sem classe e atrasado

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EMAILS E ACORDOS

LE_WY

Após o chá da tarde desastroso, Donghyuck queria se enterrar de tão tenso pela vergonha. Mesmo com Taeyong lhe dizendo que tudo estava bem.

O vaso quebrado, agora estava numa lixeira real e ainda assim parecia assombrar o mais novo, o Lee só sabia pensar no quanto que precisaria trabalhar para pagar apenas um pedaço daquele objeto. No entanto, o que estava matando Haechan era que além de mentir, teria que fugir do convívio diário com Mark Lee e sua família rica e hospitaleira.

O Rei desejava muito que o Lee ficasse no palácio para o conhecer melhor. Mas Donghyuck sabia que se não voltasse cedo para casa, Lee Chittaphon o mataria por pensamento, além de que no dia seguinte ele teria aula. Por essa razão, Haechan fez um pedido baixo e discreto para falar a sós com Mark enquanto a família real caminhava com eles no jardim do castelo.

— O que houve? — Mark resmunga observando ao redor dos dois com cautela. Poderiam ter alguns dos conselheiros por perto.

— Eu preciso ir para casa, tenho aula de manhã. E seu pai quer que eu more aqui, não foi o que combinamos viu Mork, seu energumeno! — sussurra entredentes e o Lee mais velho revira os olhos — Você precisa me tirar dessa, venho aqui todos os dias depois da aula te ajudar com teus trabalhos.

— Certo. Diga que seu pai precisa de você em casa para resolver assuntos pessoais. — Mark diz e o Lee sorri grande aliviado. O sol já estava batendo no fim da tarde e o jantar se aproximava. — Mas você tem que voltar amanhã. Mandarei um motorista o buscar depois das aulas, esteja pronto na escola.

Donghyuck sorriu colocando as mãos para trás do corpo em sinal de que aprontaria. Mark cruzou os braços e esperou a bomba. Donghyuck era tão óbvio aos olhos de Mark que já estava decorando suas expressões corporais de sarcasmo.

— Isso tudo é para me ver de novo? — A ironia no olhar do Lee era quase palpável. Mark o encarava atentamente ao mesmo tempo que se sentia intrigado com a personalidade múltipla do Lee. Era bonito, mas idiota, fofo mas tão irritadiço. As notas de lentidão e a tão famosa lerdeza aguda, contrastava com a beleza dos atos tímidos e corajosos do mais novo, além do rosto corado e bonito que chamava atenção do mais velho e prendia seu olhar nos lábios vermelhinhos que traziam aquele sorriso fofo e sapeca.

— Cala essa boca. Estou te ajudando. — colocou as mãos no bolso.

— Em que, exatamente? — o Lee se aproxima lentamente.

— Estou ajudando você a não ser morto pela família real ou pelo seu pai. Soube que ele gosta de puxões de orelha. — Donghyuck o encarou indignado.

— Como você sabe disso?

— Vi você mandando mensagem para o seu irmão no carro, você não é nada discreto e é ruim com ameaças, parece que tem seis anos. — Mark se afasta, caminhando na direção de seus pais.

— Ei, Príncipe das Cacatuas, você que é deselegante e fica lendo as mensagens alheias. — Disse enquanto passava pelo Lee batendo em seu ombro — Você é um namorado muito babaca.

Mark sorriu. O título de namorado era bom de ser ouvido da boca de Donghyuck, apesar de ser uma mentira. Talvez o Príncipe perdoasse os xingamentos mas perturbar a paciência daquele ser humano era mais divertido.

— E você quebrou um vaso da minha casa! — Haechan choraminga sabendo que havia perdido aquela discussão.

— Pelo amor de Deus, eu já pedi desculpas, Mork!

Donghyuck exclama seguindo até a família real para se despedir. Não demorou muito para que explicassem toda a situação e assim o Lee se despedisse de todos os membros reais ao se curvar educadamente e caminhar para fora do palácio.

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