Capítulo 6: Uma tarde maravilhosa

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Acordei meio mal de manhã - quase tarde -, minha cabeça latejava em sinal da ressaca mesmo depois do banho mais demorado que já tomei.

Pelo menos o café - feito por Stephany - estava ótimo. Forte e com espuma do jeito que eu gostava.

- Você bebeu mesmo nesta noite, hein? - Cindy comentou. - E isso que você não passa de duas taças.

- Eu estava precisando disso - observei Stephany sorrindo para o celular. - O que tem de tão interessante aí?

- Robert marcou um dia no SPA para nós três hoje - respondeu Stephany. - Como eu amo esse homem.

Eu estava feliz por ela e pelo casamento. A relação entre os dois era ótima, ele se amavam de verdade.

Mas não era de romances que eu gostaria de conversar agora.

- Fico muito feliz por esse casamento - sorri -, vocês estão juntos há tanto tempo. Ele tem sorte de ter te encontrado.

Estefane sorriu espontaneamente para mim, mas notei a preocupação em seus olhos castanhos.

- Obrigada, Nick, você é de mais, vai conseguir alguém que...

E então ouvi batidas na porta aberta atrás de Stephany e a voz grave e penetrante de Jason dizer:

- Posso entrar?

Meu coração quase parou. Meu sangue correu mais rápido e quente em minhas veias. Minhas pernas amoleceram. Meu corpo se arrepiou.

Cindy olhou para mim como quem diz "relaxa" e o deixou entrar.

Nossa...

Minha boca abriu-se um pouco quando tive a visão da oitava maravilha do planeta. Jason estava usando terno preto e uma camisa de linho branco aberta no colarinho.

Como Cindy o chamou mesmo? Ah, deus grego perfeito. Eu acrescentaria mais as palavras "formal" e "muito sexy" porque só em vê-lo eu tive pensamentos absurdamente quentes.

Jason sorriu pra mim.

- Oi, Nick.

- O...oi - gaguejei. - O que faz aqui?

- Só vim te visitar - ele tomou minha mão e a beijou.

Oh, pele com pele...

Ruborizei.

- Liguei pra você e a senhorita Samers atendeu - ele continuou sem tirar os olhos dos meus. - Ela disse que você não estava bem e eu quis vir. Algum problema?

- Não - murmurei. - Nenhum.

- E você está bem, mocinha? - Jason sorriu, acariciando meu queixo com o polegar como sempre fazia.

Minhas entranhas se contraíram e meus pulmões inspiraram. Nossa...

- Já estive melhor - dei de ombros -, mas vou ficar bem. Como você já sabe, essas são Stephany Cross - apontei para Stephany e depois para Cindy - e Cindy Samers.

- Ah, claro - ele se encaminhou para as duas, pegou uma mão de cada e as beijou. - Prazer em conhece-la, senhorita Samers e Cross.

- Menos, Jay - revirei os olhos, cruzando os braços e me divertindo com a cena de Cindy toda sem jeito.

Jason se virou, rindo.

- Só estou sendo gentil.

- Profissionalmente? - indaguei, arqueando uma sobrancelha.

- Pessoalmente - ele revirou os olhos. - Quer que eu seja informal?

Que tal ser totalmente informal na minha cama? Espera... o quê?

- Está ótimo assim, só tente não beijar a mão de mais ninguém - sorri. - Sabia que nos Estados Unidos não existe a monarquia?

Jason estalou a língua duas vezes, cruzando os braços e fingindo desapontamento.

- Senhorita Grey... o que vou fazer com essa sua boquinha afiada?

Que tal beijá-la? Ei!

Mordi o lábio, sorrindo.

- Hm... nada - respondi.

- Se eu fosse seu namorado, eu calaria-te com a minha boca agora mesmo - ele disse com sinceridade.

Ergui as sobrancelhas.

- Isso é algo que se diga na frente de estranhos?

- Na verdade não são estranhos e não sei se notou o "se eu fosse" em minhas palavras.

Se eu tivesse levado um tapa na cara seria mais fácil de lidar, mas...

- Se eu soubesse que ia rolar tantos coices eu teria trago minhas ferraduras - murmurei.

- Foi você que começou, senhorita Delicada - ele sorriu, divertido.

Jesus, como ele era lindo...

- Eu? Delicada? - arqueei uma sobrancelha.

- Sim - ele assentiu -, delicada como um coice de mula.

Tentei esconder a risada, mas Stephany e Cindy não facilitaram e cairam na gargalhada como eu.

- Senhor Steele, você não tem jeito - comentei.

- Por isso você me ama - ele deu de ombros, sorrindo.

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