Capítulo 9: Do Fogo Para A Frigideira

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- É brincadeira! – Dwalind rosnou, logo após o corpo do rei goblin cair sobre eles. Como se já não bastasse terem caído com ponte e tudo lá do alto.

Ele assim como os demais anões estava no meio dos escombros da ponte de madeira podre, Nyë escapou em partes de ser massacrada pela madeira e pelo rei goblin fedorento. Mas em contrapartida, ganhou um machucado no braço que sangrava. Mas não era um ferimento profundo, logo pararia de sangrar. Gandalf ajudava a tirar os anões dali, mas então a voz em pânico de Kili atraiu a atenção do mago.

Quando olharam para o alto, viram mais do que um exército de goblins vindo na direção deles. Correndo feito animais famintos e raivosos. Eram muitos e lutar contra eles seria o mesmo que pedir para morrer.

- Temos que sair daqui – rosnou Thorin.

Nyë já estava cansada e sem paciência para aqueles Goblins.

- A única coisa que vai nos salvar é a luz do dia – garantiu o mago cinzento.

- Há outra coisa também – alegou Nyë, virada de perfil para ele.

Gandalf moveu o cajado de uma mão para a outra e olhou a elfa com atenção. De repente percebeu que não havia dado chance da elfa usar seu poder, mesmo tendo sido contratada para proteger a Companhia, apesar de ter feito o trabalho até ali muito bem.

- O que ela vai fazer? – Gloin indagou.

- O rei Goblin disse que ela congelou as Terras do Norte – Fili falou – Congelar isso daqui não vai ser difícil – virou-se para o irmão e para o tio.

Thorin assentiu olhando para a elfa, que retribuiu o gesto.

Nyë ergueu as mãos e moveu os dedos como se para acumular todo o seu poder de frio nas pontas dos dedos. Fechou os olhos para se concentrar melhor, mesmo que estivesse com medo de que um bando de goblins enlouquecidos estivesse vindo na direção dela. Quando sentiu que o poder fluía fortemente por seu corpo e se concentrava onde queria, ela abriu os olhos que estavam enevoados. Como uma neblina de inverno que tomava conta das florestas e dos campos quando cobertos pela neve.

E com um movimento rápido, ela tocou o solo e uma onda de gelo varreu o chão até o alto do buraco dos Goblins. Fazendo os mesmos serem congelados. Os anões vibraram com a façanha, nunca haviam visto nada igual, mas logo Balin já estava explicando o magnifico poder dos elfos elementares. Gandalf estava satisfeito com o ato da elfa, mas não queria dizer que estavam a salvos, aquele lugar estava enfestado de goblins, poderiam surgir de qualquer lugar.

- Vamos andando, ainda não quer dizer que estamos a salvo – alegou Gandalf – Ainda precisamos da luz do dia – emendou e saiu andando na frente.

Logo os anões os seguiram assim como Nyë.

***

A respiração de Bilbo era tensa, não só por evitar ao máximo fazer ruídos, mas por estar apoiando totalmente o peso da elfa em si. O que era um pouco constrangedor, já que por ser pequeno ela estava toda debruçada sobre si e sua cabeça estava próximo demais dos seios dela. Mas ele só não ficava vermelho de vergonha, pois o liquido quente que escorria por seu braço o fazia ficar preocupado. Herea ainda sangrava e muito e o suspirar pesado dela indicava que as coisas estavam péssimas. A palidez já tomava conta da elfa.

Os urrus de Gollum ainda eram ouvidos e eles o seguiam, pois, aquele era o único caminho a ser seguido. O outro os levaria de volta a toca da criatura e Bilbo não sabia se sobreviveria a outro jogo de adivinha ou qualquer outro jogo que ele queira jogar.

Ao que tinham conseguido entender, estavam de alguma forma invisíveis. Mas eles ainda conseguiam ouvir e ver tudo ao redor, menos Gollum. Bilbo não sabia se Herea havia sido afetada por ele estar abraçado a ela no momento, mas não desfez o abraço e a manteve perto dele e assim andavam rumo a saída, na qual Gollum os levou. Pois, depois de uma passagem havia uma trilha de terra e dava para ver a claridade do dia adentrando ali.

I See FireOnde histórias criam vida. Descubra agora