Cap. 11

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Por Katniss :

Paylor parece ainda não estar convencida do que falei. Procuro ajuda nos olhares de Haymitch. Fico aliviada por ele entender. Na mesma hora, Haymitch quebra o silêncio enquanto Paylor me olha de um jeito estranho, ela parece confusa, pois sei que ela ainda não entendeu.

- Presidente Paylor. - Haymitch começa - O que você acha disso tudo?

Ela o encara.

- Haymitch, eu ainda estou confusa. Ok, todos nós temos bons motivos para desconfiar dela. Eu conheço o tio de Marisol, Claus Snow, irmão mais novo do ex presidente Snow. Não gosto daquele homem, ele me dá nojo. - Paylor termina e cospe no chão.

Ouvindo tudo isso, sou tomada pela curiosidade, não resisto e acabo perguntando :

- Por que você não gosta dele, Paylor? - Pergunto.

Ela me olha.

- Como você mesma disse, ele faz parte da raça de Snow. Em todos os Jogos, Claus esteve presente, fez discursos e discursos para Snow. A maioria das idéias mortais de Snow, vieram da cabeça doentia de Claus.

Fico em choque, não consigo acreditar que esse desconhecido fez parte deste jogo doentio. Minha raiva cresce ainda mais. Tento me segurar para não acabar agindo como Johanna Mason, e xingá-lo com tudo o que vier em mente. Peeta percebe meu quase ataque de cólera, e chama meu nome:

- Katniss! - Peeta fala em um tom calmo.

Olho para ele, e consigo me acalmar, mesmo ainda não estando em perfeito estado. Paylor tenta quebrar o silêncio que pairou no ar por alguns segundos, ela nos convida a ficar mais uns dois dias. Antes que alguém fale algo, digo sim na mesma hora, quero conhecer melhor Marisol. Quando aceito o pedido de Paylor, ela sorrí e manda alguns dos servos da casa nos acomodarem. Retirando-se da sala, Paylor sai para uma reunião. Haymitch e Peeta me lançam um olhar, os dois ao mesmo tempo. Tento fingir que não percebí, mas Haymitch logo se irrita com a minha atitude.

- Katniss! O que você quer agora? - Ele pausa. - Pelo que te conheço, você está planejando algo.

Olho para o chão, tentando evitar os olhares. Mas logo levanto a cabeça e respondo.

- Esse convite era o que eu estava esperando para ficar aqui, pelo menos por um dia. Agora dois, já está de bom tamanho.

Peeta me lança um olhar, acho que ele está lendo meus pensamentos desde que cheguei aqui. Logo pergunta :

- Katniss... - Ele balança a cabeça em negativo. - Você não está pensando em ir procurar a casa da tal Marisol, não é mesmo? - Ele pergunta já sabendo da resposta.

- Parabéns, meu amor! Você acertou. É, eu vou mesmo! Tenho assuntos para serem tratados com ela.

Essa quase "briga" entre nós, já está me dando nos nervos. Levanto e chamo eles para nos acomodarmos em nossos quartos.

Andando pelo corredor da mansão, encontro uma pintura, que chama minha atenção, é o quadro de Rue, sentada na grama com uma flor azul nas mãos. Me emociono, Peeta apenas me abraça e continuamos andando até o quarto. Entramos, é um quarto bem aconchegante. Peeta, percebe a tristeza em meu olhar, sentamos na cama, nos abraçamos. Aquela imagem me deixou triste, de novo. Deito, fecho os olhos, torcendo para que aquilo passe logo, que amanheça logo...

Abro os olhos, ainda está escuro, são 5h30 da manhã, sem sono, levanto, vou até o banheiro. Está frio, imagino que seja uma boa hora para um banho quente. Entro com tudo debaixo do chuveiro, tomo um banho rápido, depois disso, visto uma roupa. Enquanto Peeta dorme, saio do quarto e caminho até o quadro de Rue, não aguento a cena e começo a chorar baixinho. Me encosto na parede, aos poucos vou descendo, até chegar ao chão, tentando parar o choro. Nunca esquecerei Rue, quando tiver uma filha algum dia, quero que ela seja igual a Rue.

Jogos Vorazes - A Esperança (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora