•Capítulo 1•

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[S/N] Cooper

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[S/N] Cooper

Acabo de sair da faculdade recusando mais uma vez um convite de minhas amigas para sair, nunca teria tempo para isso já que tenho coisas mais importantes para fazer. O relógio marcava 14:57 PM, corri até o ponto para pegar o ônibus das 15:00 PM. Estava indo em direção ao hospital para visitar minha irmã.

Trabalho desde que ganhei idade para isso. Aos meus 5 anos meu pai abandou minha mãe deixando milhões de dívidas da empresa, minha irmã havia acabado de nascer, via minha mãe trabalhar dia e noite para nos dar uma boa condição de vida, e isso só piorou quando descobrimos o câncer de fígado da minha irmã, os remédios e tratamentos custavam uma fortuna o que fez nossa dívida aumentar ainda mais com o banco. A um ano Yuki precisou se mudar de vez para o hospital desde então venho-a visitar sempre que posso.

Acordei de meus devaneios quando percebi que havia chegado meu ponto de descida. Sai do ônibus e fui rapidamente em direção ao hospital, falei com a recepção e fui em seu quarto. Bati na porta e ela cedeu a entrada, ela era muito parecida com minha mãe que tinha ascendência americana, pele alva, olhos azuis quase perolados, recentemente havia raspado o cabelo por causa da queda mas seus fios eram loiros. Ela havia chorado muito quando precisou raspar o cabelo mas independente de como estava ela parecia uma boneca ao meu ver.

ㅡ Vai ficar parada ai me olhando até quando bocó?

ㅡ Uh, fase rebelde? Estou admirando a beleza da minha irmã.

ㅡ Antes eu era linda, mas agora?! Olha isso! ㅡ disse se olhando no espelho.

Me aproximei e fiquei atrás dela.

ㅡ Ao meu ver você ainda parece uma boneca, a mais linda de todas.

A abracei e ela retribuiu o mesmo.

ㅡ Vem temos que conversa. ㅡ Disse a puxando para sua cama.

ㅡ Sobre?

ㅡ Você tem 12 anos certo?

ㅡ Sim, o quê que tem?

ㅡ Calma garota. Seu aniversário tá chegando, precisamos pensar em algo.

ㅡ Não temos dinheiro para isso [S/n], não quero dar mais trabalho para você e para a mamãe.

ㅡ Você não nos da trabalho, e nem que eu precise trabalhar o dobro eu vou fazer uma festa para você! ㅡ disse convicta.

Eu podia ver a felicidade em seus olhos por mais que ela não demonstrasse. Ela eta aquele tipo de adolescente que adora postar fotos, fazer maquiagem, tem sempre um sorriso no rosto independente do momento. Seu quarto era todo decorado com pelúcias por toda parte, ela vivia em um mundo cor de rosa, e Sim, posso falar que ela é o motivo por eu ter disposição para fazer o que faço, as vezes da vontade de desistir de tudo mas sempre que me lembro de seu sorriso essa vontade some.

ㅡ Pode começar a pensar e pesquisar o que você quer para sua festa moçinha. ㅡ Disse colocando a ponta de meu dedo em seu nariz afilado.

Pude ver um grande sorriso em seu rosto e não pude evitar fazer o mesmo.

ㅡ Agora eu preciso ir, está quase na hora do trabalho, até amanhã.ㅡ Me levantei e dei um beijo em sua testa.

Antes que pudesse sair ela segurou meu braço me fazendo virar para ela.

ㅡ Yu?

ㅡ [S/n]...você é a mamãe não precisam vir aqui todo dia, vocês deviam descansar, sempre fazem tanto por mim e eu nunca poderei agradecer o suficiente. ㅡ vi um lágrima solitária rolar seu rosto.

ㅡ O momento mais feliz e que eu espero ansiosamente todos os dias é poder ver você, tenho certeza que a mamãe pensa o mesmo, e ver você bem com um sorriso no rosto já é agradecimento o suficiente para nós duas, nunca duvide disso.

