To the end of the line

Part 38

Peter

Eu odiava deixar ela assim. Nunca foi certo deixar ela, ela merecia ser amada por alguém que conseguia dar o coração inteiro para ela, mas meu coração estava dividido entre a amar e amar ser o Homem Aranha. Enquanto eu andava até a porta da frente da escola onde um carro ia me esperar eu parecia mesmo através de toda aquela música escutar o choro dela, de agonia e dor, dor de ser deixada do jeito que eu prometi a ela que nunca faria, que nunca a deixaria sozinha e ela sempre poderia olhar nos meus olhos para achar abrigo, mas eu fiz o contrário. Eram agonizantes aquelas palavras "Eu estou te deixando ir" ela achava que eu estava a abandonando e precisava deixar claro que se eu saísse por aquelas portas não tinha mais volta.

Era algo impossível de resolver, pessoas contavam comigo para proteger, para provar que eu tinha valor, mas Britt tinha visto esse valor em mim no momento que ela colocou os olhos em mim, então será que fazendo meu trabalho em busca de tanta aprovação era o certo? Esse motivo era o certo para eu ser o Homem Aranha? Não me parecia. Ela sempre me amou com todo coração e na primeira chance que eu tive eu a julguei, a deixei sozinha e quando ela pediu para eu a ajudar eu a larguei com o vestido jogado no chão em uma poça de lágrimas. Alguém faz isso a quem ama?

Eu entrei no carro e Happy estava no meu lado vestido com um traje de baile, eu não tinha pensado mas talvez ele estava no baile pra me proteger já que eu tive que sair correndo assim tão rápido, ele me encarou sem falar nada e me entregou um arquivo de folhas velhas e novas que ainda estavam quentes. Era uma situação ali perto, aparentemente Tony estava lutando contra esse cara super poderoso que possuía quase todas as joias do infinito, que diabos eram isso? Eu no começo pensei que ele precisava da minha ajuda, mas aparentemente ele já estava com outro super herói. Perguntei ao Happy o por que então eu estava ali e ele me mandou continuar lendo.

Era ali perto, talvez 15 quarteirões, talvez menos. Um homem com armas de vibraniun sozinho e que aparentemente pela foto usava assas de aço levava armas para alguma base não localizada ainda. Eu precisava pará-lo antes de mais armas fossem levadas para outro lugar.

- Sério?! Você me chamou no meio do meu baile pra parar um bosta como esse?

- Peter... Nao é qualquer um, temos fontes que confirmam sua identificação, talvez você conheça a filha dele - Ele me entrega o papel com uma foto, no momento que eu olho, meus olhos se arregalam, era Liz. Droga, droga - Não sabemos se ela faz parte de tudo isso ou não, nossas suspeitas são de que a menina não faz ideia de como o pai ficou tão rico. Sei que ela é sua amiga, eu, nos, não podemos deixar isso passar. Preciso que entenda.

- Tudo bem, é um campo vazio onde ele está? Longe de cíveis?

- Sim, você precisa o neutralizar, mas não matar, precisamos saber de onde as armas surgiram e para onde elas estão indo - Concordei com a cabeça - E tente não sair muito machucado dessa vez, criança.

Coloquei o traje com um aperto no bracelete que eu carregava, chequei as teias e se todos os modos de disparo estavam corretos, tudo estava no seu lugar. Eu tentava ao máximo ficar na missão, mas a única coisa que passava na minha cabeça era minha namorada deitada no chão, a cor do seu vestido vermelho me lembrava sangue e eu me preocupava se ela havia ficado sozinha chorando naquele banheiro, eu não tinha nem avisado ninguém sobre ela, no meio de tudo eu tinha esquecido, ótimo namorado mesmo.

Nos chegamos e o carro parou a uma boa distância onde eu só via uma luz roxa muito forte de longe, o motorista avisou que era o mais perto que poderia chegar sem se comprometer, olhei para Happy mais uma vez eu sabia que ele estava preocupado, isso significava que era diferente dessa vez, dessa vez ele temia por mim. Eu não cuidava mais de assaltantes ou de assediadores, agora eram vilões com armas que poderiam né matar com uma estralada de dedos. Ele baixou a cabeça pra mim e eu entendi "fique salvo". Sai do carro e fui correndo até o lugar, ele voava rápido demais, mas eu era mais rápido, sabia disso.