✞ CAPÍTULO DEZESSETE ✞

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Há dois dias que chovia sem parar, eu morria de medo de chuva por isso me agarrava a Jonathan e dormia abraçada a ele que fazia carinho nos meus cabelos ou conversava com o bebê.

Mas hoje não estava dando pra relaxar, estava com uma dor insuportável nas costas e o bebê mais ajeitado que nunca. Despertei sentindo uma dor forte no baixo ventre.

- Ai...

Pus o primeiro pé no chão, porém quando fui por o outro uma dor atingiu minhas costas.

- Ai! Ai... - sentei novamente na cama.

Respirei fundo, levantei e fui ao banheiro, abaixei o shorts e sentei no vaso sanitária. Enquanto fazia xixi observei meu shorts, estava sujo de algo que parecia corrimento só que mais escuro. Ai Deus!

Saí do cômodo e voltei para o quarto. John havia acordado e estava sentado na cama me esperando. Fiquei em pé diante dele, levantei seu rosto e o abracei.

A chuva caia forte demais lá fora e eu estava com medo das minhas suspeitas estarem certas.

- John, eu acho que o nosso bebê vai nascer!

Ele ficou estático e pálido com a notícia.

- Agora?- concordei desfrutando daquela dor mais uma vez - O que eu faço?

- Não sei..

- Pega as chaves! Não, eu pego as chaves! - ele levantou rápido e nervoso.

Algo despertou em mim, uma sensação ruim de medo.

- Não.. não, John, eu não quero ir ao hospital! Não quero que ninguém me toque!

Eu já estava nervosa só com a ideia de um outro homem me tocando!

- Amor, você precisa de um médico.. ele não vai fazer nada com você, eu prometo!

Mal conseguia raciocinar sobre o assunto. Mas o medo me invadia casa vez mais.

- Ele vai me tocar, Jonathan! - disse entre lágrimas.

- Não, apenas o suficiente para garantir sua saúde e a do nosso filho.. por favor?

Seu pedido foi tão fervoroso que respirei fundo e decidir encarar.

- Por favor não saia de perto de mim!

- Por nada nesse mundo!

Ele vestiu uma calça e uma camisa. Foi até o closet e trouxe um casaco para mim.

Descemos devagar as escadas, mas nem chegamos a abrir a porta. Um alarme soou duas vezes tão alto que pus as mãos nos ouvidos.

- O que é isso? - perguntei.

- Alerta de ventos fortes, não podemos sair! - ele jogou as chaves na parede - Que droga!

Ele estava assustado, eu nunca vi John com medo antes.

- Amor, calma... Aiii!

Mais uma vez urrei de dor. Aquilo era muito ruim e dolorido.

- Senta aqui! Vou ligar para o Adam!

Sentei no sofá, as contrações estavam piorando.

- O doutor Adam.. ele está em plantão, duvido que der tempo de chegar aqui..

Ele pôs as mãos na cabeça e desesperou-se.

- John, amor.. vem cá! - ele se aproximou - Fica calmo, ok? Sou eu que estou parindo aqui, então FIQUE CALMO!

Ele pareceu ter entendido. Pegou o celular e digitou um número antes de levar a orelha.

- Doutor Adam.. é ela está em trabalho de parto.... Claro, pode me passar as instruções?

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 • 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐃𝐨𝐢𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora