Capítulo 28: Em fim Nova Iorque

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Narração de Jason

– Está se sentindo bem? – pergunto, segurando a mão dela.

Dominick olha pra mim e assente.

Desde que embarcamos de volta para Nova Iorque, ela não abriu a boca e eu estava preocupado com isso.

Talvez seja por causa do acidente, penso.

– Ei, olha – beijo sua mão. – Vai ficar tudo bem, isso não vai acontecer de novo. Eu estou aqui com você. Já estamos chegando.

Ela sorri, os olhos brilhando, mas não diz nada.

– Está com fome? – pergunto.

Ela nega com a cabeça.

– Não quer falar?

Ela assente enquanto eu acaricio seu rosto.

– Estou entediado – dou-lhe um sorriso.

Ela dá de ombros como um “sinto muito”.

– Não vai falar comigo mesmo? – coloco o lábio inferior por cima do outro e lhe dou um olhar de cachorro abandonado.

Ela hesita, mas sorri.

– Não sei se… – a voz dela era um sussurro e falhou, mas ela logo continuou – só de lembrar, me dá calafrios.

– Eu sei, mas isso foi há tanto tempo – suspiro. – Nem tanto, mas…

– Vamos deixar isso pra lá, Jay – a seriedade dela até me assustou e seus olhos cinzentos escurecendo não ajudaram muito.

– Ok – remexo-me na poltrona.

– Que saudade da minha casa – Dominick se joga no sofá.

– Alguém vai falar comigo agora? – pergunto.

– Vem, garotão – ela estende os braços e fez um gesto para que eu fosse até ela.

– Garotão? – pergunto enquanto e deito com ela, acariciando sua barriga.

– Você lembra de uma série meio… suspeita que a gente assistia? – ela pergunta.

– Hm… Love or Sex – dou risada. – Lembro.

– A Gina chamava o Trey de garotão na hora H – ela ri.

– Ah, sim – sorrio. – E esse é o meu novo apelido?

– Você não tem nenhum outro além de Jay – ela acaricia meus cabelos.

– Ok – assinto. – É diferente, tipo… estar grávida.

– Não é certeza, lembra? Eu não me sinto muito diferente, só estou meio… extremamente emocional.

– Eu percebi isso quando você me dava aquelas respostas meio… secas – dou risada e ela me acompanha.

– Desculpe, é que às vezes você faz umas perguntas tão idiotas que elas precisam de uma resposta delicada como um coice de mula.

Lembro-me da vez em que disse que ela era delicada como um coice de mula e rio.

– Ok, agora você me pegou.

– Eu sempre pego, garotão – ela ri e boceja. – Estou com sono.

– Ainda é cedo aqui – digo –, mas como amanhã você tem que acordar cedo para ir ao médico e eu pra ir trabalhar.

Ela não diz nada.

– Nick? – chamo e quando a olho, a vejo dormindo.

Levanto-me sorrindo, ela fica tão bonita dormindo. Pego-a nos braços e a levo para o quarto, deixo-a na cama e tiro minha camisa e meus tênis.

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