Capítulo 19: Viagem e e-mails

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Narração de Jason

Era madrugada da vinte e nove de dezembro e ali estava eu, Jason Steele, sem dormir, preocupado com a mulher da minha vida que saiu correndo ao dizer que me ama depois de sete anos.

Eu só sabia que ela tinha viajado e não iria voltar, e Cindy e Stephany custavam a dizer para onde ela tinha ido.

Até que resolvi apelar.

Peguei meu celular e disquei o número de Stephany sem me importar que eram 03h00 e ela atendeu no quarto toque.

– Alô? – a voz dela era sonolenta.

– Stephany – suspirei.

– Ah, é você – ela bocejou. – Não posso dizer para onde ela foi, Jason, agora pare de me ligar.

– Stephany, por favor... – minha voz falhou – eu preciso falar com ela.

– Por que? Você deu o maior pé na bunda dela e agora quer se desculpar?

– Eu não dei um pé na bunda dela – bufei –, eu ia dizer que a amo porque é a verdade. Sim, Stephany, acredite se quiser, eu podia ter sete anos quando eu a conheci, mas a amo desde a primeira vez que pus os olhos nela e eu te acordei nesse exato momento pela ducentésima vigésima terceira vez nessa semana pra te perguntar aonde ela está.

– Você a ama mesmo? De verdade?

– Mais do que a minha própria vida – respondi, minha voz carregada de sinceridade, saudade e amor, muito amor.

Eu nunca sofri tanto por uma mulher porque todas costumavam cair aos meus pés.

Stephany soltou um suspiro.

– Ela está em Nápoles, na Itália, não sei onde exatamente porque ela não deu notícias até agora, mas sei que ela está na casa do pai dela.

Sorri.

– Eu sei onde fica – suspirei, realmente aliviado –, fico te devendo essa, Steph, de verdade, muito obrigado.

– Fiz isso por ela – ela disse, mas sabia que estava sorrindo –, tomara que tudo dê certo entre vocês dois. Boa sorte.

– Obrigado. Boa noite – e desliguei.

Quase gritei de alegria ao saber onde Dominick estava e me levantei da cama, discando o número da minha assistente noturna – sim, eu tenho uma assistente noturna, sempre acontecem imprevistos na minha empresa.

– Senhor Steele – a voz de Marie era inteiramente profissional.

– Me chame de Jay, Marie – revirei os olhos, sorrindo. – Preciso de um favor.

– É só falar.

– Preciso que compre uma passagem para o próximo vôo para Nápoles agora.

– Nápoles? Tipo... aquela na Itália?

– Se tem outra eu não conheço – ri.

– Está de bom humor – pude ouvir seu sorriso –, posso saber o que vai fazer lá?

– Encontrar o amor da minha vida – sorri.

– Ah... a senhorita Grey. Conseguiu encontrá-la?

– Ela estava bem debaixo do meu nariz – comentei.

– O próximo vôo sai daqui a uma hora no Aeroporto La Guardia.

– Pode ser esse mesmo – disse –, ah, e preciso de mais um favor.

– Estou aqui pra isso, senhor... Jay – ela se corrigiu.

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