Capítulo 7

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Abri os olhos assustada e notei que não consigo parar de tremer.
Minhas costas estão doendo ainda mais e meu corpo está pesado.

Notei que os lençóis estão começando a chamuscar e estão ensopados, o que está acontecendo comigo?

Ouvi pequenas batidas na janela e vi meu corvo parado lá.

Ele estava sumido a tanto tempo que achei que estivesse morto. Com esses problemas nem me lembrei muito dele.

Tentei me levantar e não consegui.

Estou começando a ficar desesperada, não sei o que tenho e estou sozinha aqui.

Tenho que voltar para o inferno e consultar meu pai.

Desconfio que a grande queimadura em minhas costas tem algo a ver com isso, porque demônios não ficam doentes.

Me arrastei para fora da cama e cai no chão resmungando de dor.
Até meu corpo dói.

Respirei fundo tentando erguer o braço para formar um portal, mas falhei miseravelmente.

Minha vista está começando a ficar afetada também, tá tudo ficando borrado.

Olhei uma última vez para o corvo na janela e sussurrei um pedido de ajuda.

Ele deu uma última bicada no vidro e saiu voando.

Tomara que seja rápido, não sei quanto tempo mais aguento essa dor.

Depois do que pareceram horas, escutei um barulho alto e logo senti mãos segurando meu rosto.

Olhei para a pessoa e achei ter ficado louca quando vi Dievon.
Seu olhar avaliou meu corpo com uma preocupação desconhecida por mim.

Eu: O que tá fazendo aqui? - preguntei com dificuldade.

Dievon: Alguém tem que salvar a princesa em perigo - falou irônico.

Ainda sem entender nada, vi quando me colocou em seu ombro delicadamente e estendeu a mão abrindo um portal.

Perai, um portal?

Vi a sala de meu pai por ele e comecei a desconfiar de Dievon.

Assim que atravessamos para o outro lado, senti uma pequena movimentação em Dievon e percebi que seu corpo tinha mudado.

Escutei ele gritar alguma coisa e em poucos segundos me vi rodeada de pessoas.

Fui colocada em uma cama e comecei a me contorcer de dor.

Eu: Faz parar - sussurrei fraca.

Lucifer: O que aconteceu com você meu amor? - falou acariciando meus cabelos.

Draco: A queimadura - falou apontando para minhas costas, como estou de barriga para baixo facilita a visão de todos.

Bufei a cabeça para o lado e vi Draco se sentar a meu lado e me dar um sorriso calmo.

Draco: Não se preocupa, vaso ruim não quebra - brincou me tirando um sorriso dolorido.

Senti minha boca secar e vi que estou pior do que imaginei.

Senti o outro lado da cama afundar e vi o protetor do inferno segurar uma de minhas mãos.

O Que?....

Olhei ao redor do quarto e não gostei nada do que constatei.

Se ele apareceu aqui do nada e Dievon sumiu do nada......significa que Dievon é o protetor do inferno!

Arregalei os olhos e voltei a olhar para ele.

Eu: Você - falei sentindo um gosto metálico na boca.

Inclinei minha cabeça para fora da cama e guspi sangue.
Confesso que isso me assustou bastante.

Lucifer: Temos que fazer alguma coisa - falou rosnando.

Ele pegou seu cetro e passou por meu corpo, soltando uma fumaça vermelha em seguida.

Lucifer: Ela precisa de mais energia - falou sério.

Draco: Eu posso dar - falou se levantando.

Lucifer: Não meu filho, tem que ser sua própria energia - falou cansado.

Dievon: Eu posso ajudar - falou firme.

O olhei interrogativa e vi novamente o mundo ficar desfocado.

Perdi os sentidos por alguns minutos e quando os recuperei estava sozinha com Dievon.

Ele em sua forma demoníaca é muito lindo.

Eu: Cadê os outros? - perguntei pausadamente, minha voz está pior

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Eu: Cadê os outros? - perguntei pausadamente, minha voz está pior.

Dievon: Nos dando privacidade - falou se aproximando e se sentando novamente ao meu lado.

Franzi a testa e percebi que a cama está pequena demais com sua aproximação.

Eu: Privacidade pra que? - perguntei fechando os olhos.

Senti sua mão acariciar meu rosto, decendo até minha mão e sumindo.

Dievon: Pra te marcar - respondeu simples

Eu: Marcar? - peeguntei confusa. 

Dievon: Você provavelmente não sentiu porque está fraca - comentou desgostoso - mas vou deixá-la descobrir por conta própria - completou.

Eu: Faça o que tiver que fazer - falei fraca.

Só quero acabar com a dor, não importa o preço!

Vi ele acentir e tirar o capacete da armadura que usa. Em seguida delicadamente jogar meu cabelo para o lado, deixando assim meu pescoço exposto.

Com esse simples gesto entendi o que ele vai fazer.

Dievon vai me marcar como sua e não posso fazer nada a respeito porque simplismente quero que a dor suma.

Com ele me entendo depois!







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Aura Negra - Vol.2  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora