- Minho... - Murmuro sentindo que a minha bunda simplesmente deixou de existir.
- Calma Jisung, se você se mexer vai doer mais - Minho sussurrou ofegante, suas mãos estavam na minha cintura, tentando dar um jeito na nossa situação.
Deixa eu explicar o que tá rolando.
Depois que saímos da piscina, ligamos para os nossos pais dizendo que a gente ia dormir na casa do Chan mesmo. Os papais burgueses deles só voltariam a noite do dia seguinte, então tínhamos o domingo inteiro pra ficar de bobeira na casa dele. Entretanto ficou um tédio enorme e sentamos pra conversar o que poderíamos fazer aquela noite, acabou que todo mundo se ocupou com o vídeo game e quando vimos já era quase seis horas da noite, só nos demos conta porque algumas barriguinhas roncavam alto demais.
Nós fomos todos eufóricos pra cozinha ver o que tinha pra fazer na janta, mas em três segundos já estávamos sendo expulsos por um Seungmin completamente zangado. Ele disse que não sabíamos fazer nada direito, então apenas ele, Felix e Hyunjin ficaram na cozinha dançando ao som de alguma música dos anos oitenta e acabando com a calda de morango que estava na geladeira. Sem mais nada pra fazer, propus brincar de esconde esconde, era o meu sonho, jogamos um jokenpô pra ver quem conta primeiro e o Jeongin foi o escolhido.
Chan correu pra fora de casa, Changbin foi para trás das escadas e eu e Minho subimos elas juntos. Tínhamos todo tempo do mundo pra escolher um quarto e se esconder, mas adivinha?
Nós entramos num quartinho minúsculo onde guardavam os materiais de limpeza, não cabiámos lá e acabamos arranjando uma posição estranha pra ficar. Minho havia sentado no chão e eu fiquei sob as suas pernas, seus joelhos pareciam duas agulhas espessas perfurando a minha bunda, era um incomodo mas eu tava dando duro pra não ficar berrando o tempo todo. E passamos tanto tempo ali presos e sozinhos que eu juro que começamos a ficar claustrofóbicos, principalmente Lino que começou a ofegar e suar frio como se a sala estivesse encolhendo e o oxigênio estivesse acabando.
Eu já estava pronto para dar o fora e pedir pinico, se ele não estivesse tão disposto a nos manter escondidinhos ali.
Sem paciência, me inclinei para frente me sentindo mais aliviado daquela dor desgracenta. No entanto ficamos numa posição ainda mais constrangedora, talvez se eu tivesse peitos de mulher eles estariam agora sendo esfregados nas bochechas salientes de Lino.
- Jeongin é muito lerdo - Choraminguei querendo sair daqui o mais rápido possível, Minho apenas riu e me abraçou.
- Vai ver ele ainda tá procurando os meninos lá em baixo.
Fui puxado para o seu colo e me sentei sem reclamar, não havia outro lugar melhor pra sentar no momento. Rodeei meus braços pelo seu pescoço e ficamos estáticos no lugar, eu estava pensando em quando que Jeongin abriria a porta e gritaria pra batida, já Lino, parecia estar viajando no próprio mundinho.
- Café tá pronto! - Ouvimos o berro de Felix na parte de baixo da casa e eu quase pulei de susto.
- Graças a Deus - Eu e Lino dissemos quase em unísso. Me levantei sentindo as pernas bambas, e como se as posições de minutos atrás não fossem estranhas o suficiente, agora Minho estava encarando meu piupiu.
Tratei de abrir logo a porta e sair do quartinho, Minho se levantou logo em seguida parecendo aliviado de ter se livrado aquele aperto.
- Da mãozinha - Lino estendeu o braço e eu entrelacei nossos dedos, e descemos as escadas juntos.
Jeongin e Changbin já estavam na cozinha junto com Hyunjin e Felix, Seungmin Murmurou algo como "vobuscachan" e saiu pra fora da casa meio cabisbaixo. Aquele clima entre eles ainda era estranho pra mim, hora pareciam bem, hora pareciam mal, hora eu me sentia um lunático paranóico. Ainda sinto curiosidade de entender o que estava havendo com eles, mas não queria forçar a barra de perguntar diretamente o que estava rolando né.
Quem sou eu na fila do pão mesmo? Ah sim, o Nagato.
- E aí, quando vai ser o casamento? - Hyunjin lançou com olhares sugestivos para mim e Minho, eu ri.
- Você quem sabe, vive de cu doce aí com o Jeongin, tô esperando faz tempo já - Lanço a braba me sentando à mesa e Minho faz o mesmo sentando-se ao meu lado.
- Concordo, o que vocês tem mesmo? - Felix pergunta se servindo de café, enquanto Changbin abraçava sua cintura com um sorrisinho apaixonado no rosto.
- A gente não tem nada - Jeongin murmura pegando um pão e passando geleia, sua face parecia um pouco irritada, o que não era normal.
- É. - Hyunjin concorda dando um fim naquele assunto, eu e os Changlix nos encaramos de sobrancelhas arqueadas.
- Nem pra esperar - Seungmin bufa entrando na cozinha com Bang Chan atrás de si, os dois pareciam estar num clima estranho mas conseguiam disfarçar isso muito bem.
O restante também se sentou e nós começamos a comer variando os assuntos entre nós. Eu e Lino ficamos conversando sobre como poderiam ser divididos os quartos, haviam uns três quarto de hóspedes então caberiam dois em cada - tirando o Minnie, já que ele provavelmente iria dormir com o Chan.
E no meio daquela conversa eu comecei a refletir sobre estarmos tão próximos, quer dizer, do zero nós saltamos pro mil em algumas palavras. E isso acabou acontecendo simplesmente porque eu não queria dividir as minhas coisa. Tá que ainda hoje eu não abriria mão dos meus lanches pra ele, mas eu havia criado algumas excessões. Excessões essas que nem Changbin e nem Chan tinham, então ele deveria se sentir muito especial por causa disso.
Acabei sorrindo igual besta pelo resto do jantar.
Depois nós todos fomos pra sala e ficamos encarando a tela preta da tv prontos pra qualquer coisa, só que Felix decidiu que deveríamos ir logo para os quartos. Neles também haviam televisões então ninguém ficaria no tédio até pegar no sono, eu e Lino praticamente saímos correndo para o maior dos quartos - que eu já sabia bem onde era.
Eu já estava jogado na cama quando Lino fechou a porta e começou a me encarar fixamente, e eu comecei a ficar sem graça por causa disso.
- Minho? - Tentei chamar a sua atenção mas ele caminhou lentamente até mim.
- Oi Jisung - Disse sem tirar a expressão séria do rosto.
- Você tá me olhando estranho, tem alguma coisa na minha cara? - Começo a tatear as minhas bochechas e ele sorri.
- Na verdade tem sim - Minho se aproximou de mim, seu rosto estava tão próximo ao meu que eu podia sentir seu cabelo tocar a minha testa. - Bem aqui...
Então ele me beijou.
Não, dessa vez não era um selinho.
Sua língua se envolveu com a minha rapidamente, talvez tenha aproveitado o meu choque de realidade. Eu não sabia o que fazer e apenas fiquei parado me perguntando se tinha algum ritmo específico pra seguir num beijo, mas estava complicado raciocinar quando se tem um fodendo Lee Minho com a língua na sua garganta.
Seus lábios tocavam os meus e a sensação era ótima de mais pra ser verdade, eu sentia que poderia viver somente daquilo. Só me dei conta que estava deitado sob a cama quando Minho apoiou um de seus braços no colchão, fazendo aquele lado afundar.
Meio desnorteado comecei a retribuir aquilo, eu não sabia como explicar o que estava sentindo, era quase como um sentimento surreal.
Mas senti a base tremer quando suas mãos bobas começaram a passear pelo meu corpo, então tive que interromper aquele momento de glória para começar a me questionar do que estava acontecendo com a gente.
•••
não vou escrever hot galera ✊
me desculpem pelo capítulo meio "mhe" :c
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Chicletes • Minsung
FanfictionHan Jisung odiava dividir seu chiclete, mas Lino ameaçou gritar se não lhe desse alguns.