Ela me abraçou e não aguentou o choro, ficamos abraçadas por um tempo.

ㅡ Agora vamos, quero ver um lindo sorriso nesse lindo rosto.

Ela me olhou e pôs um sorriso no rosto, suas bochechas estavam vermelhas e seus olhos brilhando, limpei o resquício de lágrimas que haviam ali, dei um último beijo em seu rosto e sai do quarto. Comecei a correr pelos corredores do hospital, havia perdido o trem que me levaria até o trabalho, ouvi algumas reclamações dos funcionários mas não liguei, apenas corri o mais rápido que podia.

Cheguei 7 minutos atrasada, me desculpei com meu chefe e fui fazer meu trabalho. Arrumei algumas pilhas de papéis, fiz algumas ligações para marcar e confirmar compromissos do meu chefe e arrumei sua agenda dos próximos dias. Quando finalmente havia terminado me espriguiçei na cadeira e finalmente relaxei minha postura. Rapidamente a corrigi ao ouvir o telefone tocar.

ㅡ Escritório de advocacia o que deseja?

ㅡ Senhorita [S/n], venha até minha sala por favor.

ㅡ Vou agora mesmo.

Desliguei o telefone e o medo me tomou, comecei a revisar meu trabalho e não lembro de ter feito nada errado, eu preciso desse trabalho, não posso perder ele agora. Fiquei hesitante ao bater na porta mas já o havia deixado esperando. Bati na porta e ele concedeu minha entrada, minhas mãos suavam e meu corpo tremia pelo medo do que aconteceria.

ㅡ Sente- se por favor. ㅡ falou apontando para cadeira a sua frente.

Assim o fiz.

ㅡ O que deseja senhor?

ㅡ Estava prestando atenção em seu trabalho e percebi que você o executa com maestria, gostaria de lhe contratar permanente, o que acha?

ㅡ Fico muito agradecida pela oportunidade mas estou no primeiro período da faculdade, então só estou livre no tempo que já trabalho atualmente.

ㅡ Não tem problema com tanto que você consiga lidar com os seus serviços.

ㅡ Muito obrigado, então eu aceito sim.

ㅡ Vou ajeitar a papelada da confirmação, pode se retirar, tenha uma boa noite.

ㅡ Digo o mesmo. ㅡ Disse me retirando da sala.

Soltei pulinhos de alegria, não pude evitar, logo me recompus peguei minha bolsa e fui para casa. Não teria como nada estragar meu dia, fui correndo para casa contar a notícia para minha mãe.

Cheguei em casa peguei a correspondência e entrei, ela ainda não havia chegado deve ter pegado outro plantão. Quando meu pai foi embora ela assumiu a empresa e comecou a tentar resolver o problema das dívidas mas nunca desistiu da medicina, ela amava o que fazia.

Comecei a folhear as correspondências até uma me chamar a atenção, era uma carta do banco, a abri rapidamente e li o conteúdo. Nela falava que tínhamos o prazo de 20 dias para pagar todas as dívidas ou tomariam a nossa casa, reli a carta umas 5 vezes para acreditar no que via. Me sentei no sofá e coloquei a mão na nuca pensando em alguma solução. Decidi esperar até a manhã para discutir isso com minha mãe, fui para meu quarto e tomei um banho rápido, não estava com apetite, apenas tomei um remédio para dormir, e me deitei esperando o mesmo fazer efeito, me tornei basicamente uma viciada nesses remédios não importa o quando esteja cansada, não conseguia dormir sem eles. Senti meus olhos pensarem e rapidamente apaguei.

•Continua...
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Desculpa qualquer erro;
•Espero que tenham gostado;
Até a próxima!

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐀𝐃𝐀; Kuroo TetsurouOnde histórias criam vida. Descubra agora