✞ CAPÍTULO SETE ✞

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- John? - andei devagar até a cama onde ele estava sentado tentando se desvencilhar das lambidas de Garoto.

Não consegui ir até ele, fiquei tonta e dei um passo pra trás, o mesmo veio até mim e me amparou em seus fortes braços.
Era tão bom sentir o cheiro dele, a pele quente e tudo mais.

- Hey, calma.. - sussurra se afastadando um pouco - Tá tremendo!

Nem conseguia falar de tanta emoção, John segurou meu rosto para olhá-lo e me deu um beijo na maçã do rosto, perto do nariz.

- Co-como? - o abracei novamente - Eu senti tanto a sua falta!

- Também sentir a sua, meu amor... - ele me apertava o máximo que suas forças permitiam.

Olhei de novo nos seus olhos, tinham o mesmo brilho, o mesmo amor.

John me surpreendeu ao beijar meus lábios, segurei em seus pulsos e me entreguei aquele momento tão bom.

- Achei que nunca mais te veria. - falei terminando o beijo com selinhos - O que aconteceu? Não tô entendendo nada!

Ele seguiu em direção a cama e sentou. Alí, distante, pude ver pelas brechas da regata que seu peitoral estava enfaixado. Fui mancando até ele e sentei com a perna esticada.

- Antes de falar tem que me prometer que não vai me bater. - concordei com a cabeça - Eu precisava "morrer", só assim a alta cúpula iria nos deixar em paz...

Ouvia tudo atenciosamente. Jonathan me contou que tudo não passou de um plano para distrair a atenção da Cúpula. O tal Jordan sabia onde atirar e Chris já tinha tudo planejado para tirá-lo do país, e que eu devia vê-lo morrer, pois, segundo ele, a única pessoa que pode transmitir mais verdade na dor da perda é uma viúva.

Era realmente tudo inacreditável, confesso que estava mesmo com vontade de bater nele por ter me deixado tão triste e sozinha. Mas duvido que Ross não teria feito o mesmo, com ou sem John por perto e ele era o único culpado por aquilo.

- Aí eu Deus, mas você se machucou? Ainda tá ferido?

Tentei tirar sua camisa, mas John assegurou que estava bem. Só um pouco machucado.

- Me perdoa por ter deixado vocês sozinhos?

- Estamos juntos e é o que importa.. mas como o Chris entrou nisto tudo?

- Um crime perfeito só pode ser feito por um bom profissional.. Ele conhece mais mafiosos que policiais e sabia que assim você estaria segura.

Bem a cara de Christopher, mas eu precisava contar para John o que havia acontecido nos dias em que ele esteve fora, mas como ia fazer isso? Eu não conseguia nem pensar no assunto.

- Mas porque você demorou tanto pra vim? - perguntou por fim.

- E-eu tive uns problemas e..

Ele olhou para meu joelho e franziu o cenho.

- O que aconteceu com seu joelho?

- Cair.. foi uma queda feia, sabe?

Por enquanto era bom ficar quieta, não sei como ele iria reagir e nem como aceitaria a notícia.

- Tem que tomar cuidado... - beijou minha testa com ternura - E o meu filho?

- Pesado!

Rimos juntos enquanto ele acariciava minha barriga.

- Vamos viver aqui pra sempre?- perguntei depois de mais um selinho.

- Pra sempre? Gostou?

Concordei com a cabeça, seria bom criar nosso filho em um lugar calmo e longe da violência.

- Eu te amo! - sussurrei para ele.

- Te amo mais, muito mais! - ele me beijou - Nunca mais vou te deixar.

- Acho bom!

A noite caiu, depois de jantarmos e conversar sobre coisas aleatória e sem nexo, finalmente chegou a hora de dormir.

Ele preferiu tomar banho primeiro e assim que saiu corri e me tranquei no ambiente. Tomei um banho demorado, me enrolei na toalha e fiquei parada na frente do espelho.

- E agora?

Perguntei para me mesma. Eu pensava que nunca mais iria ver meu marido e só apesar dele ser o homem da minha vida, não me imaginava estando com ele. O deixando me tocar, ver meu corpo.
Mas tinha que ser forte, não podia acabar com meu casamento por isso.

Vestir uma camisa de John, ajeitei meus cabelos de todo jeito e sair do banheiro logo após suspirar fundo.

Ele já estava deitado, tinha um curativo novo envolvendo seu tórax. O quanto estava escuro, isso talvez possa me ajudar a ter coragem.

Sentir vergonha quando John olhou para mim com desejo.

- É a única coisa que cabe em mim..

Ele sorriu, apaguei a luz deixando apenas o abajur acesso.

Deitei na cama e me cobrir com o lençol. Encostei a cabeça no peito dele e pus uma perna sobre a sua.

John segurou meu queixo e me beijou. Logo veio para cima de mim com cuidado para não machucar minha perna.

Levantou minha blusa e a tirou do meu corpo, eu já podia sentir seu membro duro na minha perna, segurou minha barriga e deixou um beijo sobre a mesma.

Seus lábios subiram para os seios e ele lambeu um dos dois. Segurei seu rosto para impedir ele de descer até minha intimidade.

O homem se ajeitou entre minhas pernas, tirei sua camisa e ele desceu a bermuda de moletom. John beijou meu rosto e quando me penetrou virei o rosto para ele não ver minha cara de dor.

Aquela região ainda estava lesionada, meus gemidos de dor se confundiam com os de prazer. Seus beijos, a pegada, o modo como me penetrava em nada se parecia com Ross. Mas mesmo assim o único que vinha a minha cabeça era ele.

John segurou meu pulso e o prendeu ao lado do meu corpo, aquilo foi o estopim para empurrar seu corpo com toda força que tinha.

Virei para o lado, encolhi as pernas e entrei, literalmente, em desespero. John pôs a mão na minha testa e se aproximou de mim.

- Me desculpa... - peço entre soluços - Desculpa!

- Machuquei você? - pergunta baixo no meu ouvido.

- Não.. não foi você quem me machucou.. não foi você!.

- Como assim?

Sentei na cama e John também. Ele limpou meu rosto, suspirei fundo e tomei coragem para contar pra ele.

- Eu não queria John... Juro que não!

- Não queria o quê?


- Não queria o quê?

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Espero que tenham gostado, beijos e até a próxima ❤️

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 • 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐃𝐨𝐢𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora