HARRY

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Que vida de merda.

Olhar para um fantasma do meu passado é um tapa de realidade na minha cara.

Quais são as chances da minha única ex-namorada entrar no mesmo pub que eu? Em Londres. Grande merda.

Como qualquer cara de vinte e três anos de respeito nessa situação faria, eu examino o espaço em busca de uma saída de emergência.

Eu preciso sair. Agora mesmo. Eu escorrego da banqueta e jogo o dinheiro no bar, mas Taylor e suas três amigas vem direto para mim.

O suor escorre pelo meu pescoço enquanto meu olhar percorre o pequeno espaço em busca de uma rota alternativa para liberdade. A música de filme de terror toca na minha cabeça quando percebo que estou preso. Não sendo melodramático nem nada.

Virando meu calcanhar e caminhando em direção ao banheiro o mais rápido que posso, sou cortado por um cara bêbado tropeçando em mim.

Ele deixa cair o copo e bate no chão, o som de vidro quebrando qualquer esperança que eu tinha de passar despercebido morre.

Quando olho para cima do ombro, fecho o olhar com a mulher com quem eu quase me casei. Ironicamente, ela está usando uma tiara e véu. Junto com um distintivo e faixa piscando que dizia que o noivo não estava por perto.

Seus olhos se arregalam quando ela reconhece seu passado olhando para ela.

Eu tenho que ir dizer oi agora, mas não consigo fazer meus pés se movam. Se eu fugir, ela dirá a minha mãe e nunca mais vou ter paz. Ela detesta as fofocas sufocantes de cidade pequena.

Taylor e Londres não se misturam. Foi o que ela me disse quando eu disse que ia para a Universidade de Londres. Logo antes de ela me implorar para ficar.

Cada passo que dou para minha ex-namorada, mais lembranças passam pela minha cabeça.

Use isso Hazzy. Não saia com seus amigos, Hazzy. Vá para Universidade de Chester para que possamos ficar juntos, Hazzy. Todas esperam que nos casemos quando formarmos, Hazzy.
Hazzy, Hazzy, Hazzy.

Com uma respiração profunda, eu coloco um sorriso falso enquanto meu coração tenta martelar um buraco no meu peito.

— Ei, menina bonita.

Lágrimas estão nos olhos dela.

— Hazzy? Oh meu Deus Hazzy. — Seus braços envolvem meu pescoço e eu tenho o rosto cheio de véu.

Ela ainda cheira a flor de cerejeira, algo familiar rasga meu peito. Afeição. Amor jovem. Comportamento idiota da minha parte. A verdade é que Taylor não fez nada de errado naquela época. Com certeza, ela pode ter ignorado as minhas preocupações sobre o nosso futuro e minhas tentativas de romper com ela, mas o que eu fiz para ela quando sai para a universidade era inaceitável. Eu menti para ela e fugi, e eu tenho corrido desde então.

Eu não tinha em mim o que ela queria em um cara. Eu nunca fui o tipo de se estabelecer. Eu ainda não sou esse cara. Provavelmente nunca serei.

— Halloween chegou mais cedo ou devo parabenizar pelas núpcias eminentes? — Puxo seu véu. Estou orgulhoso de mim mesmo por soar como um humano normal enquanto estou enlouquecendo por dentro.

Ela se afasta, mas suas mãos ficam nos meus ombros.

— Deveria ter sido nós dois. — Ela murmura.

O aperto no meu peito cresce.

— Você sabe que não funcionaria.

Ela limpa o nariz nas costas da mão.

Fake Out - A fake boyfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora