Capítulo 5

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                       Bônus Blue

Andamos por algum tempo e não encontramos nada.
Ouvi um barulho próximo a nós e me coloquei ao lado do monstro.

Pelas histórias contadas, acho que seu nome é Cérbero ou cão infernal.

Balancei a cabeça espantando esses pensamentos e me concentrei em quem está se aproximando.

O Cérbero rosnou e não sei de quem tenho mais medo, dele ou dos desconhecidos se aproximando.

Me preparei mentalmente para o que virá e suspirei colocando minha máscara de corajosa.

Vi um vulto preto passar por nos e parar bem na minha frente.
Dei um passo para traz e a ponte meu tridente para a coisa.

XXX: Vai mesmo machucar seu companheiro? - perguntou a voz sarcástica e aliviada.

Arregalei os olhos e me joguei nele.

Eu: Pela Santa lua, nunca mais me deixe sozinha assim - falei suspirando.

Draco: Nunca - afirmou me apertando.

Nos separamos e Draco olhou questionador para o grandão ao meu lado.

Eu: Eu achei ele e achei que seria útil para proteger o castelo - falei omitindo a parte de estar bisbilhotando.

Draco: Sabe quem ele é não sabe? - perguntou sorrindo.

Eu: Um lindo cão amigável? - ironizei nervosa.

Draco: O mais poderoso animal de todo o inferno - respondeu sorrindo mais ainda.

Dei um passo para lonje dele e sorri nervosa.

Eu: Tem alguém invadindo o castelo - falei me lembrando do motivo de estar ali.

Draco: Tinha amorzinho, todos estão mortos - falou frio.

Eu: Ok senhor pedra de gelo - falei abraçando seu pescoço - porque não deixamos esse lindo cão sair e matar alguns demônios? - perguntei maldosa.

                       Pov. Agatha

Depois que meu irmão se foi, deci da montanha e comecei a lutar novamente.

Nosso exército é grande, mas nossos inimigos não acabam......matamos um e parece três.

Senti novamente o chão tremer e olhei ao redor assustada.

Que não sejam mais inimigos deformados - pensei aflita.

Ataquei um demônio usando minha foice e decapitei sua cabeça.

Eles ficam tão melhores assim!

Senti algo encostar em minhas costas e começar a queimar.
Soltei um grito de dor e me virei vendo que um demônio tinha acabado de jogar uma gosma nojenta em mim.

Isso provavelmente vai demorar a se curar.

Senti parte do meu vestido derreter e imaginei como estará minha pele.

Para o vestido não cair segurei a parte da frente com uma mão e com a outra decapitei o demônio.

Bufei irritada e tentei usar magia para restaurar meu vestido, mas parei assim que senti minha pele arder.

Ótimo, agora vou ter que lutar com uma só mão. Tem como piorar?

O chão começou a tremer mais e vi algo grande se aproximando.

Inclinei o pescoço confusa quando vi 3 cabeças surgirem rosnando.

Quem libertou o Cérbero? - pensei assustada.

Ele não tem pena de ninguém, mata tudo o que ver pela frente.

Apenas Draco, meu pai e o protetor do inferno o controlam, eu nunca consegui essa façanha.

O vi destroçar todos os demônios que estavam em seu caminho e começar a caminhar em minha direção.

Essa não!

Comecei a correr para outro lado e no caminho matei demônios que estavam no lugar errado, sempre segurando o vestido é claro.

Não quero andar por aí com os peitos para fora, por mais que seja confortável!

Olhei para trás e ainda vi o Cérbero vindo para onde estou. Esse cão tá me seguindo só pode.

Procurei meu pai ou o protetor do inferno e vi o segundo mais próximo.

Corri até ele e me escondi em suas costas.

Vi seu confuso e apontei com a foice para o enorme cachorro.

Eu: Nunca fomos com a cara um do outro - ironizei nervosa.

Por algum motivo esse homem me deixa assim.

Ele olhou para meu vestido e vi seus olhos se prenderem em meus seios.

Eu: Ei - falei brava.

Protetor: O que aconteceu? - perguntou preocupado.

Eu: Um demônio me queimou - falei vendo Cérbero passar por nós.

Protetor: Me deixe ver - mandou com a voz mais grossa que o normal.

Me virei e senti meu corpo queimar com seu olhar.

Ok Agatha, se controla!

Seus dedos percorreram o contorno da queimadura e senti uma pequena pontada de dor.
Me afastei de suas mãos e me virei.

Eu: Ainda dói - expliquei sorrindo.

Ele acentiu e atravessou o corpo de dois demônios com sua espada.

Eu: Acho que já posso lutar normalmente - falei olhando o Cérbero lonje.

Me afastei dele e voltei a lutar. Meu braço já está doendo por fazer tudo sozinho, mas não posso abandonar meu pai e esse reino.

Nada vale a pena conseguir se não tiver esforço físico.



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Aura Negra - Vol.2  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora