Unidos Pela Música -Sarry

O pedido

Larry Point Of View

Eu e Sal caminhávamos vagarosamente pelas ruas de Nockfell. Nossas mãos se encontravam entrelaçadas, como um gesto de afeto. Os postes de luz da se encontravam acesos, pelo fato de que logo logo anoiteceria. O vento gélido castigava minha face. Mirei de esguelha o garoto ao meu lado, que percebeu meu olhar. Ele sorriu em forma de retribuição.

Por conta do frio, as bochechas e o nariz de Sal se encontravam rubros, algo que o deixava completamente esplendoroso, e não se era possível explicar. Suas cicatrizes brilhavam com a iluminação dos postes, assim como seu olhar. Suas belas orbes azuladas miravam-me com nervosismo, ainda assim, não perdendo sua beleza. Seus lábios rosados chamaram minha atenção, e um desejo intenso de beija-los ali, naquele momento, tomou conta de mim. Me segurei para não fazer isto, desviando meu olhar

-Sal, aonde estamos indo? -Perguntei-o curiosamente, como forma de fixar minha mente em algum outro assunto. Sua gargalhava encheu meus ouvidos, assim como uma doce e bela música.

-Larry, é a quinta vez que você me faz esta pergunta. Eu não vou falar até chegarmos lá! -O garoto de cabelos azulados proferiu com um tom convencido, enquanto me olhava de forma sorridente

-Ah, mas eu estou curioso! Só me dá uma dica pelo menos! -Implorei para o mesmo, que apenas mirou-me como quem se divertia ao me ver implorar por algo. Quando ele queria, Sal esbanjava certos comportamentos sádicos, que ao mesmo tempo que me apavoravam, me davam a vontade de testa-lo até seu limite. Até que ele não aguentasse mais, e descontasse tudo em mim.

-Não, você só vai descobrir lá. -Ele sorriu docemente, rindo logo em seguida.

-Você é muito mal quando quer, sabia? -Emburrei-me, inflando as bochechas como forma de faze-lo rir. Minha tentativa obteve sucesso. Sal gargalhou avidamente ao ver minha feição

-Ok, você ganhou, vou te dar uma dica...Já estamos perto -Ele sorriu, enquanto se aproximava de mim- Agora feche os olhos.

-Ah...Para que? -Perguntei-o receosamente, enquanto mirava-o com um misto de confusão e anseio

-Não se preocupe, eu não vou te jogar na frente de algum carro. -Sal comentou com um tom brincalhão, gargalhando em seguida por conta do próprio comentário- confie em mim, apenas feche os olhos.

Acabei os fechando, sendo guiado por sal. Estava receoso em dar qualquer passo e cair de cara no chão. A mão gélida de Sal segurava firmemente a minha, como se sentisse medo de que eu desaparecesse a qualquer momento. Após alguns segundos, paramos de andar

-Pronto, pode abrir os olhos. -A voz de sal expressava ansiedade e nervosismo.

Abri meus olhos, sentindo borboletas em meu estômago. O local em que nós nos encontramos era simplesmente magnífico. Estávamos em um pequeno campo, com árvores e flores em seu horizonte. A grama verde brilhava com os tons rosa e alaranjados do entardecer, dando-lhe um ar delicado. Em nossa frente, havia uma pequena toalha _aquela usada geralmente em piqueniques_; que possuía pedras em suas pontas, aparentemente para evitar que a mesma voasse. Duas velas se encontravam dentro de copos de vidro, estrategicamente colocados para iluminar o local no anoitecer. Pétalas de rosa se encontravam espalhadas pelo chão, fazendo um pequeno caminho até a toalha. Na mesma, havia uma bolsa termina, e aparentemente, algumas frutas. Tudo se iluminava com a diversa paleta de cores do céu. Esta cena seria simplesmente magnífica em uma pintura.