✞ CAPÍTULO DEZOITO ✞

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Abro os olhos ainda sonolenta, olho ao redor vi que estava em casa. Ainda estava com dores nas costas e entre as pernas, mas consegui sentar.

- Olha quem acordou!.. - ouvi a voz de John e em seguida um gemido de bebê.

Sorrio e viro a cabeça na direção ao som e pude ser a melhor visão do mundo: John segurando nossa bebê. Simplesmente a coisa mais linda do mundo.

-A mamãe acordou, meu amorzinho.. - ele sussurrou, balançando o bebê suavemente.

O homem sentou ao meu lado, passei as mãos pelo rosto da minha filha, cada detalhe dela era prefeito; os cabelos bem pretos, a pele cor de mel, olhos puxadinhos e as bochechas rechonchudas demais para seu tamanho. Sem falar no vestidinho que estava usando, uma fofura!

- Que obra de arte fizemos! - ele murmurou.

Mais um resmungo foi solto pela mesma.

- Acho que ela está com fome.. - sussurrei e ele concordou.

John transferiu o bebê para meus braços o mais cuidadoso possível. Acomodei, um pouco sem jeito, o bebê nos meus braços e Jonathan me ajudou a descer uma das alças da camisola bege que eu usava. Ela encontrou o caminho para meu seio e começou a mamar.

- Uuhh! É esquisito.. - declarei me referindo a ação de amamentar.

Olho ela se alimentando, é tão lindo como tudo nela, droga, me tornei uma mãe coruja e babona.

- Temos que ir ao hospital. - informei a John.

- Não precisa, o Adam veio aqui e examinou as duas.. tá tudo bem e agora eu entendo porque você comia tanto - olhei com raiva para ele - É que ela nasceu com três quilos e meio, um bebê pesado!

Sorriu para ele. Tinha mesmo razão, era um bebê pesado.

- Ela tem os seus olhos.. bem puxadinhos! - murmurei - Parece que sua parte asiática prevaleceu aqui.

- Meus olhos são puxados? - concordei com a cabeça - E minha parte asiática é da cintura pra cima ou pra baixo?

Olhei para ele não acreditando na sua preocupação.

- Da cintura pra cima, amor.

Um beijo foi deixado na minha testa, virei e ele me deu um selinho.

- Vamos chamar ela de Natasha mesmo? - questionou John.

- A Natasha que eu conheci...não era aquela que o Ross descreveu... - falei lembrando daquele dia - Mas se quiser podemos chamá-la por outro nome!

Ele negou com a cabeça e abaixou para beijar nossa Natasha.

- Cadê o Garoto? - perguntei.

- Deixei ele andar um pouco pela praia pra não assustar o bebê... A Natasha.

- Sozinho? - quase gritei - John, por que? Ele vai se perder!

John levantou e calçou os sapatos.

- Vou procurar ele. - me manda um beijo - Fiquem aqui.

...

Depois que John saiu para procurar Garoto e de Natasha ter pego no sono, fui tomar um banho. Assim que terminei, voltei para o quarto e nem se quer pus uma roupa e meu celular tocou.

- Alô?

- Maisie! - era a voz de Allison - Nossa quanto tempo!

Sentei na cama feliz por ouvi sua voz.

- Ally? Nossa! Onde você tá?

Faziam meses que não falava com ela, nem ao menos sabia onde estava.

- Eu tô bem, precisava de um tempo.. um tempo com meu filho.

- O quê? - perguntei sem entender nada.

- Pois é.. eu meio que tenho um filho com o Santino.. surpresa!

Por essa não esperava.

- Um filho? Vocês têm um filho? Por que não me contou?

Um silêncio tomou conta do momento.

- Eu não sabia que ele estava vivo, depois que meu filho nasceu o Santino disse que ele havia morrido no parto e eu achei que esquecer seria melhor, mas meu Giuliano está vivo! E enorme!

- Enorme como?

- Enorme com doze anos!

Uau, nem de longe ela parecia uma mãe de um pré-adolecente!

- Nossa, eu também estou com meu bebê..

- Sério? Nasceu? Minha afilhada nasceu? - respondo que sim - Ai que bom! Como ela é?

- Perfeita... Tudo é lindo e você tem que ver as mãozinhas dela..

Ficamos conversando até que Natasha chorou e eu tive que correr para ver o que era.

- Pronto, pronto, pronto! Shiiii! A mamãe tá aqui.. tá aqui! - sussurrei pegando ela nos braços - Ai o que eu faço?

Deitei a bebê no trocador e abrir seu fralda. Estava molhada e pesada. Joguei a peça molhada na lixeira próxima, a limpei com lenço, passei pomada anti assaduras e pus outra fralda.

- Que mãe exemplar!

Me virei para dona da voz e tive uma surpresa ao ver Mariana parada na porta do quarto da Natasha.

- Como entrou aqui?

- Sua porta estava aberta, só vim trazer essa remédio - ela pôs um frasco morrom em cima da cômoda ao entrar no quarto - Meu marido disse que é bom para o umbigo do bebê.

- Natasha, o nome dela é Natasha.

Mariana me olhou e pude jurar ver suas pupilas dilatadas.

- É um nome muito bonito.. - ela estava emocionada? - Jardani deve está empolgado!

- Muito, nós estamos.

Ele ficou olhando para Natasha por tempo demais, parecia que ia chorar a qualquer momento.

- Bom, era só isso... Eu vou indo, tenham um bom dia. - disse forçando um sorriso.

- Você também, obrigada pelo remédio.

A mulher apenas balançou a cabeça e saiu do quarto.
Se eu achei isso estranho? Muito, até demais.

♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️

Espero que tenham gostado, beijos e até a próxima 😘😘

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 • 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐃𝐨𝐢𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora