Capítulo 12: Café da manhã perfeito

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- Como eu amo essas panquecas - Jason fechou os olhos, saboreando as panquecas.

- Eu sei que ama - sorri e dei um gole em meu café.

- Assim como amo que fez - Jason sorriu.

Meu coração quase explodiu no peito.

Eu ouvi isso mesmo? Ele disse que me ama?

- Ei, calma - ele riu, um pouco nervoso. - Eu amo sua amizade.

Ah...

- Ah, sim - ri, sentindo meu rosto corar. - Também seria impossível alguém como você me amar.

Jason franziu o cenho.

- Por quê?

- Porque eu sou chata, feia, irritante, baixinha... eu ficaria o dia todo falando.

- Posso fazer a minha lista agora?

- À vontade - dei de ombros.

- Você é legal, linda, todo mundo pode ser um pouco irritante, as baixinhas são as melhores, compreensiva, engraçada, interessante - Jason se recostou na cadeira -, mas a sua falta de estima é o que acaba contigo. Você é alguém que qualquer um adoraria conhecer, tanto que você tem um admirador secreto, então para de se destruir e olhe a beleza que você tem por dentro. De todas as mulheres que já fiquei, você é a que tem o interior mais belo.

Céus, que lindo.

- Fala sério, Jay - corei. - Olhe pra mim.

- Estou olhando - a sombra de um sorriso passou pelos seus lábios esculpidos.

Ah, meu Deus, ele quer mesmo me matar.

Senti meu rosto esquentar ainda mais até que a campainha tocou.

- Eu atendo - Jason se levantou e saiu da sala de jantar.

Suspirei de alívio.

Como ele consegue me deixar tão sem graça mesmo sete anos depois?

Voltei a comer minhas panquecas e alguns segundos depois, Jason voltou com um buquê enorme de rosas vermelhas e brancas.

- Nossa - murmurei.

- Esse admirador secreto está caprichando, hein? - Jason riu e me entregou as flores.

Rosas... eu amo rosas.

- Deve ser jardineiro - ri. - São lindas.

- Tem algum cartão? - indagou Jason.

Observei as flores até que achei um pequeno envelope branco e o peguei. Dentro dele, havia um pequeno cartão com uma frase escrita com a mesma letra do cartão anterior.

"Meu amor por você só cresce diante de sua beleza descomunal. Parabéns pelo best-seller. Do seu admirador secreto."

- Deus... que lindo - sorri. - Quer ouvir?

- Nem preciso saber - Jason sorriu. - Disse que te ama?

- Aham - assenti. - Ou esse cara me conhece ou ele é tão inteligente a ponto de descobrir tudo o que eu gosto e o meu endereço, mas desconfio que seja uma brincadeira porque o Joe...

- Espera - Jason franziu a testa -, quem é Joe?

- Meu último relacionamento - suspirei, dando de ombros. - Não deu certo.

- Ele te traiu?

Assenti.

- Acho que não dei conta.

Jason segurou minha mão, correndo o polegar pelos meus dedos.

- Vai ficar tudo bem - ele disse. - Ele foi um idiota por ter te traído.

- Não acho que seja isso - baixei o olhar.

- Me conte.

- Ele me traiu porque eu passava algumas noites escrevendo e... você sabe, não o "satisfazia" - fiz aspas no ar com uma mão.

- E por causa disso ele te traiu?

- Com uma baranga - completei.

- Por isso a sua falta de estima... meu Deus, me leve até esse cara que eu acabo com ele.

Ri.

- Ele te daria uma surra.

- Eu tenho um personal trainer pessoal de box - Jason sorriu.

- Ele levaria uma surra - sorri. - Não vale a pena perder seu tempo com ele, eu já esqueci.

- Então por que sua auto estima ainda está baixa?

- Porque não me sinto desejada - dei de ombros, indiferente -, mas também não ligo mais pra isso.

- Mas devia se sentir agora que tem um admirador secreto.

- Que pode ser uma baita de uma brincadeira de mau gosto - disse.

- E se não for?

- Vou querer descobrir quem é - respondi -, mas gosto da minha vida solitária.

- Ninguém gosta de ser solitário.

- Eu gosto - dei um gole em meu café.

Jason suspirou e olhou para as nossas mãos.

- Tem planos para o Natal?

- Hm... não.

- Viagem surpresa - ele propôs -, só nós dois, para por o papo em dia. Sinto que estou muito desinformado.

- Que dia?

- Vinte e quatro, à tarde - ele respondeu.

- Quantos dias?

- Seis.

Hm... não é má ideia.

- Pode ser, mas... não posso saber pra onde vamos?

- Não - Jason sorriu. - Vai ser surpresa.

- Ok - sorri. - Eu te adoro, Jay.

- Também te adoro, gata - ele piscou.

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