- Você não pode me obrigar a gostar de você, Maite.
- A é? Pois então veremos, querido.
Falei pegando minha bolsa e me levantando em seguida.
- A onde você vai?
- Viu como pode gostar de mim, já está até preocupado para onde eu vou.
- Estou falando sério.
- Ui! Calma amorzinho, eu só vou para casa e aproveito para ver como sua mãe está.
- Fique longe dela!
- Humm... Não. Agora que somos sogra e nora acredito que eu devo me aproximar, não é mesmo?
Ele não respondeu nada, apenas me encarava com... Desprezo?
- Mais tarde um homem vai vir lhe trazer comida e te soltará para que possa fazer suas necessidades, ir ao banheiro, tomar um banho, escovar os dentes essas coisas. Já disse e repito o quarto é todo monitorado, tem gente lá fora que no mínimo deslize tem permissão para atirar em você, então não tente nenhuma gracinha, entendeu?
- Você é uma asquerosa, maluca. Vai se tratar!
- Eu também te amo querido, amanhã estarei de volta. Tente não sentir muito minha falta.
Então caminhei até ele para lhe dar um breve beijo, ele fez questão de virar o rosto. "Calmamente" eu cravei minhas unhas em seu maxilar e o forcei a virar a cabeça para mim novamente e lhe depositei um selinho.
Enquanto dirigia liguei o som do carro em uma rádio qualquer.
Porra! Rihanna e sua música Man Down era tudo o que eu não precisava nesse momento."Eu não queria acabar com sua vida
Eu sei que isso não é certo
Eu não consigo nem dormir à noite
Não consigo tirar isso da minha mente
Eu preciso sumir
Antes que eu acabe atrás das grades"Foi impossível conter o sorriso irônico que brotou em meus lábios, sempre quis que minha vida fosse resumida a uma canção romântica cantada por Ed Sheeran, e não por uma música de assassinato, arma e cadeia.
"Porque agora sou uma criminosa, criminosa, criminosa
Oh, Senhor, oh, misericórdia, agora sou uma criminosa
Homem ao chão
Diga ao juiz, por favor, que me dê a pena mínima
Corri para fora da cidade
Nenhum deles pode me ver agora, me ver agora."- Criminosa...
Essa palavra ressoou em minha cabeça por longos minutos, mas agora já era não tinha mais volta. E se eu estava arrependida? Nenhum pouco.
Assim que cheguei em casa havia só uma viatura na casa do William, na varanda vi a mãe dele sentada com um lenço em mãos e um policial agachado ao seu lado tentando acalmá-la. Atravessei a rua, o portão estava aberto então entrei indo até ela.
- Dona Julieta, nenhuma novidade ainda?
Ela apenas negou com a cabeça chorando ainda mais, eu então me abaixei e segurei suas mãos entre as minhas.
- Não perca as esperanças, mais cedo ou mais tarde ele vai aparecer. A senhora me da permissão para ir até sua cozinha e lhe preparar um cházinho?
- Por favor querida...
Então eu me levantei e adentrei a mansão, não foi difícil de achar a cozinha e quando cheguei logo já coloquei a água ferver com um pouquinho de açúcar e encontrei o sachê de chá de camomila.
- A senhorita é amiga da Dona Julieta?
Perguntou o policial atrás de mim.
- Ela é minha vizinha já faz algum tempo, amigas não somos, eu diria apenas conhecidas. Mas me toca demais o coração vê-la nesse estado.
- Eu sou primo dela e estou muito preocupado, eu queria poder ficar aqui com ela, mas eu preciso voltar ao trabalho...
- Eu me solidarizo a passar o resto da tarde com ela, claro se for do seu agrado.
- Claro que é, muito obrigado. Eu não conseguiria trabalhar em paz com ela sozinha aqui.
- Imagina, eu acredito que é com boas ações que no futuro seremos recompensados.
- Sim, sem dúvidas. Então eu vou indo, aqui o número do meu celular. - Falou escrevendo em um papel e me entregando. - Qualquer coisa me liga.
- Pode deixar, e qualquer informação ou pista de William se quiser falar para mim primeiro, depois eu repasso para ela.
- Claro, mais uma vez obrigado.
Eu apenas sorri simpática antes dele virar as costas e partir, da janela eu o vi se despedindo da prima e dando partida no carro em seguida. As coisas só ficavam ainda mais interessantes...
- Querida a água ferveu.
- Oh sim, vamos até a sala Dona Julieta, lá ficará mais confortável. E não se preocupe vou ficar aqui com a senhora, nada irá lá lhe acontecer.
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Louca Obsessão
Mystery / ThrillerTer um amor não correspondido dói, e quando você menos espera já está obcecada, está louca, e está com ele preso em uma casa no meio do nada. Eu sei tudo sobre ele, William Levy - 23 anos, cabelos claros, olhos em um tom de mel, corpo malhado, e um...