✞ CAPÍTULO VINTE E CINCO ✞

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MUITOS MESSES ANTES:

Por John:

Despertei assustado com o toque insistente do celular. Estiquei o braço, peguei o aparelho e o desliguei antes que o som estridente do mesmo acordasse Maisie que dormia calmamente ao meu lado.
Nem me dei o trabalho de olhar o número que estava me ligando, virei para o lado só para observar a minha mulher.

Como ela é perfeita; o cabelo, o cheiro, a pele macia, o jeito que ela geme o meu nome... Tudo era extremamente perfeito! E ontem, depois da noite que tivemos, tenho plena certeza que a nos amamos muito.

— John...? — Maisie, murmurou sonolenta — Por que parou de me abraçar?

— Me desculpe, meu amor.

Me acomodei melhor na cama, ela subiu sobre meu peito, deitou e voltou a dormir como antes. A sensação de tê-la em meus braços era tão boa que as vezes parecia um sonho.

Um sonho interrompido mais uma vez por meu celular. Dessa vez decidir atender sem ao menos ver quem caralhos estava me aporrinhando.

— Sim... — Cochichei, para não acordar minha esposa.

A voz rouca do outro lado da linha me fez desejar nunca ter atendido aquele maldito celular.

— Descumpriu nosso trato, John!

— Natasha, isso não tem mais sentido!

Queixei- me enquanto levantava da cama. Fui para o banheiro e tranquei a porta.

— Você já tem o que queria! Estar livre! — completei — A Maisie não pode pagar pelo fato de você ser uma pessoa infeliz.

Ela riu do outro lado, sempre fazia isso quando ficava brava ou insatisfeita com algo.

— Dormiu com ela? — perguntou — Foi para isso que viajaram? Para transarem em paz?

— Como sabe que viajamos? — questionei.

— Eu sei de muitas coisas, senhor Wick... Sei que estão em uma bela e pitoresca cabana à beira da praia, inclusive, nunca pensei que fosse tão romântico — caçoou  — Sei que neste exato momento está trancado no banheiro... E que minha irmãzinha querida se encontra dormindo na cama.

Saí do cômodo e voltei para o quarto. Vi Maisie ainda deitada, porém congelei ao ver um ponto vermelho sobre sua testa.
Ela não seria capaz de fazer isso, matar a própria irmã! Será?

— O que você quer que eu faça? — questionei.

— Quero que você, John Wick, acabe com minha irmã. — explicou — Acabe com aquele sorrisinho idiota que ela estava ontem. Caso contrário, eu mesma irei me encarregar disso.

Ela desligou o celular. Voltei para o banheiro, abri a torneira e passei um pouco de água no rosto.
Não podia acabar com as ilusões de Maisie sobre nós. Logo agora? Como vou machucar a minha esposa dessa forma?

— John? Por que não volta para a cama? — ouvi, Maisie murmurar.

AGORA:


Por Maisie:

— Fala, Sebastian! Aconteceu algum coisa com a minha mãe?

O médico abriu a boca várias vezes, parecia querer encontrar as palavras certas.

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 • 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐃𝐨𝐢𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora