Chicletes • Minsung

Capítulo 11

Como prometido, Minho não me comprou só uma, mas DUAS pizzas.

Eu nunca pude estar tão feliz e aliviado.

Depois do pequeno show no meio do corredor da escola, eu e Lino saímos numa melosidade diabética da escola, e pra mim isso foi incrivelmente engraçado. O resto da tarde havia sido apenas flores, eu, Minho, Hyunjin e Jeongin saimos para a pizzaria logo em seguida e comemos bastante. Aproveitei o fato de Lino estar pagando e nem peguei leve dessa vez.

E mesmo que a minha sexta-feira tenha sido uma das melhores, eu acordei de mal humor no sábado. Minha mãe apareceu berrando e dizendo que eu deveria levantar cedo para aproveitar o dia, e isso foi o gatilho para o começo de um péssimo dia. Fui obrigado a ajudar a lavar a casa, fazer uma faxina gigantesca no meu quarto e ainda ter que ajudar mamãe no almoço porque senhora Han convidou Changbin e Chan pra almoçar com a gente.

Não sei o que minha mãe quis dizer com "aproveitar o dia", estou me sentindo a própria Cinderella. Sem contar que eu tive que ir na lavanderia mais próxima pra lavar as roupas porque a nossa simplesmente disse "não vou funcionar hoje!", enquanto isso meu pai estava mais do que satisfeito assistindo televisão e tomando inspiração pra desenhar qualquer coisa. A parte boa de ter saído de casa de manhã cedo é porque eu pude aproveitar o pão-pizza da padaria aqui da esquina, enquanto espiava a casa de Seo que tinha um rock pesadão tocando altíssimo.

Voltei pra casa arrastando as roupas e bebendo o resto de café puro que eu comprei, a manhã estava com um sol frio que provavelmente logo sumiria para dar espaço a chuva. Em casa eu também fui obrigado a dobrar todas as roupas e guardar elas em seus devidos lugares, mas felizmente mamãe fez papai tirar a bunda da poltrona pra trabalhar comigo, eu quase abri um sorriso maligno se também não estivesse trabalhando como um louco.

Então aqui estava eu e meu pai, sentados sob a cama de casal deles enquanto separavamos as roupas. Papai na maior calma e tranquilidade e eu na força do puro ódio.

- De quem é isso? - Papai disse erguendo uma cueca azul claro, logo abrindo para me mostrar a estampa.

Era a minha cueca do Frajola.

- É minha... - Falo pegando das suas mãos e ele me olha com um sorriso zombeteiro.

- Ah, tipo aquela do Buzz Lightyear né? Não sabia que ainda gostava dessas coisas, meu menino - Ele riu frouxo me deixando sem jeito.

- Qual é! A sua cueca tem estampa de flores e um sol bordado, certeza que você mesmo pediu pra mamãe fazer! - Retrucou emburrado e pego minha tiara de pano que estava entre as roupas, colocando-a na cabeça para tirar a franja da cara.

- Vai dizer que não é bonita? - Ele diz erguendo uma das suas cuecas, era rosa claro com uma rosa enorme bordada no centro da parte de trás.

- Eu não preciso ver isso - Neguei com a cabeça voltando a dobrar as roupas. - Mamãe é a única que usa roupas normais aqui em casa.

- Uhum - Meu pai riu e eu tive vontade de questionar mas não quero ficar tramautizada pelo resto da vida.

Então continuamos a fazer nosso trabalho vez ou outra rindo das nossas peças de roupas, no fim eu tava só o caco. Mas quem disse que eu tive tempo pra descansar? Ajudei mamãe a preparar o resto das coisas na cozinha o que durou meia hora, então já eram 11:45. Só aí eu tive tempo pra ir tomar meu banho e finalmente cuidar de mim mesmo.

Eu tomei meu banho e vesti roupas folgadas, e fui usar o secador da minha mãe. Mamãe estava se perfumando toda no quarto, usava um vestido azul escuro e rodado, seu cabelo estava jogado para o lado e ela estava bastante sorridente.