Capítulo 48

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Acredito que cerca de 20 dias já haviam se passado e apenas minha mãe vinha me visitar já que William ainda não havia conseguido a liberação, no momento meu advogado também estava lutando para conseguir uma consulta médica, apesar de estar presa eu tinha direito ao pré Natal, coisa que obviamente não estava sendo respeitada, visto que a única vez que fui atendida foi quando sofri aquele acidente.

- É assim mesmo Maite, eles não dão importância nem quando vamos dar a luz, quem dirá pré Natal.

- Isso é o cúmulo!

- Pois que essa criança venha sem saúde nenhuma, e que continue assim, sem atendimento nenhum. - Disse Julieta.

Eu já estava tão cansada que eu simplesmente a ignorava e nem me dava ao trabalho de respondê-la mais.

- Perroni, visita para você na sala 5. - Disse o guarda.

- Hum danada. - Falou Jessica sorrindo de forma maliciosa.

- Ué, o que foi? - Perguntei confusa.

- É uma das salas de visita íntima. - Respodeu e Julieta se engasgou com a água que tomava.

- Vamos logo, eu não tenho dia todo.

Então eu comecei o acompanhar com certo receio, mas chegando lá todo meu medo acabou quando vi William sentado todo lindo na cadeira, estava vestindo um terno, os cabelos perfeitamente alinhados, a barba bem feita, e seu perfume amadeirado inundava o local.

- 30 minutos e voltarei. - Falou o guarda fechando a porta e ficando apenas nós dois.

Eu então olhei ao redor, uma mesa com duas cadeiras, uma cama de casal e um ventilador de teto.

- Senti tanto sua falta. - Falei caminhando até ele e o abraçando.

- Eu também, foi difícil deixarem eu voltar a vê-la, mas consegui não só isso como uma visita íntima por semana. - Respondeu sorrindo e eu sorri de volta.

- O que estamos esperando então? - Falei safada.

- Trocarmos a roupa de cama primeiro. - Disse pegando uma sacola e me mostrando lençóis limpinhos e com um cheirinho muito agradável de amaciante.

Juntos colocamos o lençol novo e só então me sentei, era bem mais confortável do que o colchão da cela.
Mas eu não tive muito tempo para comparar os dois lugares, já que William veio para cima de mim e começou a me beijar.
Sua língua desceu para o meu pescoço onde fez questão de dar um chupão.

- Mostre para Julieta mais tarde.

Eu ri de seu comentário, sabia que ela veria e ficaria furiosa.
Suas mãos foram ágeis e logo eu estava totalmente nua, eu fiquei um pouco desconfortável era a primeira vez que ele me via sem roupa grávida, minha barriga já estava grandinha, afinal eu já estava com mais de 5 meses de gestação, minhas pernas e pés inchados e meus seios começavam aumentar signitivamente de tamanho.

- Você está linda, mais perfeita do que nunca. - Falou como se tivesse lido meus pensamentos e depositou um beijinho em minha barriga.
E de beijo inocente passou para beijo molhado em minha intimidade, ele chupava meu clitóris enquanto brincava com os dedos em minha entrada, me fazendo contorcer e gemer seu nome sem parar. Quando eu estava prestes a atingir o orgasmo ele parou.

- Ainda não, safadinha. Eu adoraria sentir o sabor do seu mel, mas hoje você irá se derramar no meu pau que há tempos sonha com esse momento.

Palavras sujas que apenas me faziam ficar ainda mais excitada e molhada (se é que isso era possível) e quando ele tirou a roupa vi que não era só eu, seu membro estava tão duro que era possível ver as veias pulsando. Foi impossível não levar minhas mãos até ele e tocá-lo.

- Maite... - Gemeu quando eu comecei a masturba-lo. - Chega Demônia, senão vou gozar em seus dedos, e o que eu quero é me derramar dentro de você. - Falou afastando minhas mãos e depois se posicionando entre minhas pernas, quando me penetrou eu agarrei com força em suas costas e deslizei minhas unhas pela mesma, nos beijamos ferozmente para evitar gritar muito alto, afinal não estávamos em nossa casa, infelizmente.

- Como senti saudades disso, de você. - Murmurou em meu ouvido.

- Te amo.

- Te amo, minha vida.

Devido ao tempo em que ficamos sem sexo, não demorou para juntos chegarmos ao clímax. E eu literalmente quase chorei enquanto estremecia embaixo de seu corpo, eu não sabia que estava precisando tanto gozar até aquele momento.

Quando ele saiu de dentro de mim me puxou para ficar sob seu peito e me deu um beijo na testa, enquanto que com a mão fazia carinho em minha barriga.

- Quer fugir daqui, Mai?

- O que? Não! - Respondi firme.

- Sabe que se quiser eu dou um jeito, né? Eu faço qualquer coisa, arrumo uma gangue e elimino todos esses policias e te tiro daqui, ou arrumo dinheiro até no inferno se preciso para subornar esses guardas ou eu abro um buraco no chão que te leve até lá fora. Qualquer coisa.

- Não Will, não podemos viver fugindo. Essa criança merece um lar, ela não tem culpa dos meus atos.

- Mas ela também merece uma mãe!

- Uma mãe limpa, honesta e justa.

Ele apenas suspirou, e desceu para baixo colocando seu ouvido sob minha barriga.

- Oi neném, aqui é seu papai, consegue me ouvir?

Até aquele momento eu nunca havia sentido nenhum movimento, mas então um tímido chutinho foi dado.

- Ai meus Deus, você sentiu? - Perguntei emocionada tocando o local.

- Sim... - Respondeu já entre lágrimas.

- Foi o primeiro chutinho.

- Obrigado meu Deus, por ter me permitido estar presente nesse momento, obrigado. E obrigado Mai, por ter me feito tornar pai, esse é o dia mais feliz da minha vida... - Ele disse e eu me sentei para que pudéssemos nos abraçar, e era impossível conter o choro diante aquele momento.

- Apesar de tudo, eu me sinto realizada. Tenho seu amor, e melhor ainda, tenho nosso amor crescendo dentro de mim e isso não tem preço.

Ele sorriu e me beijou, mas logo voltou a se deitar em meu colo para conversar com nosso filho.
Aaa se eu pudesse pegar aquele momento e guardar em um potinho para nunca mais sair dali...


Louca ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora