Capítulo X - Encontro Definitivo.

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A visão de Senku estava embaçada, ao acordar, não conseguiu reconhecer o lugar onde estava, e só sentia o chão duro e gelado encostar em sua pele. Pondo uma mão sobre a testa, com fortes dores de cabeça, percebeu que havia dormido por muito tempo, afinal, o sangue que estava em sua boca e nas roupas já havia secado. Era nojento... Se levantando, conseguiu enxergar melhor, percebendo que estava aprisionado em uma cela de bambu. Não havia uma fonte de luz ali dentro além de uma tocha que iluminava unicamente todo o recinto, meio claustrofóbico.

Senku começou a ouvir uma conversa vindo de uma entrada não muito longe dali, provavelmente era a saída. Ao ver que havia se passado tanto tempo, o ômega checou os bolsos e percebeu que ainda havia um saco preso a sua cintura, onde estava seus supressores novos, ainda não testados 100%. Quando ingeriu a seco uma das pílulas, ouviu a porta se abrindo com uma garota de cabelos curtos entrando no lugar escuro com uma bandeja de comida. Era Yuzuriha.


— Senku! — A garota exclama, se ajoelhando a frente de Senku, quase em lágrimas de tão feliz que estava. — Você tá bem! Você ainda tá vivo!

— Shhh...! — Senku fez um sinal de silêncio, sussurrando. — Eu estou bem, mas o que aconteceu com você? Como anda Taiju?

— Taiju e eu agora servirmos ao império... Mas cada dia anda se tornando mais sufocante. — Yuzuriha parecia triste. — Ainda mais com aquele alfa, que está sempre nos limitando de tudo, nem Taiju escapa dele. Mas e você, Senku? Está com sangue nas roupas!

— Tá falando do líder deles? Aquele de cabelos marrons? — Senku range os dentes por um momento, ignorando completamente a pergunta de Yuzuriha. — Eu deveria saber que-

— Não, eu não estou falando de Tsukasa!, — Ela balança ambas as mãos ao deixar a bandeja de comida no chão. — Me refiro ao braço direito dele, Hyoga... Tsukasa é o líder, mas Hyoga é pior ainda. Ele foi o homem que matou seu pai... Aquele dia...


Yuzuriha diz com relutância, afinal, não sabia como Senku iria reagir àquele assunto. O silêncio se estendeu por aquele lugar escuro, mas logo Yuzuriha empurra a bandeja na direção de Senku, insistindo.


— Senku, coma... Você parece péssimo e eu não posso ficar por muito tempo. Se eu ficar, o Hyoga pode-

— Eu posso o que, Yuzuriha?


A garota estremeceu ao seu virar para trás e ver a figura assombrosa de Hyoga sobre si. Ela pede desculpas e sai correndo dali, evitando falar ou dar justificativas sobre a breve conversa que teve com o ômega. Apesar de tudo, Senku acaba esboçando um sorriso, que parecia expressar pena e, em simultâneo, uma grande repulsa.


— Você gosta mesmo de assustar quem é mais fraco que você, — O ômega dita com escárnio. — assim é fácil.

— Quem você pensa que é? — Hyoga indaga, com nojo em sua voz. — Seus dias estão contados, uma criatura como você é uma grande abominação. — Ele acerta um golpe impiedoso no diafragma de Senku, o deixando encolhido no chão, sem fôlego. — Vamos ver por quanto tempo vai manter esse sorrisinho. Tsukasa quer ver você, pessoalmente.


[...]


Senku fora levado até uma das cavernas do império, mas esta era tinha uma aparência mais arrumada que as outras. Ele e Hyoga esperaram naquela caverna por uns momentos, o suficiente para Senku perceber um único trono de pedra ali. Mais a frente, uma espécie de plataforma feita de pedregulhos, e ao seu redor alguns homens, além do próprio Tsukasa. Pelo cheiro, pareciam ser todos alfas, julgou Senku. Porém, algo que chamou realmente a atenção de Senku foi que naquela grande sala havia uma abundante quantidade de livros amontoados, o que o deixou um tanto boquiaberto, mas pareciam não serem usados, afinal, estavam empoeirados. Estando ali, o ômega não evitou ouvir sobre o que o grupo conversava.

Os Dois Líderes - Fanfic ABO.Onde histórias criam vida. Descubra agora