Reencontro

1K 100 350
                                    

Sal Point of view


Já não sabia a quanto tempo me encontrava desacordado. Apenas sabia que, pela lógica, estava vivo. Me encontrava em um local escuro, completamente tomado pelo breu. Meus olhos não viam nada a uma palma de mim.

Uma pequena Luz chamou-me a atenção. A luz apenas se aproximava, e assim que pude dizer o que se era, meu coração bateu mais forte

-Gizmo! -Corri até meu gato, o abraçando. Ele claramente era um fantasma, e parecia feliz em me ver. Ele ronronou em resposta, enquanto se esfregava em mim- oh, Gizmo, senti tanto sua falta... -Sorri de forma abobada, enquanto mirava a figura fantasmagórica que um dia havia sido um de meus maiores companheiros, principalmente em momentos diferentes.

-Posso lhe garantir que ele também sentiu. -Uma voz feminina tirou-me a atenção, fazendo-Me olhar para o local de onde a mesma vinha. Eu conhecia essa voz, não conhecia? Eu me lembro de algo com esta voz...

Ao ver a figura que se encontrava em minha frente, senti meu corpo tremer, e minha respiração se tornar descompassada.

-M-Mãe...? É você mesmo...? -Me levantei lentamente, enquanto mirava-a completamente desacreditado.

-Sim, meu filho. Sou eu. -Um sorriso doce tomou conta de seus lábios- Como você cresceu...Se tornou um garoto tão bonito, pena que não cresceu muito -Minha mãe gargalhou com tal frase, e sua gargalhada era como música para meus ouvidos. Eu havia sentido tanta falta de ouvir tal som.

Corri até a mesma, a abraçando. Ela não possuía calor corporal _pelo fato óbvio de ser um fantasma_, porém, mesmo assim, ela retribuiu o abraço enquanto sorria

-Eu senti tanto sua falta...-Murmurei enquanto sentia sua mão gélida afagar minhas madeixas azuladas

-Eu também, meu amor. -A mais alta desferiu um beijo em minha testa, fazendo-Me arrepiar. O contato era estranho, mas ao mesmo tempo, bom.

Ao ver onde me encontrava _e quem estava comigo_, comecei a ligar os pontos, e logo, senti o desespero tomar conta de mim

-Puta que pariu, eu morri?! -mirei minha mãe com um olhar assustado, e ela logo gargalhou

-Não, seu bobinho. Ainda não...-Seu olhar se tornou triste- você pode escolher para onde quer ir. Se quiser vir comigo, iremos poder ficar juntos para sempre...-A ideia se era realmente tentadora- Mas, óbvio que você jamais poderá ver seus amigos...E muito menos seu namorado, Larry.

Espera, como ela sabia sobre Larry?

-Como você...?

-Meu filho, a mamãe te observa desde aquele fatídico dia. Eu sei muito bem tudo de ruim que você passou. -A de cabelos loiros proferiu com um tom calmante, porém, senti meu coração gelar

-S-Se você me observa...Você já viu eu e Larry...? -Perguntei enquanto sentia minhas bochechas esquentarem

-Eu sei o que fizeram, mas obviamente não fiquei bisbilhotando. Pelo amor né, Sal! -Ela gargalhou alto ao ver minha reação- Mas não se preocupe, isto não é um pecado. É algo completamente normal que você queira fazer a pessoa que ama sentir prazer, ou algo do tipo

-Ok, eu estou amando conversar com você, mas este assunto está me fazendo querer enfiar a cabeça em um buraco -Comentei enquanto coçava minha nuca , consideravelmente acanhado- Então...se pudéssemos falar sobre outra coisa, seria ótimo...

Unidos Pela Música -SarryOnde histórias criam vida. Descubra agora