Capítulo XXI

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BORBOLETA
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— Também não consegue dormir? — Donghyuck arregalou os olhos assim que ouviu a voz de Jeno atrás de si.

Assim que saiu do quarto correu até o jardim para poder tomar um ar e pensar melhor.

Não esperava que alguém no castelo ainda estivesse acordado, ainda mais o rei.

— Na verdade, eu estou um pouco ansioso. — Se encolheu no banco de concreto assim que o homem sentou ao seu lado.

— Com o que? — Jeno encarou o garoto que tremia e observava alguma coisa no chão.

Donghyuck continuou em silêncio, não queria falar sobre aquilo ainda mais com o dono da coisa que deixava ele ansioso.

Além do mais, o pingente ainda estava no seu bolso.

— Perdoe-me se estou sendo invasivo. — Sorriu simples tirando do pescoço um colar com um pingente de borboleta.

— O que é isso? — Encarou o objeto nas mãos do rei, era bonito, lembrava o pingente que fizera para John.

— Foi Jaemin quem fez. — Sorriu acariciando a borboleta azul. — Ele me deu um dia antes de me amaldiçoar. — Donghyuck suspirou com aquilo.

Ele se sentia como Jeno, amava uma pessoa que faria mal a si.

— Majestade...— Sussurrou encarando as orbes do maior que concordou para que ele continuasse. — Eu...— Passou a mão no bolso sentindo o pingente.

— Aconteceu algo? — Jeno pendurou o colar no pescoço ainda encarando Donghyuck.

— É que...— Respirou fundo desviando o olhar para frente. — Você poderia me contar mais sobre a guerra dos dois mundos? — Observou as várias máquinas que estavam espalhadas pelo jardim.

— Oh! Claro. — Riu enquanto se levantava para caminhar até uma moto enferrujada. — Foi um tempo muito difícil, meu pai lutou bravamente se me lembro bem. — Acariciou o guidão da moto. — As máquinas começaram a criar vida e ficar contra a humanidade. — Subiu na moto. — Foi a primeira vez em que os seres místicos e humanos ficaram lado a lado. Foi uma guerra muito difícil, perdemos a metade do nosso povo. — Suspirou.

— Quando a guerra finalmente acabou o Rei de Todos ordenou que começassemos do zero e que a natureza nos guiaria. — Desceu da moto. — Ainda existe algumas relíquias mas são poucas.

— Nossa, e pensar que existia grandes cidades e tantas máquinas... — Engoliu seco. — É tão estranho.

— É sim. — Voltou a se sentar ao lado do rapaz. — É muito estranho, mas tudo isso foi nossa culpa. A ganância fez com que criassemos coisas que não saberíamos lidar mais tarde. — Donghyuck concordou. — Bom! — O rei bateu nas próprias pernas. — Agora eu estou com sono, irei descansar. Nos vemos no desjejum, tenha uma ótima noite. — Jeno sorriu e se retirou do jardim deixando Donghyuck a sós com os pensamentos.

[...]

Assim que abriu a porta encontrou Mark sentado na cama enquanto passava um pano branco na cabeça de Ten.

— Você acordou! — Sorriu animado.

— Ei, onde estava? — O pálido franziu o cenho. — O Mark é péssimo em cuidar das pessoas! — Gruinhiu de dor assim que o maior apertou seu ferimento.

— Eu estava...— Negou com a cabeça. — Precisamos ir embora agora. — Pegou sua bolsa e encarou os outros dois.

— Ele tem razão, precisamos ir. — Terminou de limpar o sangue da cabeça do menor e se levantou.

— Acho que eu não consigo andar. — Ten ergueu os braços mas desistiu assim que Mark lhe lançou um olhar reprovador. — Credo, o que deu em vocês?

— Anda logo Ten. — Donghyuck reclamou pegando a outra bolsa e entregando a Mark.

[...]

— Eu estou um pouco tonto. — Ten sussurrou para Mark que o encarou.

— Shhh. — Donghyuck reclamou enquanto examinava o corredor principal. — Tem duas na porta, como vamos sair? — Encarou os dois lobos que dormiam na porta de entrada.

— Droga. — Mark revirou os olhos. — Tem como sair pelo jardim? — Encarou o moreno que pensou.

— Eu não sei, a gente pode tentar. — Os três concordaram e foram em direção ao grande jardim.

Mark olhou ao redor vendo que o muro era mais alto do que esperava, mas se eles se esforçassem daria para pular.

— Vou levantar vocês dois. — Caminhou até o muro e juntou as mãos acenando para Ten que engoliu seco.

— Por que eu tenho que ser o primeiro?! — Choramingou.

— Anda logo. — Mark rosnou fazendo o menor bufar.

Ten caminhou até o maior e apoiou o pé na mão de Mark que rapidamente o impulsionou para cima. O pálido conseguiu passar uma perna e se sentar, viu Mark acenar indicando que ele poderia pular e assim fez.

O próximo foi Donghyuck que fez o mesmo que Ten, mas não pulou. Mark pegou impulso e pulou pegando a mão de Haechan que estava estendida.

O moreno o puxou com dificuldade mas conseguiu ajudar Mark a ficar na mesma posição que si.

Ambos pularam o muro juntos encontrando Ten encarando a floresta escura.

— Vamos.

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Bom, a jornada está quase no fim...ou não...

O cenário da estória na verdade é o futuro e não o passado...A guerra dos dois mundos foi a muito tempo e agora eles estão vivendo desde o começo por ordens do Rei de Todos. Isso será explicado melhor no decorrer da estória, quem é esse Rei de Todos e o que o Jeno quer com o Magistério...

Paciênciaaaaa

𝔪𝔶 𝔭𝔢𝔯𝔰𝔬𝔫𝔞𝔩 𝔡𝔢𝔪𝔬𝔫 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦 Onde histórias criam vida. Descubra agora