Capítulo 34: Razões do meu viver

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Narração de Helena

 

Estou no Central Park, lembrando de minha antiga vida e revisando meu plano para acabar de uma vez por todas com a vida de Jason como ele acabou com a minha até que vejo Dominick, Stephany, Cindy e Tyler num piquenique.

Você não perde tempo, Maria…

Caminho até eles como quem não quer nada até que ouço a voz irritante de Cindy chamar:

– Helena!

Olho para eles e sorrio enquanto encaminho-me para eles.

Tyler volta o seu olhar pra mim, ele está surpreso.

Se esse moleque estragar tudo…

 – Oi, pessoal – cumprimento.

– Junte-se a nós – diz Dominick.

– Obrigada – sento-me entre Dominick e Tyler. – Quem é essa gracinha?

– Esse é o Tyler – responde Dominick –, filho do Jason e meu de coração.

Todo seu.

– Jason tem um filho? – pergunto, fingindo estar surpreendida.

– Com outra mulher – Dominick esclarece –, ela morreu faz pouco tempo. Gatinho, essa aqui é a Helena, uma amiga nossa.

– Ela parece a minha mamãe – diz Tyler.

Olho para ele.

– Tenho certeza de que não sou eu, Tyler – dou-lhe um sorriso. – Você se parece muito com o seu pai.

– Eu sei – Tyler sorri.

– O que veio fazer no parque? – pergunta Stephany com a arrogância usada apenas comigo.

– Dar uma volta – respondo calmamente.

– Será que não estava nos seguindo? – Stephany pergunta.

– Steph! – Cindy repreende.

– O que foi? – ela pergunta. – Não seria a primeira vez.

– Ela está certa – digo –, me desculpem por ter seguido vocês.

– Tudo bem – diz Dominick.

– Como vão os preparativos do casamento? – pergunto.

– Tudo pronto – diz Cindy enquanto Dominick cantarola a marcha nupcial. – Daqui a nove dias a marcha nupcial vai estar tocando no Spring Garden.

Damos risadas.

Eu tenho que admitir, Stephany é uma mulher de sorte.

Pelo o que eu sei, ela conheceu Robert no colegial e desde então os dois namoram e ele a pediu em casamento no seu aniversário no ano passado. É rica como o noivo que é basicamente um gato, mas o peixe que eu quero fisgar tem nome e é Jason.

– Olha, mamãe! – Tyler aponta para um vendedor de algodão doce.

Dominick olha para a direção onde Tyler apontava e sorri.

– Você quer um?

– Quero – Tyler sorri.

– Vamos lá.

Dominick já ia se levantando quando tive uma idéia e a interrompi.

– Deixa que eu vou, Nick – digo.

Ela me encara.

– Tem certeza? Ele é meio indeciso em cores.

– Tudo bem – sorrio, levantando-me –, sou acostumada com meus sobrinhos indecisos. Vamos lá, Tyler.

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