Capítulo VII

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CONVERSAS
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— Deixa acesa! — Donghyuck exclamou chamando a atenção de Mark que estava pronto para apagar a vela que estava na cômoda ao lado da cama. — Eu não gosto de ficar no escuro...— Se aconchegou mais nos lençóis envergonhado.

— Aqui não tem nenhum monstro. — Mark zombou mas seu sorriso morreu assim que pensou melhor. — Quer dizer, tem eu mas não vou te machucar. — Se aproximou da cama e se sentou ao lado do corpo do menor.

— Não é isso. — Revirou os olhos. — Eu só não gosto do escuro. — Suspirou.

— Está tudo bem, eu vou deixar ela acesa. — Encarou o outro rapaz que já dormia profundamente na cama ao lado.

— Eu estou começando a me acostumar com essas conversas antes de dormir. — Comentou levando sua mão até a mão de Mark que descansava na cama.

— Estou aqui para isso, para te deixar confortável e satisfeito. — Se inclinou um pouco. — Assim a sua alma vai ficar mais deliciosa. — Sussurrou vendo o moreno revirar os olhos.

— Não fale mais dela, por favor. — Mark riu voltando a posição anterior.

— Está bem. — Entrelaçou seus dedos com os dedos gordinhos de Haechan. — Descanse agora. — Ergueu as mãos e depositou um beijo nas costas da mão do moreno.

— Vai ficar aqui até eu dormir? — Donghyuck indagou já fechando os olhos.

— Se você quiser. — Viu o menor concordar com um leve sorriso nos lábios.

Mark não sabia o porquê mas desde que Haechan apareceu em sua porta lhe pedindo ajuda sente uma necessidade de cuidar dele.

É claro que também estava fazendo isso para garantir seu alimento. Mas sabia que provavelmente tinha algo a mais ali.

Minutos depois o menor se entregou ao sono fazendo o demônio se retirar do quarto.

Caminhou até o lado de fora da casa e sentou nos degraus. A noite estava bonita e a brisa gélida fazia Mark sentir leves arrepios.

— Quais são as suas intenções com o garoto? — Mark virou para encarar Jaemin que estava encostado no batente da porta com uma xícara em mãos.

— Ele é a minha comida. — Respondeu simples voltando a prestar atenção no céu.

— Tem algo a mais. — O bruxo se aproximou e sentou ao lado de Mark. — Por que cuida tão bem dele?

— Porque quero que ele esteja bem quando eu o devorar. — Sorriu.

— Então, você é um demônio pessoal. — Encarou Mark. — Não sabia que mestiços faziam pactos. — Tomou um gole do chá ainda observando as feições do outro.

— Meu lado demônio é maior. — Encarou as próprias mãos.

— A quanto tempo você não come? — Indagou desviando o olhar para as flores que balançavam com o vento.

— A anos. — Suspirou. — Estou ficando fraco, estou faminto. — Jaemin concordou. — Só não morri ainda porque o meu lado humano come uma coisinha ou outra. Mas a fome do demônio, ela dói. — Inflou as bochechas.

— Então, tudo isso é só para comer? — Encarou Mark que retribuiu o olhar.

Por algum motivo aquela pergunta mexeu consigo. Ele realmente estava  se sacrificando só para poder comer? Tinha tantas almas em mente mas por que só a de Haechan o fazia salivar?

— Ele é ingênuo, doce e bondoso. — Começou. — O cheiro dele me deixa louco. — Respirou fundo sentindo um pouco daquele aroma. — Desde que ele apareceu eu me tornei tão obcecado pela alma dele que deixei de comer outras só para sentir o prazer de devorar ele. — Mordeu o lábio inferior.

— Você acha que vai conseguir fazer isso no final? — Indagou vendo o demônio encarar o nada por alguns minutos. — Eu acho que o seu lado humano tem uma certa afeição por Donghyuck.

Mark continuou em silêncio por um tempo, até que levantou e sorriu.

— Não duvide da fome e da vontade de um demônio. — Jaemin suspirou com aquela resposta. — Vamos partir amanhã cedo, quero que cuide do corpo de John. — Ditou por fim antes de voltar para dentro da cabana.

Já era cedo de manhã e todos  estavam prontos para partir, sabiam que seria uma longa viagem.

— Obrigado por tudo Jaemin. — Donghyuck se aproximou do bruxo. — Cuide bem de John por mim. — O abraçou logo sendo retribuído.

— Não se preocupe, as ervas vão proteger bem o corpo dele. Mas não demore muito, ok? — Sorriu observando os olhinhos lindos do menor.

— Certo. — Se afastou apenas para observar Mark que estava encostado na parede. — Estamos prontos.

Os quatro saíram da cabana e observaram todo o campo florido.

— Continue seguindo para o norte, vão achar o castelo dele fácil. — Jaemin ditou.

— Vamos de trem. — Mark encarou Haechan que concordou.

— Se cuidem. — O bruxo abraçou o próprio corpo com uma feição preocupada.

— Obrigado pela comida e pelos cuidados. — Ten acenou enquanto sorria.

— Que assim seja. — Jaemin sussurrou vendo o trio se afastar.

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Banotchê

Como estão? Espero que bem

Esse diálogo do Markeu com o Nana hm

Espero não decepcionar vocês..

Até o próximo

𝔪𝔶 𝔭𝔢𝔯𝔰𝔬𝔫𝔞𝔩 𝔡𝔢𝔪𝔬𝔫 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦 Onde histórias criam vida. Descubra agora