Anteriormente:
- Pode ir- eu falo para Carlos quando desço após trocar os lençóis da cama.
Ele sobe se deita na cama e eu vou para a cozinha
Me pergunto. Como ele conseguiu fazer isso? Não chorar pela morte da irmã? Não estou falando que ele é sem coracao só por não chorar pela morte de Lúcia. Só gostaria de saber como, para saber se consigo fazer o mesmo.
Pego alguns dos morangos e começo a comer.
Escuto passos atrás de mim e me viro, vendo Carlos
...
- Já se levantou?- pergunto e ele assente
- Pergunte- ele fala e eu faço uma cara de confusa- Sei que quer me perguntar algo
- Como conseguiu fazer isso? Não querendo te chamar de sem coração, mas como não está triste pela morte da Lúcia?
- Eu estou. Ela era minha irmã mais nova. Claro que estou triste por ela ter se matado. Apenas não demonstro
- Como faz isso? Quando um de nossos amigos morreu, eu chorei, e olha que nem éramos muito próximo- falo e contraio a boca
- Eu fui do exército
- Está falando que perdeu alguém lá?- Pergunto e ele assente- Mas não estamos em guerra.- Falo confusa e ele respira fundo
- Depois do que aconteceu, já deve ter imaginado que um estudo desses precisaria envolver grande parte do governo, né?- Ele pergunta e eu assinto- Como pode confiar neles ainda?
- Não sei- Falo sincera
- Tem muitas coisas que eles escondem. Uma delas é uma guerra- ele fala e eu arqueio as sobrancelhas representando surpresa
- Como podem esconder uma guerra? Alguma pessoa escutaria né? Ou então teria refugiados por todos os países. Algum helicóptero ou avião veria uma guerra acontecendo
- Não sei. Eles podem ter falado que lá era uma área de extremo risco. Não acho que possa haver algum sobrevivente civil dessa guerra
- Sabe por que ela está acontecendo?- Pergunto e ele nega- Termine de falar da guerra- Eu peço e ele faz sinal para irmos para fora.
- Ela acontece a três anos, que eu saiba. Eu participei dela no primeiro ano e meio. Depois disso, fui trabalhar na CPEI. Não aguentava mais ver tanta morte, e um pequeno deslize, me causou isso- Ele fala e levanta a calça, revelando uma perna mecânica- Nessa guerra, eu perdi tantas pessoas, e matei tantas outras- Ele fala e olha para o céu.- Eu era o melhor da minha equipe. Tinha só vinte e oito anos quando isso aconteceu- ele fala se referindo a perna e começa a andar em direção a floresta sendo seguido por mim- Mudando completamente de assunto, como vai seu problema com raiva?
- Eu não tenho problema com raiva- Falo rindo
- Sim, você tem- Ele insiste
- Não, não tenho
- Tem sim- ele insiste e eu respiro fundo
- Não tenho- falo com uma sobrancelha arqueada
- Se lembre que já participei de uma guerra. Sei identificar quando alguém tem um problema, e você tem um- Ele fala e faço uma cara de tédio após revirar os olhos
- Não tem porque eu ter problemas com raiva
- Você pode achar que não tem, mas tem. Você só tem que "libertar" essa raiva ou uma hora ou outra ela pode acabar explodindo- ele continua insistindo e eu me encosto em uma árvore
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no fim do mundo 1 (Concluída)
Khoa học viễn tưởngE tudo começou quando duas turmas de uma escola estão indo para um acampamento, esse que na metade do caminho, eles descobrem estar com a passagem obstruída