cap 11

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- O que vamos fazer? eles estão bem atras de nós!- fala um garoto de tamanho médio de cabelo loiro médio e com os olhos num tom de cinza

- Como eu vou saber Lucas? vocês que trazem eles para cá e eu tenho que saber porra!- o líder, um homem alto com os cabelos loiros e olhos escuros fala e Pedro recua com medo, mesmo em cinco meses, ele já conhecia o chefe o suficiente para nunca o irritar

- Senhor, aqueles carros não estavam ali agora pouco não é?- pergunta Samantha, a única menina do grupo, apontado para um mercado que tinha dois carros estacionados do lado de fora e seu líder da um meio sorriso

- Vamos levar esses mortos-vivos até lá- ele fala

- Pedro- fala Lucas mas Pedro o olha com um olhar irritado. O chefe do grupo odiava ser chamado pelo nome- Senhor, deve ter pessoas lá, não podemos fa- ele é interrompido por Pedro que o olha irritado e fala gritando

- Não podemos fazer isso Lucas? Então você prefere morrer? Faça-me o favor! Você não se juntou ao meu grupo apenas porque foi o único que aceitou você. Você entrou aqui porque quer viver e eu vi esse desejo em você, vi também o potencial que você tem para armas e lutas. O seu desejo de viver vai ampliar muito esse potencial então, ou você vai levar esses monstros para aquele mercado ou você ta fora!- Pedro fala e quando olha para os olhos de Lucas, ele viu que conseguiu. Enquanto isso, Lucas só pensava que o verdadeiro monstro ali, era seu chefe

Pedro viu de fato um potencial nesse menino, mas esse potencial pode ser muito perigoso para ele, então, ali ele viu a oportunidade perfeita. O garoto não havia percebido mas Pedro havia sabotado a moto dele antes de irem buscar mais armas para o grupo que vem crescendo recentemente, então hoje, naquela hora, seria o momento exato para mata-lo e mesmo se não conseguisse, eles ainda conseguiriam se livrar dos mortos-vivos, ou seja, para Pedro só havia vantagens

Lucas começou a acelerar mais a moto em que estava deixando seus dois parceiros para trás e quando estava chegando perto do mercado, viu que a moto estava diminuindo a velocidade- mas que porra é essa?- pensou Lucas quando teve que sacar sua arma e atirar em um zumbi que pulou em sua perna. Não demorou muito e a moto de Lucas parou fazendo quase com que caísse no chão. Ele começou a correr em direção ao mercado e deu graças a Deus pelo mercado ser do mesmo nível do chão assim conseguiria correr melhor e se esconder debaixo de um dos poucos carros que tinham aqui e foi isso que fez, correu o mais rápido que pode até chegar ao carro que tinha visto antes de entrar e se jogou para de baixo dele. Lucas não conseguia abrir os olhos para ver o que ele tinha feito então ele apenas ficou ali, debaixo do carro com os olhos fechados e com as mãos sobre o ouvido tentando tapar o som dos gritos de alguns desconhecidos, por dor física ou pela dor de perder alguém o que ele acha que aconteceu

Quando Lucas voltou aonde sua colega e seu chefe estavam, ele percebeu um breve resquício de surpresa pelos olhos de Pedro mas resolveu ignorar já que estava ficando tarde e eles tinham que voltar para "casa", ficar nas ruas de noite não é muito inteligente

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Quando Sophia e o resto do grupo chegaram em casa, devia ser umas três da tarde já que quando saíram de casa, era meio dia e depois teve toda aquela cena de filme, tiros, morte e etc

- Sophia, vá se lavar para darmos uma olhada nesse tornozelo- fala Hugo quando colocou ela em uma parte do sofá que estava coberta. Sophia não estava conseguindo andar direito então quando saíram do carro, ele pegou Sophia no colo, o que fez com que Hugo ficasse sujo de sangue, um pouco de Sophia mas em grande parte era de alguns mortos-vivos que acabou espirrando nela

Sophia se levanta e começa a subir a escada sozinha mas logo Matheus a pega no colo e sobe junto com Amanda, por incrível que pareça para Sophia, ela tinha esquecido completamente da criança. Matheus coloca Sophia no chão e sai sem falar nada e ela se encosta na parede perto do banheiro

- Vou pegar uma toalha para você está bem?- pergunta Amanda e Sophia solta um simples "sim"

