✞ CAPÍTULO QUATORZE ✞

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- Acha mesmo que se eu por uma lingerie dessas vai esquentar ainda mais? - pergunto para Marisa.

Depois que compramos tudo que ela queria, paramos para comer algo. O mais estranho de tudo era que até agora não tínhamos brigado.

- Ele vai ficar tão louco que o único lugar que vai querer estar é dentro de você!

- Marisa! - repreendo a mulher.

Ela da de ombros e bebeu um pouco do meu suco de melancia. Dou outra colherada na fatia do meu bolo de limão, na verdade já era a segunda fatia.

- Aproveita a ocasião de amanhã. - recomendo a mais velha.

- O que tem Amanhã?

Marisa olha para mim como se não tivesse me entendendo.

- É o aniversário do John!

- Amanhã? Tipo amanhã?

Ela concorda, quase perco o ar com a notícia. Como John não me disse isso? Que idiota!

- Você sabia não é?

- Lógico! - minto.

- Que bom, eu já comprei o presente dele.. é mais para o bebê...

Marisa para de falar, olho para ela, que estava pálida.

- Tá se sentindo bem? - pergunto pondo a mão em sua testa.

A temperatura do corpo dela, estava normal, porém a mulher ainda apresentava indícios de que não passava bem.

- Marisa? - aos poucos Marisa amolece nos meus braços - Marisa!

...

Depois que Marisa desmaiou a trouxe para o hostipial. Agora ela estava lá dentro, com um médico desconhecido, e eu aqui preocupada sem notícias!

John estava ao meu lado, assim que chamei a ambulância, ligue para ele que veio me encontrar rapidamente.

Levantamos quando vimos o médico vir ao nosso encontro. Estava tremendo de medo, só sentir isso quando vi John quase morto diante de mim.

- Doutor, pelo amor de deus me diz que ela está bem! - pedi desesperada.

- Sua mãe tem câncer de mama, você sabia não é? - concordei com a cabeça - Ele evoluiu para câncer de mama metastático!

- O que isso quer dizer? - perguntou John.

- Quer dizer que ele se espalhou por todo o corpo... Osso, fígado... Cérebro.

- Isso é impossível, ela foi para a França se tratar! - contestei.

- Segundo os exames sua mãe nunca realizou se quer uma sessão de quimioterapia.

Minhas lágrimas caíram involuntariamente. Ah, Marisa, você não fez isso.

- Ela vai... morrer? - perguntei entre soluços.

- Eu sinto muito. - declarou o médico - Mais não se desespere, com a medicação certa, sua mãe pode viver muito tempo!

Concordei com a cabeça antes de abraçar John e me entregar ao choro. Nem me dei conta quando o médico saiu e nos deixou a sós.

- A minha mãe, John! Eu não posso perder a minha mãe! - sussurrei no seu ouvido.

- Temos que ser fortes.. se acalma..Calma.

- Tudo bem.. - limpei as lágrimas - Vou falar com ela, ok?

Ele concordou, deixei John sozinho e fui até o quarto de Marisa.

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 • 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐃𝐨𝐢𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora