Narração de Jason
– Está se sentindo bem? – pergunto, segurando a mão dela.
Dominick olha pra mim e assente.
Desde que embarcamos de volta para Nova Iorque, ela não abriu a boca e eu estava preocupado com isso.
Talvez seja por causa do acidente, penso.
– Ei, olha – beijo sua mão. – Vai ficar tudo bem, isso não vai acontecer de novo. Eu estou aqui com você. Já estamos chegando.
Ela sorri, os olhos brilhando, mas não diz nada.
– Está com fome? – pergunto.
Ela nega com a cabeça.
– Não quer falar?
Ela assente enquanto eu acaricio seu rosto.
– Estou entediado – dou-lhe um sorriso.
Ela dá de ombros como um “sinto muito”.
– Não vai falar comigo mesmo? – coloco o lábio inferior por cima do outro e lhe dou um olhar de cachorro abandonado.
Ela hesita, mas sorri.
– Não sei se… – a voz dela era um sussurro e falhou, mas ela logo continuou – só de lembrar, me dá calafrios.
– Eu sei, mas isso foi há tanto tempo – suspiro. – Nem tanto, mas…
– Vamos deixar isso pra lá, Jay – a seriedade dela até me assustou e seus olhos cinzentos escurecendo não ajudaram muito.
– Ok – remexo-me na poltrona.
…
– Que saudade da minha casa – Dominick se joga no sofá.
– Alguém vai falar comigo agora? – pergunto.
– Vem, garotão – ela estende os braços e fez um gesto para que eu fosse até ela.
– Garotão? – pergunto enquanto e deito com ela, acariciando sua barriga.
– Você lembra de uma série meio… suspeita que a gente assistia? – ela pergunta.
– Hm… Love or Sex – dou risada. – Lembro.
– A Gina chamava o Trey de garotão na hora H – ela ri.
– Ah, sim – sorrio. – E esse é o meu novo apelido?
– Você não tem nenhum outro além de Jay – ela acaricia meus cabelos.
– Ok – assinto. – É diferente, tipo… estar grávida.
– Não é certeza, lembra? Eu não me sinto muito diferente, só estou meio… extremamente emocional.
– Eu percebi isso quando você me dava aquelas respostas meio… secas – dou risada e ela me acompanha.
– Desculpe, é que às vezes você faz umas perguntas tão idiotas que elas precisam de uma resposta delicada como um coice de mula.
Lembro-me da vez em que disse que ela era delicada como um coice de mula e rio.
– Ok, agora você me pegou.
– Eu sempre pego, garotão – ela ri e boceja. – Estou com sono.
– Ainda é cedo aqui – digo –, mas como amanhã você tem que acordar cedo para ir ao médico e eu pra ir trabalhar.
Ela não diz nada.
– Nick? – chamo e quando a olho, a vejo dormindo.
Levanto-me sorrindo, ela fica tão bonita dormindo. Pego-a nos braços e a levo para o quarto, deixo-a na cama e tiro minha camisa e meus tênis.
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Reencontra-me
RomanceDepois de anos sem se comunicar com o melhor amigo de infância por quem já foi apaixonada desde a época da faculdade, Dominick Grey, com seus vinte e cinco anos e prestes a lançar um best-seller, acaba reencontrando Jason Steele em uma grande livrar...