Capítulo 37: De repente o ciúme

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Logo depois que Dominick termina de jantar sob minha supervisão e vai dormir, eu vou assistir o jogo e, graças a Deus, estamos ganhando.

Tyler está praticamente bêbado de sono e acaba dormindo no segundo tempo.

– Vou levar ele para o quarto – digo pegando Tyler.

Subo as escadas e entro no quarto, Dominick está lendo com o abajur ligado e parece não notar minha presença.

Coloco Tyler na cama e então sinto o olhar quente de Dominick sobre mim.

– Quem está ganhando? – ela pergunta sussurrando.

– Chicago – beijo a testa de Tyler e ele se remexe na cama, acordando. – Shh. Durma, baixinho, já é tarde.

Tyler murmura algo que não entendo e volta a dormir enquanto eu o cubro.

 – Você também devia estar dormindo – sussurro a Dominick.

 – Quero terminar o livro – ela sorri sem tirar os olhos do livro.

Olho para a capa do livro e vejo uma gravata cinza.

– 50 tons de cinza – sorrio. – Só não dorme muito tarde, viu?

– Sim, papai – ela debocha.

Roubo um beijo daquela boca esperta e dou um breve riso.

– Vou assistir ao jogo. Vê se dorme, vou usar e abusar de você amanhã.

– Jay…

– Estou brincando – sorrio. – Boa noite.

Richard consulta as horas em seu celular e balança a cabeça negativamente.

– Está tarde, tenho que ir.

– Entendo – digo. – Mulher grávida é fogo.

– Pois é – Richard ri. – Você está bem, cara?

– Acho que estou meio bêbado – digo. – Eu te levo até a porta.

– Será que você chega até ela? – zomba ele enquanto se levanta.

– Só vamos descobrir quando tentarmos – levanto-me meio cambaleante e abro a porta para Richard. – Até qualquer dia, cara.

– Até.

E então, Richard desaparece passando pela porta que fecho e tranco logo depois de sua saída.

Resolvo tomar um longo banho para espairecer, mas não encontro Dominick no quarto, apenas Tyler.

Biblioteca.

Tomo meu banho que acaba durando bem mais do que pensei e visto apenas uma calça preta de pijama.

Saio a procura de Dominick logo depois e a encontro lendo um livro na biblioteca, mas ela não nota minha presença.

Paro na porta e me recosto no batente da porta enquanto observo seus olhos correm pelas páginas do livro com rapidez e precisão, ela parece tão concentrada e fica tão linda lendo, fazendo tudo na verdade, ela nunca me notaria, mas notou.

– Eu vi você, Jay – ela sorri.

– Eu disse pra você ir dormir – digo, entrando na biblioteca e me sento em uma das cadeiras a frente da escrivaninha.

– Não consegui – ela me olhou nos olhos através dos óculos quadrados com pontas arredondadas –, você não estava comigo.

Meu coração dispara e fico alguns segundos sem responder.

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