, peguei os livros e desaparatei para a mansão.

[...]

Quando cheguei alguns comensais estavam no jardim da frente, fiz um feitiço para que os dois livros em minhas mãos ficassem pequenos para que ninguém visse e perguntasse algo. Entrei pela porta e minha mãe estava à espera no saguão.

- Não sei porque você saiu, vamos conversar mais tarde. Sua tia está aqui, ela quer te ver. - Ela não parava de ajeitar o vestido, o que significava que ela estava ansiosa e nervosa. E o mais importante, minha mãe sabia o porque a minha querida tia queria me ver.

- O que ela quer comigo? - Tentei tirar alguma informação. Mas sabia que seria inútil. - Ela não deveria estar se escondendo dos dementadores? - Falei, o meu tom sério mostrava o quanto eu não queria ver a minha tia. Aquela mulher é sem noção.

- Ela mesma irá falar, meu filho. - Minha mãe colocou as mãos nos meus ombros e suspirou. - Agora venha.

Acompanhei a minha mãe até a sala, quando passei pela grande entrada da sala, minha tia estava andando de um lado a outro com uma varinha mão. O tempo na prisão a fez mal, ouvi dizer que quando era mais jovem, Bellatrix era literalmente bela e que tinha muitos rapazes apaixonados por ela. Agora que ela escapou da prisão, seu corpo estava magro, tinha olheiras ao redor dos olhos, seus cabelos negros estavam volumosos, opacos e desgrenhados. Definitivamente a loucura subiu à sua cabeça, a loucura que Voldemort pregava.

- Draco! Que maravilha, você está aqui. Vamos conversar, tenho uma notícia a lhe dar - Ela parou ao meio da sala com um sorriso malicioso em seu rosto.

- Pode falar. - Murmurei. Eu estava de saco cheio de tudo isso, e agora o que será que minha tia queria, ou pior o que será que o cabeça de cobra queria.

- O Lorde das Trevas me deu o dever de te ensinar Oclumência, pois com certeza ele tem grandes planos pra você, Draco. - Bellatrix falou. Agora ela pulava e batia palmas. Minha mãe suspirou novamente. Nem percebi quando prendi a respiração, e quando soltei parecia que a minha respiração era mil vezes mais pesada que eu. - Vai honrar sua família e ser um de nós.

Um incômodo subiu pela minha garganta, algo de ruim. Os planos do Lorde das Trevas sempre incluíam mortes, mas quem será que eu futuramente mataria? O Potter? O Weasley? A Granger? Não, ela eu não mataria, não mataria ninguém, não faria nada do que eles pedissem.

Entre o Caos - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora