Capítulo 12

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Desviei de uma bola de energia e olhei mortalmente para o demônio.

Eu: Você vai ser o primeiro a morrer - rosnei avançando em sua direção.

Ele tirou uma espada das costas fui obrigada a invocar minha foice.

Cortei sua lâmina e enfiei a adaga em seu coração.

Menos um!

Escutei um barulho alto e vi Blue batendo na parede.
Ela rapidamente se levantou e jogou um anel para cima, pegando logo em seguida seu tridente.

Uau, a mulher sabe esconder uma arma.

Dei um sorriso orgulhoso e recebi uma pancada nas costas.

Me virei novamente para a frente e chutei o rosto do demônio.

O último me olhou mortalmente e comecou a disparar bolas de energia negra para todo lado.

Me abaixei e rastejei em sua direção, pegando e enfiando a adaga em seu pé.

Seu corpo virou cinzas e me levantei sorrindo.

Eu: Sua vez - falei para o último.

Esse por sua vez me deu um sorriso sinistro e começou a falar palavras desconexas.

O cão logo foi para seu lado e ambos começaram a ficar vermelhos.

Me afastei confusa e levei alguns segundos para entender o que está acontecendo.

Eu: Merda - falei correndo até Blue - eles vão se explodir - disse desesperada.

Blue arregalou os olhos e começou a olhar para os lados.

Eu: Não dá tempo de decer até lá em baixo - falei firme - teremos que pular - falei olhando o piso de baixo.

Blue: Ficou doida - falou alto - não vamos chegar inteiras pra contar história depois - surtou.

Eu: Vamos sim - falei correndo até ela e empurrando nos duas da beirada.

Escutei seu grito agudo em meu ouvido e me virei para baixo recebendo todo o impacto da queda.

Vi a explosão acontecer e senti o ar escapar de meus pulmões, respirar não é uma coisa possível agora.

Senti Blue começar a se mecher e se jogar para o lado gemendo.

Não consegui olhar para seu rosto, mas dei um pequeno sorriso.

Ela tá bem!

Tentei respirar e tudo doeu, aí.

Até me curar vai demorar um pouquinho, então vou aproveitar o chão e ficar aqui deitada.

Escutei Blue respirar fundo e chamar meu nome. Consegui soltar um leve gemido e virar o pescoço.

Ela me olhou e não vi nenhum machucado profundo em seu corpo, apenas alguns arranhões.

Blue: Você é doida - falei fazendo uma careta.

Dei um pequeno sorriso e respirei levemente sentindo dor.

Eu: Sou - respondi tossindo.

Vi nossas adagas jogadas a uns dois metros de distância e me perguntei onde estão Draco e Dievon.

Blue: Consegue levantar? - perguntou preocupada.

Eu: Ainda não - falei sentindo uma costela voltar para o lugar.

Fiz uma careta e mordi a boca chateada.

Qual a chance disso ter sido uma armadilha para nos matar?

Blue: Draco e Dievon estão vindo - falou aliviada

Eu: Que bom - ironizei mechendo as pernas.

Estou quase curada!

Escutamos barulhos de passos e logo dois brutalmentes estavam ao nosso lado.

Draco: Vocês estão bem? - perguntou segurando nossas mãos.

Blue: Eu estou, Agatha foi quem sentiu toda a queda - falou sorrindo.

Eu: Aqueles malditos explodiram como uma bomba - rosnei balançando a cabeça e fazendo uma careta.

Senti uma mão erguendo meus ombros e vi Dievon me olhando preocupado.

Comovente essa preocupação dele.

Ele me colocou sentada e escutei alguns ossos estralarem.

Eu: Novinha em folha - falei sorrindo.

Me levantei cambaleando um pouco e olhei para cima, vendo tudo pegar fogo.

Eu: Vamos embora daqui - falei andando até meu carro.

Ouvi alguém correr e logo Blue me abraçou sorrindo.

Blue: Obrigada por amortecer nossa queda - falou brincando.

Eu: Sempre que precisar - respondi sorrindo de volta.

Draco: Nos vemos amanhã - se despediu entrando em seu carro com Blue.

Eu: Até amanhã - falei baixo.

Olhei para Dievon que caminhava até mim e estiquei a mão pedindo que parasse.

Eu: Não quero brigar agora, então me deixa ir e amanhã você continua com isso - falei cansada.

Dievon: Precisamos conversar - falou sério.

Eu: Nada de me jogar contra a parede? - perguntei duvidosa.

Dievon: Não lindinha - ironizou se sentando no banco do motorista.

Eu: O carro é meu, pode sair daí - falei cruzando os braços.

Dievon: Entra - ordenou frio.

Se olhar matasse, ele já estaria morto.

Me sentei no carona bufando de raiva e olhei impaciente para ele.

Dievon: Não vamos conversar aqui - falou apenas.

Respirei fundo para não voar em seu pescoço e olhei para a janela.

O caminho será longo!





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Aura Negra - Vol.2  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora