Capítulo 31

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Minutos antes eu estava deitada abraçada a William, e depois eu já havia me levantado sobressaltada com a porta sendo aberta brutalmente.

- Eu sabia! - Disse Marx entrando no cômodo com uma arma em mãos, e um sorriso de orelha a orelha.

- Calma Marx, está tudo bem. - Disse William se aproximando do primo, tentando fazer com que ele abaixasse a arma que estava apontada para mim.

- Eu vou acabar com você, sua puta!

Eu fechei meus olhos, esperando a bala que atravessaria meu corpo. No fim eu sempre soube que aquele seria meu destino, a morte precoce.

Eu sabia tudo que estava em jogo quando decidi sequestrar William, eu sabia das consequências, mas eu simplesmente não me importava, ter ele ao meu lado era a única coisa que me fazia querer continuar, eu tive uma vida muito, muito, muito sofrida, dolorida. Fui condenada ao abandono, aos abusos, e até hoje eu só não havia cometido uma loucura, porque o amor que eu sentia por aquele homem me mantinha viva.
Eu posso partir hoje, e irei em paz, feliz. Pelo menos por poucos meses ele foi meu, e sua declaração de amor não foram das mais românticas, mas foram suficientes para deixar meu coração quentinho. 
Talvez me chamem de louca por colocar uma paixão acima da minha própria vida, mas para eles eu digo, do que vale uma vida sem amor?
E se me perguntarem se me arrependi, não! Sem sombra de dúvidas, não, e repetiria mais um milhão de vezes se necessário, e se eu tivesse tempo também...
A única coisa que me aflige é não poder contar a William uma novidade que venho guardando a algum tempo, mas isso já não importa mais. Eu deveria ter seguido o ditado, não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje, mas tudo bem, agora é tarde demais.

E como uma vez disse Charles Bukowski:

"Encontre o que ama e deixe que te mate."

Louca ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora