Capítulo 59

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Mesmo estando morta pela noite com William às 7:20 eu me levantei e segui para o quartinho de Edite, ela dormia tranquilamente, um sono tão gostoso que dava dó de acordá-la. Eu me sentei na pontinha da cama e comecei acariciar seus cabelos.

- Bom dia, dorminhoca. - Falei e a enchi de beijinhos enquanto ela ria.

- Não quero ir para escola, mamãe. - Disse fazendo beiçinho.

- Mas uma princesa tem que estudar, para ser muito inteligente. Senão quando eu estiver velhinha quem vai cuidar da minha cervejaria?

- Eu vou cuidar. - Respondeu orgulhosa.

- Então vai correndo tomar seu banho, que eu vou te esperar aqui para te ajudar se trocar e depois descemos para o café, ok?

- Ok. - Respondeu e saiu correndo para o banheiro.

Enquanto eu a esperava minha mãe entrou no quarto, provavelmente para fazer o que eu já estava fazendo, acordando e arrumando Edite.

- A bom dia minha querida, pensei que não acordaria a tempo.

- Por que? A senhora ouviu William e eu? - Perguntei assustada e ela riu.

- Não, mas eu já imaginava que a noite renderia.

- Estamos planejando outro bebê. - Revelei.

- Eu fico muito feliz em saber disso, Edite também irá surtar. Eu vou indo lá ajudar a mocinha que trabalha aqui por a mesa do café.

Eu apenas concordei com a cabeça em resposta, assim que ela saiu Edite apareceu enroladinha na toalha.

- Deixa eu ver se ficou cheirosa. - Falei a abraçando e dando um longo suspirou em seu pescoçinho. - Cheirosissima. Agora vamos vestir o uniforme para depois pentearmos seus cabelos.

Eu a ajudei colocar a roupa e depois ela se sentou na penteadeira para que eu pudesse terminar de arruma-la. Eu nunca tinha feito uma trança antes, mas decidi que faria, ficou meio desajeitada, mas eu ia pegar o jeito.

- Ficou linda, mãe. - Eu sabia que ela disse aquilo só para me agradar, sem dúvidas a avó fazia penteados muito mais bonitos nela, mas o que vale é a intenção.

- Vamos ir tomar nosso cafezinho agora antes que você se atrase.

Juntas descemos para a mesa onde minha mãe já estava sentada a nossa espera.

- Papai não vai tomar café com a gente hoje? - Perguntou enquanto já pegava um pedaço de bolo.

- Seu pai está muito cansado, filha.

- Por que? Ele não dormiu a noite?

- Não... Quer dizer, sim. Mas teve dor de barriga e ficou se levantando a noite toda. - Falei a primeira coisa que veio em minha mente e minha mãe riu do outro lado da mesa.

- A sim, coitadinho.

Foi o tempo dela terminar de comer e ouvirmos a van buzinar para buscá-la, eu a acompanhei até o portão e lhe beijei a testa.

- Boa aula, querida. Te amo.

- Obrigada, te amo.

Decidi acordar William para juntos irmos até a cervejaria, eu estava muito ansiosa para aquele momento. Quando entrei no quarto ele ainda dormia pesado, então eu me sentei ao seu lado e comecei a dar leves chupões em seu pescoço e beijar sua boca. Logo suas mãos envolveram minha cintura e me puxaram para cama, em um movimento rápido ele rolou me prendendo embaixo do seu corpo.

- Bom dia, princesa. - Disse sorrindo enquanto começava a apalpar minhas pernas.

- Bom dia, dorminhoco.

- Veio me acordar para um oitavo round?

- Você contou quantos foram ontem a noite? - Perguntei lhe dando um tapinha no braço.

- Mas é claro. - Reapondeu já tentando me despir, mas eu o impedi.

- Agora não Will, vim te acordar para irmos até minha empresa.

- 15 minutos a mais, 15 minutos a menos, não faz diferença. Você tem que dar carinho para o seu Williamzinho aqui. - Disse dengoso enquanto levava minha mão até seu membro, que já estava bem desperto.

- Seu tarado!

- Tarado por você.

Eu tentei resistir, mas era muito difícil, William sabia os pontos certo onde me tocar, os lugares para me beijar. E foda-se me entreguei,  fizemos amor na cama, depois fomos tomar banho, e fizemos amor de novo embaixo do chuveiro, e eu faria quantas vezes eu e ele quiséssemos, eu já tinha perdido muito tempo da minha vida e não queria perder mais.
Enfim, demorou mas finalmente lá estava eu parada em frente a minha tão amada cervejaria, meu coração estava acelerado e eu sentia um friozinho na barriga.

- Vamos? - Perguntou William me encorajando.

Eu concordei a cabeça e juntos adentramos, tudo estava idêntico a antes. Os mesmos funcionários, os mesmos móveis, as mesmas decorações e principalmente o mesmo cheirinho.

- Senhorita Perroni, que felicidade em revê-la. Seja bem vinda de volta.

E derrepente todos empregados estavam em volta de nós sorrindo e aplaudindo, com direito a bolo e salgadinhos, que com certeza foi ideia de William.

- Eu estou muito feliz de retornar, essa empresa é muito importante para mim e agradeço a todos que estiveram cuidando tão bem dela na minha ausência, em especial ao William. - Falei lhe abraçando e ele beijou o topo de minha cabeça em forma de carinho.

Depois da pequena comemoração William me acompanhou até minha sala, continuava a mesma, exceto pelos porta-retratos em cima da mesa com fotinhas de Edite, e uma foto enorme minha pendurada na parede atrás de minha cadeira.

- Obrigada, meu amor. Você é perfeito. - Falei emocionada.

- Venha senhorita Perroni, hora de ocupar seu lugar novamente. - Disse puxando a cadeira para eu me sentar, e foi o que fiz. A sensação era inexplicável.

- Só tem uma coisa errada.

- O que? - Questionou se sentando na cadeira em minha frente.

- O "Senhorita Perroni".

- Continuo sem entender, Mai.

- Você não acha que está na hora de ser "Senhora Levy"? - Perguntei sorrindo.

- Está me pedindo em casamento, senhorita Perroni? - Perguntou com um sorrisinho de lado que fazia minha calcinha molhar.

- Isso mesmo, homem. William Gutiérrez Levy, o senhor aceita se casar comigo?

- Tem alguma dúvida? MAS É CLARO QUE SIM, MIL VEZES SIM! - Gritou enquanto me pegava em seu colo e me rodava até cairmos em cima do sofá que tinha ali, nossas risadas se misturavam, e nossas lágrimas deixaram nosso beijo salgado. Finalmente eu estava conhecendo o que era a felicidade plena, em seu estado bruto, e era a melhor coisa do mundo.

Louca ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora