por Sophia
Quando passamos pelo portão não tinha nada de diferente, estava tudo em perfeita ordem. Bem calmo, isso é estranho. Quando passamos em frente da cantina e quando vou entrar nela alguém me para
- o que você vai fazer?- pergunta a Sarah, a outra menina que entrou aqui também
- eu vou pegar alguma coisa pra me defender. A cidade parece estar vazia, e se tiver alguém aqui? se for pra morrer eu prefiro morrer lutando- quando falo isso ela olha pra mim e chama os outros meninos pra virem com a gente, pegamos uma faca cada um e saímos da cantina e vamos olhar os banheiros, nada. Olhamos sala por sala, cada espaço da escola e ainda bem, não encontramos nada, nem ninguém. Voltamos e vejo todos suspirarem de alívio quando veem nossas caras de "não encontramos nada"
-o que vamos fazer?- pergunta uma menina com medo
-podemos ir cada um pra sua casa. Ver se nossos pais estão la, ver se deixaram alguém bilhete, não sei, depois resolvemos o resto- fala Hugo calmo, ele tem uma ótima habilidade de conseguir ficar calmo em certas horas- Os que são de transporte ou que o pai ou a mãe trazem, vejam com alguém pra ficar na casa dele- Logo apos a fala dele, começa o falatório. Quando termina, vejo alguns deles formarem um "grupinho" com algumas pessoas e nos dividimos, não moramos todos em uma direção só, estou em um grupo indo em direção a minha casa com meus melhores amigos. Aline é de transporte e o Hugo é meu vizinho, tivemos sorte.
Quando iriamos virar a primeira esquina, eu vejo um corpo faltando alguns pedaços, fico horrorizada e com vontade de gritar, mas penso que é melhor não, pode ser que a coisa que fez isso ainda esteja por aqui. Percebo que não fui a unica a ter esse pensamento e fico aliviada, mas logo o desespero toma conta de mim quando percebo que a Sarah vai gritar, fui tentar tapar a boca dela mas não deu tempo e ela ainda conseguiu gritar. Essa menina tem voz. Os outros devem ter escutado ela, torço pra que a "coisa" não esteja mais aqui
- Puta que pariu, aquilo é um corpo?- agora que ela pergunta?
- É, é um corpo e torça para que a coisa que matou ela não esteja mais aqui- diz Aline com raiva, ela é bem explosiva as vezes
- Melhor voltarmos, acho que não foi só os outros que escutaram- fala e voltamos correndo pra escola. Quando chegamos, vimos que não foi só nós que vimos um corpo, os outros seis grupos estavam la também, todos bem assustados e tinham duas pessoas com lágrimas nos olhos e com a boca meio aberta em expressão de choque
- vocês viram um corpo também?- pergunta Hugo direto
-pode apostar que vimos. Os corpos eram os pais da Camilli e do Matheus- alguém fala triste, acho que me lembro dele, ele é primo do Matheus e namorava a Camilli ano passado, que má sorte
Estávamos todos reunidos em frente da escola quando escutamos passos. Não poderia ser nenhum de nós, todos estávamos parados. Olho em direção ao que eu pensava de onde estava vindo um som e vejo algumas pessoas vindo. Algumas delas corriam, mas elas estavam estranhas, elas eram como se tivessem arrancado algumas mechas de cabelos, as roupas estavam rasgadas nas pernas e braço, e pareciam gente morta, o que são essas coisas? Porque humano com certeza não são, pelo menos não mais. A maioria deles tinham sangue em volta da boca, eles eram desnutridos,em decomposição e a cor da pele deles eram tudo, menos normal
-ENTREM, AGORA- grito e então começaram a pular os portões, quando eu ia pular vejo a Sarah parada, ela estava paralisada- SARAH, VEM- grito pra ela mas ela parece não escutar. Solto ela e pulo o portão, com uma agilidade que eu nem sabia que tinha. Assim que pulo ele, essas coisas atacaram a Sarah, estão comendo ela, literalmente! Pareciam canibais, nunca vou me esquecer dessa cena. Gostaria que isso fosse um pesadelo, mas isso parece bem real.
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no fim do mundo 1 (Concluída)
Ficção CientíficaE tudo começou quando duas turmas de uma escola estão indo para um acampamento, esse que na metade do caminho, eles descobrem estar com a passagem obstruída