Capítulo XXVI

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CAIXÃO DE VIDRO
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— Se Vita estivesse aqui ele ajudaria o Mark...— Resmungou para Ten.

— Não diga besteiras. — Encarou o amigo que dormia profundamente. — Só não temos os equipamentos certos nesse momento.

— Ele lutou tanto por nós, e agora que precisa da gente não podemos ajudá-lo. — Bufou voltando a analisar a feição de Mark.

Seus olhos e sobrancelhas tremiam e vez ou outra ele engolia saliva, provavelmente estava tendo algum sonho ou ainda conseguia sentir dor, mesmo dormindo.

— Nós vamos ajudar ele Hyuck, quando chegarmos na casa de Jaemin. — Ten sorriu passando confiança ao moreno.

— Espero. — Sussurrou levando a mão até o rosto magro acariciando com os dedos sua bochecha.

[...]

— Segure firme! — Ditou segurando fortemente a cintura do maior enquanto o mesmo passava o braço bom envolta de seu pescoço.

— Eu já disse que posso andar sozinho. — Resmungou baixo.

— Mark, você tentou descer do trem sozinho e quase saiu voando. — Ten ditou saindo do vagão com as bolsas.

— Também, olha a altura disso. — Apontou para o degrau mas se arrependeu na mesma hora já que havia forçado o braço ferido. — Merda...

Quando o sol deu seu primeiro raio ao solo Mark despertou, ainda com dor, mas muito melhor do que estava antes. Porém, a pequena melhora não permitiu que ele fizesse algo grandioso sozinho já que a dor da noite passada tirou todas as suas forças.

Era absurdo o que os caninos de Daia podiam fazer, ela queria muito o matar e com toda certeza não exitaria em fazer ele sofrer.

— Que situação, um demônio como eu sendo carregado por um gnomo. — Ditou brincalhão.

— Cale a boca! — Resmungou dando o primeiro passo com Mark. — Você nem é tão alto assim!

Ten sorriu com aquilo, sentiu falta daqueles momentos. O jeito que Mark estava ontem realmente o assustou, o fazendo pensar na possibilidade dele não acordar vivo pela manhã.

— Mas ainda sim, sou mais alto. — Sorriu. — Haechan. — Chamou ouvindo um baixo resmungar. — Não sabia que era tão carinhoso.

O moreno parou e encarou o demônio com os olhos arregalados. Então ele estava acordado aquele tempo todo?!

De fato, Donghyuck passou a madrugada toda fazendo carinho no maior. De afagos, beijinhos e até mesmo uma pequena canção para aliviar o estresse.

— Você cala a sua boca Mark Lee!!! — Se exaltou ouvindo o riso tanto do demônio quanto do amigo.

[...]

Algumas horas de caminhada, alguns xingamentos e algumas risadas. Isso foi o necessário até eles finalmente chegarem na casa do bruxo.

De longe avistaram uma caixa de vidro com algumas flores ao redor. O coração de Donghyuck bateu forte assim que viu o irmão descansando profundamente ali.

— Vocês estão vivos!!! — Jaemin saiu da casa e correu até o trio. — O que houve com você?! — Observou o braço de Mark que estava enrolado em um pano ensanguentado.

— Fui mordido por um lobo. — Viu o bruxo arregalar os olhos. — Pois é, consigo escrever um livro com tudo o que a gente passou na casa do seu ex.

— Por que colocou ele ali? — Donghyuck questionou examinando a caixa de vidro. Também examinou Johnny, seu corpo estava péssimo, não havia cor nenhuma, ele estava praticamente parecendo uma múmia.

— Desculpe querido, o cheiro estava péssimo e as ervas não conseguiram dar conta. — Colocou a mão no ombro do moreno. — Montei essa caixa e o coloquei aqui fora, eu não sabia se vocês iriam voltar...— Suspirou. — Mas e então, conseguiram?

— Sim, nós consegui-...— Antes que Donghyuck terminasse a frase o som de moto ficou cada vez mais clara juntamente com os uivos dos lobos.

Os quatro se viraram para encarar o rei que parou de frente para eles enquanto a alcateia de Daia os cercava.

— Eu sabia que viriam para cá. — Jeno ditou descendo da moto. — Traidores como vocês devem se juntar a traidores como ele. — Apontou para Jaemin.

𝔪𝔶 𝔭𝔢𝔯𝔰𝔬𝔫𝔞𝔩 𝔡𝔢𝔪𝔬𝔫 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦 Onde histórias criam vida. Descubra agora