Quando Amanda volta com a toalha, Sophia entra no banheiro se encostando na parede e pede para Amanda ficar do lado de fora, e caso aconteça alguma coisa com Sophia, a porta do banheiro estaria aberta. Sophia tira suas roupas lentamente por causa da dor muscular que estava sentindo e liga o chuveiro, que com a energia solar que seus pais haviam estalado a alguns meses, estava funcionando. Sophia tinha esquecido completamente disso, o gerador realmente poderia ajudar mas eles também tinham energia solar para usarem e ela agradece mentalmente os pais

Sophia entra debaixo do chuveiro e sente os músculos relaxarem com a água quente e pega o sabão passando com cuidado pela pele e deixando os arranhões por ultimo. Quando Sophia estava enxaguando o sabão, um pouco cai sobre os machucados fazendo com que ela de um gemido baixo de dor, se encosta na parede e vem alguns pensamentos indesejáveis a Sophia. Se Sophia tivesse mais munição, será que conseguiria salvar Miguel? se tivesse mais treinamento? ou se os outros tivessem ido ajudar? não, pensou Sophia sobre a última pergunta. Eles estavam com medo, ela não queria que caso eles ajudassem, eles morressem também e ela sabia que caso acontecesse isso, ela não aguentaria ver todos morrerem, disso ela tem certeza. "É isso", Sophia pensou, ela iria treinar até seus músculos cansarem, ela não deixaria mais ninguém morrer, ela faria de tudo para que todos continuassem vivos até que venha ajuda, era isso que ela iria fazer, pensou Sophia decidida mas logo ela se lembrou do tornozelo e desanimou, primeiro teria que resolver isso

Sophia saiu do banho enrolada na toalha que Amanda tinha pego para ela e saiu do banheiro dando de cara com uma Amanda de olhos vermelhos

- Ei meu amor, o que foi?- perguntou Sophia a Amanda fazendo carrinho em seus cabelos

- Você não vai morrer também não é?

- Não nanda, eu vou fazer de tudo para não ser morta, vou ficar com você até sermos encontrados, e se você quiser, até depois - fala Sophia dando um meio sorriso

- Eu vou ficar com saudades do Miguel, ele era legal

- Eu também- fala a mais velha entre elas e dando um abraço logo em seguida na pequena

Sophia se levanta e vai até seu guarda-roupas para pegar algumas roupas e se lembra que teria que arranjar roupas novas já que as que usou hoje, estavam rasgadas. Sophia coloca sua roupa e desce para a sala junto com Amanda

- Vem, me deixe ver o seu tornozelo- fala Aline. Sua mãe era enfermeira então ela sabe um pouco. Aline vivia falando que queria ser médico um dia, e para Sophia, é até meio hipócrita falar isso hoje em dia já que eles tem que que matar mortos, literalmente- foi só uma leve torção mas é bom você ficar de repouso. Será que podemos ir naquele hospital que tem perto daqui? Tenho certeza de que você não vai ser a única a se machucar então é bom termos materiais, podemos pegar alguns livros sobre medicina também, eu sei um pouco mas a próxima vez pode ser pior- ela fala e olho para meu tornozelo enfaixado com alguma coisa que Sophia não prestou atenção

- Acho que podemos ir depois de amanhã, vamos usar o resto da semana que temos- Hugo fala e Sophia se lembra, hoje era sábado, um dia que normalmente seria um dia para descanso mas para eles era um dia de desgraça, de morte. Sophia se encosta no sofá e Amanda coloca a cabeça sobre seu colo e Sophia faz carinhos na cabeleira loira da mais nova.

- Você acha que é melhor esquecermos dele?- pergunta Amanda

- Não, não seria certo, pelo menos não para mim, mas podemos deixar isso de lado por um tempo, acho que podemos soltar um pouco de sentimentos sobre a morte dele a cada dia, não deixar sair tudo de uma vez- Sophia fala ainda fazendo carinho em Amanda

- Tudo bem- Nanda fala e fecha os olhos apreciando os carinhos que recebia da pessoa que agora considerava sua nova irmã. Fazia tanto tempo que ela não recebia qualquer tipo de atenção boa vindo de seus pais. Tudo o que ela recebia de seus pais até sete meses atrás, eram xingamentos, gritos e castigos.

Quando Sophia olha para Amanda, vê a menina dormindo. A morena pega Nanda nos braços de um jeito meio desajeitado e a leva para seu quarto. Seria meio errado falar isso mas agora que uma das camas desocupou, Sophia poderia conseguir dormir com Amanda na cama. Quando a morena descia para ir a cozinha, se perguntou onde estão os outros mas logo imaginou que eles deviam estar tomando banho também

no fim do mundo 1 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora