cap 4

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por Sophia

- Sophia, você e o Matheus podem sair de moto para ver se tem algum morto vivo por perto? Se não tiver podemos sair menos preocupados- pergunta Hugo

- Por mim tudo bem- falo

- Por mim também- fala Matheus 

- Ótimo- fala Hugo. Eu e o Matheus saímos e demos uma volta no quarteirão e nem um sinal de um morto vivo por perto. Voltamos e esperamos os outros darem partida nos carros para sairmos e vamos buscar algumas coisas em uma avenida que tem perto da minha casa. Eu e Matheus vamos do lado do carro mesmo

- Vamos passar primeiro na farmácia ta?- fala nosso "líder" e eles assentem. Remédios e primeiros socorros são uma das coisas mais importantes pra sobreviver num apocalipse, eu acho. Deixamos os carros e as motos prontas para sair caso algo aconteça- Peguem remédios para dor, febre, resfriados e machucados, band-aid, soros e bandagens- fala e todos saem pegando o que ele pediu. Depois de pegarmos tudo, vamos em um mercado que tem por perto e pegamos comida. As que tem la em casa não vai dar pra todo mundo- vamos buscar armas, não temos como nos protegermos só com facas, peguem todas as que verem, quanto mais melhor, peguem munições e se acharem, lanternas também  

- Eu não vou atirar em ninguém, muito menos matar- fala Camilli

-você não é obrigada a fazer nada mas tenho quase certeza que quando você ficar em perigo, não vai hesitar em atirar- ele fala e realmente, ele está certo. Minha família é bem religiosa, no ano passado para cá, eu me afastei bastante da igreja mas mesmo assim, não tenho total certeza de que nunca vou atirar em nenhum morto-vivo

Fomos para uma delegacia de polícia militar que ficava em frente o mercado. Entramos e fomos procurar as armas. Enquanto procurava achei uma tabela com os tipos de armas e as munições de cada uma. Enrolo-a e guardo em uma mochila que achei por aqui. Vejo algumas granadas que eles provavelmente usavam em operações especiais e as coloco na mochila também. Colocamos as armas nos carros e vamos ver se tem mais alguma coisa de útil

- Alguém ai sabe atirar?- pergunto enquanto entrego os walkie- talkie, e sim, eu sei atirar. Tenho uma tia policial que me ensinou no ano passado, não sei nem se isso é certo dentro da lei

- Sei um pouco, meu pai me ensinou- fala Miguel

- Qual tipo de arma você sabe usar?- pergunto 

 - Sei usar revólver e pistola

- Zumbis, zumbis- Lara avisa.

- Ai meu deus, agora?- pergunta Aline

- Parece que alguns deles não são tão lentos como os outros- Diz e quando ela termina saímos em direção aos carros e as motos, como já tínhamos deixado eles ligados só demos partida e corremos dali em direção a nossa casa. O Matheus estava na frente de todos, logo depois vinha os dois carros e logo eu atrás. Me viro pra ver se tem muitos atras de nós e me assusto, tem um quase do meu lado, como ele é tao rápido?

- Vão mais rápido, tem um aqui que esta quase no meu pé- falo pelo walkie talkie, acabei de pegar ele e já tenho que usar, é tenso. Eles aceleram mais e finalmente o zumbi fica um pouco pra trás- vamos ter que mudar a rota, eles ainda estão perto, ou eles são rápidos ou são espertos, não tem como ser os dois, né? Vamos confundi-los

O Matheus vem pro meu lugar e eu vou pra frente, começamos a passar por um lugar que não era o caminho da minha casa mas logo em frente tem um retorno que podemos pegar, se ele não estiver fechado é claro. Passamos pelo retorno e tava cheio de coisa em frente. Qual era a possibilidade disso, ele nunca esteve fechado. Suspiro

- Está fechado. Vamos para uma dessas casas, a que parece ser maior- digo pelo walkie talkie. Mas que merda, vou na frente e já estaciono.

Vou para a porta da casa e torço para que a porta esteja aberta, mecho na maçaneta e abro a porta. Suspiro mas dessa vez é de alivio. Entro logo depois que todos estacionaram e descerem do carro e da moto e de pegar uma arma. Prefiro não arriscar. Começamos a olhar por toda a casa e quando vimos que não tinha nada de estranho, podemos abaixar um pouco a guarda. 

Na casa tinha nove quartos, devia morar bastante gente aqui. Estávamos no corredor quando escutamos um barulho logo acima de nós. Nos olhamos e foi como se já tivéssemos feito isso milhões de vezes, todos entenderam que deveriam fazer silêncio então Hugo- meu melhor amigo- abre o alçapão que estava acima de nós e puxamos a escada que estava lá. Subo ela com a arma na minha mão e quando subo vejo tudo escuro, pego minha lanterna e começo a procurar o que fez o barulho. -Seja um gatinho. Seja um gatinho.- Peço enquanto procuro. Percebo que esse "sótão" está muito pequeno para uma casa desse tamanho. Deve ter algum lugar escondido aqui. Começo a procurar por uma porta, posso estar sendo paranoica com isso e que talvez isso seja só um sótão pequeno em uma casa grande e se não fosse pela minha intuição eu até acreditaria que pudesse ser isso. 

Eu vou batendo a mão nas paredes para ver se tem alguma porta escondida até que vejo uma diferença entre uma parte das paredes e bato la. É uma porta mas os donos daqui não deviam ligar muito para o que está aqui. Coloco a chave na fechadura e destranco a porta. Deixo a arma pronta para atirar e abro a porta e olha, eu não falo palavrão mas dessa vez...

- Puta que pariu!- falo com a mão na testa porque temos um pequeno problema ou melhor dizendo, um com um tamanho de nove ou dez anos.

...

no fim do mundo 1 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora