XXIII. O Diabo que habita em mim

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NOTAS DA AUTORA: FELIZ 30K!! Presentinho especial para vocês no final do chapie.

Recomendo ouvirem "Me Beija com Raiva - Jão" e "Monstros - Jão". Sim, sou cadelinha dele.

Boa leitura, y'all.


HARRY JAMES POTTER - P.O.V

Faz três dias desde que Draco concordou em ser o espião.

Ao decorrer desses dias, eu conseguia dizer apenas algumas coisas bastante óbvias e explícitas para mim:

A primeira delas era que eu absolutamente não conseguia ficar perto daquele homem sem sentir um comichão em um lugar... específico.

A segunda era que ele não era tão babaca. Bom, não o tempo todo. A maior parte sim, mas em suma ele era bastante reservado. Desde a nossa aproximação, eu consegui perceber pequenas coisas em Draco.

Minuciosas, quase imperceptíveis.

Bom, como dizia Blaise: meu nível de cadelice por Draco conseguia atingir níveis nada saudáveis.

A terceira era que em hipótese nenhuma eu deixaria Dumbledore fazer alguma coisa com o meu loiro insuportável.

Por isso, eu estava de frente para a porta de Snape com uma leve sensação de estar sendo estúpido demais, porém tinha noção de que eu iria até longe demais por ele.

Dei duas batidas na porta e Snape abriu ela daquele jeito teatral, fazendo os cabelos esvoaçarem diante do rosto pálido.

— Potter — cuspiu com desgosto. — O que quer?

— Olá, Professor Snape — respondi cínico. — Pode me dar a grandíssima honra de entrar em seus aposentos?

Ele semicerrou os olhos, me olhando com desconfiança. Sorri inocentemente,

— Entre — permitiu por fim, me deixando adentrar o pequeno lugar com as mais diversas poções e ingredientes.

— Gostaria de tratar de negócios com o Sr. — expliquei rapidamente, me permitindo sentar na cadeira.

Harry Tiago havia me alertado que Severus tinha matado Dumbledore na Torre de Astronomia e que não era para eu confiar nele.

Diferente da versão menos gostosa de mim, eu entendia a mente de um sonserino. Entendia o suficiente para conseguir compreender que matar Dumbledore a toa não traria interesse a Snape.

Conclui logo que ele fez aquilo para ajudar Draco. Porque ele sabe que o loiro nunca seria capaz de lançar a maldição da morte em ninguém.

Então eu bolei um plano. Um plano quase perfeito... mas eu precisaria de algumas concessões com ele e isso não me agradava nenhum pouco.

Alguns males vêm para o bem.

— Pode começar a dizer — ordenou rudemente.

Esse homem era completamente intragável...

— Eu tenho noção de que você é um espião duplo — comecei já soltando a bomba, observando a expressão dele se desmanchar por breves segundos em incredulidade. —, e tenho absoluta certeza para que lado você joga.

Snape, no entanto, manteve a pose astuciosamente. O ato quase me fez sorrir.

Bom sonserino.

— Em todas as realidades, você sempre será apaixonado pela minha mãe — admiti, dando de ombros. Eu não tinha mesmo amor a minha vida. — logo você está do lado de Dumbledore agindo como um agente duplo. Devo dizer, foi um pouco complicado entender isso, mas aí eu lembrei. Lilian sempre foi seu ponto fraco.

Harry Potter Através do Espelho | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora