Capítulo 8

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Sua boca deceu até meu pescoço e deu um leve beijo me fazendo arrepiar.

O que esse homem faz comigo santo Lucifer!

Sua mão apertou minha cintura e logo senti seus dentes atravessarem minha pele.

Senti um sentimento desconhecido percorrer meu corpo e suspirei embriagada por ele.

Senti seu corpo se afastar do meu e  suspirei.

Dievon: Desncanse, seu corpo precisa - falou saindo do quarto.

Fechei meus olhos tentando me livrar da sensação de sua boca em mim e adormeci.

Quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi que ainda continuo no inferno.

Respirei fundo para testar o corpo e sorri ao não sentir mais dor.

Me levantei contente e corri para fora do quarto a procura de Dievon.

Alguns minutos depois o achei com meu pai e Draco.

Assim que me viram abriram sorrisos enormes. Passei direto por eles e me joguei em Dievon.

Eu: Obrigada - falei grata.

Ele colocou a mão em meus ombros e me empurrou delicadamente para traz.

Dievon: Apenas fiz o que deveria fazer para salvar você - respondeu.

Eu: Não, você poderia ter me deixado lá sofrendo, mas mostrou que tem um coração aí dentro e me curou - falei apontando para seu peito.

Dievon: Não te curei, seu corpo fez isso - disse sem emoção.

Eu: Dá pra parar de ser esse arrogante frio e aceitar meus agradecimentos - falei brava.

Ele deu de ombros e foi para um canto na parede.

Eu: Vocês estão sentindo esse cheiro bom? - perguntei respirando fundo.

Draco: Não irmãzinha - falou com nojo na voz.

O olhei intrigada e me virei para meu pai.

Lucifer: Não meu amor - falou dando de ombros.

Dievon: O cheiro é meu - falou atraindo minha atenção.

Franzi a testa e me aproximei dele para ver se é mesmo.

Coloquei o rosto em seu pescoço e respirei, sentindo o mesmo cheiro doce.

Fechei meus olhos apreciando até sentir mãos em minha cintura.

Dievon: O seu também é uma delícia - falou lambendo meu pescoço.

Não pude perder a pitada de ironia em sua voz.

Draco: Vamo parar com essa melação toda - falou me puxando para traz.

Balancei a cabeça e olhei mortalmente para ele.

Eu: Estraga prazeres - rosnei me sentando em meu trono.

Me sentindo melhor, mudei para a forma demoníaca e sorri maliciosa.

Eu: Cadê Blue? - perguntei para Draco.

Draco: Dormindo - respondeu seco.

Ergui uma sombrancelha em sua direção e me perguntei mentalmente se aconteceu alguma coisa com ele para estar assim.

Lucifer: Aproveitando que todos estão aqui, tenho algo para lhes contar - falou sério.

Draco: Conte - incentivou cruzando os braços.

Lucifer: Mais demônios fugiram - falou controlando a voz.

Ele não aparenta, mas está possesso!

Nunca o desafiaram desse modo e ele não deixará barato.
Conheço meu pai, ele não descansará até ter matado todos e eu o ajudarei.

Ninguém confronta o inferno e sai vivo!

Eu: Quantos foram? - perguntei temerosa.

Lucifer: Centenas - rosnou socando seu trono.

Draco: Cuidaremos disso - falou firme - controle as coisas aqui em baixo e deixe esses demônios conosco - completou me olhando.

Eu: Sabemos lidar com eles pai - apoiei Draco - vamos conseguir - terminei sorrindo.

Lucifer: Um erro e vou para a terra - falou sério.

Acentimos e me levantei pronta para me despedir.

Lucifer: Levem Dievon com vocês - ordenou sério.

Eu: Tudo bem - falei o olhando.

Lucifer: Quando começarem usem essas adagas - falou nos entregando oito lâminas afiadas - os matarão definitivamente - completou.

Dei um último beijo em sua bochecha e criei um portal até meu quarto.
Não vou falar com dievon para ser tratada mal, tentei ser amigável com ele e não funcionou.

Assim que entrei em meu quarto, fechei o portal e fui olhar as horas.

Duas da tarde!

Não fiquei tanto tempo no inferno como imaginei.

Fui até a cozinha preparar algo para comer e ouvi novamente bicadas na janela.

Abri para Azael e logo ele pousou em meu ombro.

Eu: Obrigado amigão, salvou minha vida - falei grata.

Ele grasnou e sumiu em uma fumaça preta. Provavelmente vai descansar.

Esse corvo nunca para em um lugar certo, está sempre voando por aí.




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Aura Negra - Vol.2  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora