Capítulo 13

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Quando o carro parou, vi que não estamos em minha casa e sim em uma completamente diferente.

Eu: De quem é essa casa? - perguntei imprecionada com o tamanho.

Dievon: Minha - respondeu apenas.

O olhei erguendo uma sombrancelha e ele deu de ombros, abrindo a porta.

Entrei e me surpreendi com a beleza do local. Dievon pode ser o que for, mas tem um ótimo gosto para móveis.

Ele nos guiou ate um cômodo, que descobrir ser seu quarto. 
O mesmo quarto que ele quis me algemar.

Eu: Vai tentar me prender novamente? - ironizei cruzando os braços.

Dievon: Não seria uma má ideia - falou pensativo.

Bufei e me sentei na cama esperando ele falar o que tem pra falar.

Dievon: Temos que conversar sobre nossa situação - falou desgostoso.

Eu: Não precisamos conversar sobre isso, está na sua cara que você não quer uma companheira - falei brusca.

Dievon: Não queria, mas você apareceu - falou irônico.

Eu: Então agora quer? - perguntei surpresa - o modo como me trata diz o contrário - alfinetei.

Ele me olhou e rosnou começando a andar.

Dievon: Não sou alguém para amar Agatha - disse brusco - sou frio, arrogante, possessivo e muito...muito controlador - completou se aproximando rapidamente.

Eu: Acho que quem decidi isso sou eu - falei me levantando - você não pode simplismente falar e achar que vou aceitar numa boa, porque não vou - rosnei furiosa.

Dievon: Você não tem que aceitar numa boa Agatha e sim entender que não sirvo para ter uma companheira do lado - falou balançando meus ombros.

Eu: Você é o único que acha isso, nem mesmo percebe quando me olha preocupado, que adora me provocar e me tirar do sério para depois colocar um sorriso sinico no rosto - explodi cansada.

Me afastei dele e fechei os olhos respirando fundo.

Eu: Tudo isso significa que você gosta de ficar perto de mim, mesmo que seja para me irritar - disse abrindo os olhos - quando você perceber que isso é só medo, talvez seja tarde - completei.

Dievon: Não tenho medo - falou com nojo na voz.

Eu: Tem sim e seus atos de agora, podem prejudicar seu futuro - falei sorrindo triste.

Essa conversa pra mim acabou!

Abri um portal para minha casa e cai na cama sentindo uma lágrima decer.

Dievon tem que parar de pensar só em si próprio e pensar em nós dois como companheiros.
Enquanto seus pensamentos não mudarem, não ficaremos juntos.

Ele não é tudo aquilo que falou, mas egoísta por só pensar em si próprio.

Passei o resto do dia deitada pensando em Dievon e no que ele falou.

Vamos ver se consigo mudar sua forma de pensar.

No outro dia, acordei com a cabeça pesada. Sintoma de quem terá uma bela dor de cabeça.

Me arrumei vagarosamente para a universidade e preferi não fazer café, vou a lanchonete que tem aqui perto.

Assim que cheguei, fiz meu pedido e me sentei para comer.

Semana que vem é o dia em que vamos para o hospital ter uma aula teórica.
Não estou nem um pouco animada para isso, minha cabeça está cheia demais para ser cuidadosa com os pacientes.

Terminei de comer, deixei o dinheiro na mesa e fui para a universidade.

Chegando lá, vi Dievon e seu grupinho parados na entrada do campus.

Bufei e passei por eles de cabeça erguida até sentir uma mão em meu braço.

Dievon: Quero falar com você - disse começando a andar e me arrastando junto.

Dievon: Não gostei nada de ser chamado de medroso - falou sorrindo - mas quero tentar essa coisa de companheiros - completou.

Eu: Você não vai testar e sim viver - repreendi séria.

Dievon: Que seja - falou dando de ombros.

Ele já começou errado!

Eu: Não faz pouco caso de mim - rosnei - desse geito não vamos a lugar nenhum - falei batendo na testa.

Dievon: Você que se irritou - acusou sorrindo de lado.

Eu: Ok Dievon, mas tenta mudar seu comportamento comigo, não pode sempre me arrastar pra todo lado e nem falar comigo como fala - disse me aproximando.

Dievon: Tudo bem - falou.

Abri um sorriso feliz e suspirei. Parece que nossa pequena conversa mecheu com sua cabeça.

Eu: Então vamos que as aulas vão começar - falei apressada.

Ele me seguiu até minha sala e deixou um beijo em minha testa.

Eu: Você estuda o que? - perguntei antes de entrar.

Dievon: Administração - respondeu saindo.

Me sentei em meu lugar e logo o professor entrou, dando início as aulas.








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Aura Negra - Vol.2  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora