Unidos Pela Música -Sarry

Pesadelos

Sal Point Of View

Eu me encontrava em um local desaluminado, na qual eu não parecia conhecer. Tateei algo na qual julguei ser uma parece a procura de algum interruptor. Ao encontra-lo, descobri onde eu estava: eu meu apartamento. A cena em minha frente cortava-me o coração, fazendo com que meu peito doesse.

Meu pai, Larry, Ashley, Todd e Niel estavam mortos, sangrando, em um ínfimo monte de pessoas. Gizmo se encontrava no topo, com uma faca em seu coração. Todos possuíam faces apavoradas, com olhos arregalados.

-G-Gente...? -Eu me aproximei apavoradamente dos mesmos, com os lábios trêmulos e aos prantos. As lágrimas escorriam por minhas bochechas, deixando minha face ensopada. Minhas pernas falharam, e como se não aguentassem mais o peso de meu corpo, despenquei em direção ao chão frio. Eu não conseguia olhar diretamente para os rostos de meus amigos e de meu pai. Eu estava enojado, e sentia como se fosse vomitar a qualquer momento. A náusea tomou conta de mim, e o cheiro de sangue inebriou-me

De repente, uma figura de olhos rubros surgiu em minha frente, com um sorriso maléfico e doentio. Ele parecia feliz em ver meu sofrimento

-Eu vou lhe dar um aviso, Sal Fisher. Se afaste de todos, ou se não, isto acontecerá. -Um machado surgiu em suas mãos, e com agilidade, ele cortou a pilha de pessoas e meu gato ao meio. Antes que eu pudesse gritar, eu despertei.

Me sentei na cama, tremendo, sentindo o calor dos lençóis em meu corpo. Lágrimas escorriam pela minha face, e eu apenas não conseguia parar de chorar. Eu soluçava alto, sem me importar se alguém ouviria ou não. Uma crise de ansiedade começava.
Eu suava frio, e sentia meu corpo tremer. Rapidamente senti minha garganta se fechar, e a falta de ar se fez presente. Não sabia se respirava ou chorava. Ao ouvir meus prantos, Larry despertou, confuso.

-Sal? -O tom de voz de Larry era sonolento. Ao ouvir meus soluços desesperados e meu choro, ele rapidamente se sentou na cama, ao meu lado- Sal!? Está tudo bem? O que aconteceu??? -Ele colocou sua mão em meu ombro, como forma de conforto

Eu não conseguia falar nada. O som parecia preso em minha garganta, que ardia inssessantemente. Meu peito doía, e meu choro apenas aumentava.

-Hm...que barulheira é essa? -Ashley despertou preguiçosamente, mirando-me curiosa. Ao perceber meu estado, ela rapidamente se levantou de seu colchão- Sal?? O que ouve com você?? -Ela acariciou minhas madeixas azuladas

-Ash, por favor, vá ao armário da minha cozinha. Você sabe onde tem calmantes, certo? -Larry perguntou preocupadamente

-Sim, já volto! -Ela rapidamente saiu do quarto. Eu ainda tremia, e minhas lágrimas não paravam de cair. Minha cabeça doía, e parecia que iria explodir. O quarto ainda se encontrava consideravelmente escuro.

-Calma, Sal, está tudo bem...-Larry me abraçou, afundando minha cabeça em seu peito. Ainda trêmulo, correspondi o abraço. Seu cheiro sempre me acalmava, porém, desta vez, o efeito oposto ocorria. Me recordei de meu sonho, voltando a chorar com mais intensidade.

Larry Point Of View

Sal parecia desesperado. A única coisa que eu poderia fazer naquele momento seria conforta-lo. Eu não sabia o que havia ocorrido, ou com o que ele havia sonhado, porém, por sua reação, não parecia nada bom. Suas crises de ansiedade eram comuns, porém, não em um nível tão intenso. Ele tomava remédios para controlar a doença, então ele nunca havia tido alguma tão forte assim em meses.