XVIII. O Segredo de Blaise Zabini

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HARRY TIAGO POTTER - P.O.V

Avalanche.

Eu sentia como se tivesse uma avalanche de informações para assimilar em um curto período de tempo. Quantas coisas poderiam acontecer em um dia só?

A minha descoberta sexual com Draco e Cedrico, a briga de Remus e Sirius e ter o susto do quase término deles tinham sido muita coisa para um dia só.

Suspirei profundamente e soprei o ar, decidindo que eu estava exausto.

Virei o corredor, reparando que já estava quase dando oito horas da noite e daqui alguns minutos já iria dar o final do horário do jantar, mas decididamente me sentia indigesto.

Parecia que a cada momento, segundo, minutos que eu passava aqui, mais coisas bizarras aconteciam. Coisas realmente pesadas para assimilar, quase como se eu estivesse na mente de alguém muito perturbada.

Godric Gryffindor poderia ser um sádico quando quisesse.

— Ah, jovem Potter — cumprimentou Tom ao trombar comigo, voltando das masmorras ao lado de Nagini. — Como está?

Sorri forçado, me sentindo nauseado ao lembrar do que ele planejava comigo mais para frente.

— Muito bem, senhor — disse simplório. — E você?

— Devo dizer que um pouco perturbado — respondeu com um semblante sério. — Luas cheias me deixam com calafrios.

Franzi o cenho, sem entender do que ele estava falando.

— Perdão?

Tom me analisou dos pés à cabeça, parecendo tentar entender o que estava acontecendo comigo. Ele ficou questão de uns cinco minutos apenas me analisando minuciosamente.

Logo entendi. Ele estava na minha cabeça.

Essas horas que eu agradecia Snape por ter me ensinado o mínimo de oclumência, então o que é que tenha sido que Tom viu, não tinha nada demais.

Eu ainda estava seguro.

— Você não sabe — constatou. — A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela.

Mais uma vez, a sensação de déjàvu me atingiu e eu me perguntei quantas vezes mais eu teria ela.

Será que isso queria dizer uma coisa?

— Verdade, senhor? — perguntei confuso. — Do que o senhor está falando?

Tom parou um pouco, ponderando sobre algo antes de dar um olhar significativo para Nagini.

— Me acompanhe, Sr. Potter — pediu gentilmente.

Meu sangue gelou e eu me vi travado, trazendo alguns gatilhos que eu tinha quanto a Tom Riddle, esse que nem ao menos se deu o trabalho de olhar para trás.

Ele decidiu que eu não teria escolhas a não ser segui-lo.

Forcei minhas pernas a acompanharem o homem à minha frente. A minha varinha estava firme ao meu lado, trazendo todo o meu instinto de sobrevivência ser ativado.

— Não há necessidade de ter medo da minha presença — avisou calmamente, andando até uma salinha que estava em frente às masmorras.

Um espelho estava no meio.

Não o espelho que eu ansiava ver, mas definitivamente um que eu conhecia bem.

— O espelho de Ojesed — reconheci assim que entrei.

Harry Potter Através do Espelho | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora