Capítulo VIII

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CURA
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— ...nós vamos achar esse Jeno e salvar o John. — Ten terminou a sua maçã enquanto tagarelava no ouvido do amigo.

— Eu deveria devorar você ao invés do Haechan. — Mark comentou. — Até a floresta está incomodada com você.

— Você não tem lugar de fala aqui, demônio. — Apontou para o maior que apenas riu.

— Vocês dois poderiam calar a boca? — Donghyuck franziu o cenho sentindo sua cabeça latejar.

— Cala a boca você. — O mais velho resmungou.

— Gente! — Mark apontou para os trilhos. — Estamos quase lá.

— Olha só esse barulho de trem. — Ten continuou resmungando como um velho chato.

— Barulho de trem? — Donghyuck repetiu com os olhos levemente arregalados. — Eles estão partindo! — Alertou os outros dois que também arregalaram os olhos. — Rápido!

Os três começaram a correr até chegar no campo aberto onde encontraram o trem se movimentando aos poucos.

Mark acelerou os passos até poder alcançar o ferro na porta. Assim que conseguiu se segurar subiu no vagão e encarou os outros dois que tentavam subir também.

Respirou fundo e concentrou as suas forças nos seus braços que seguraram os casacos de ambos os garotos e os puxaram para cima.

Os três já estavam dentro da caixa de ferro e o trem já estava rápido o suficiente.

Ofegantes se entreolharam com sorrisos satisfeitos por terem conseguido chegar a tempo.

— Hyuck! Você está ferido! — Ten apontou para o braço do bronzeado que encarou o ferimento.

O tecido estava rasgado fazendo com que o corte em seu braço ficasse a vista.

— Acho que foi na hora em que o Mark nos puxou. — Acariciou em volta do local sentindo um pouco de ardência.

Não estava banhado de sangue mas ainda sim sangrava o suficiente para desesperar Ten.

— Vem cá. — Mark se sentou entre as caixas de madeira vendo Haechan se aproximar e sentar ao seu lado. — Me dá o braço. — Estendeu a mão.

— O que vai fazer? — Indagou de modo suspeito.

— Relaxa, eu vou cuidar disso. — Haechan encarou Ten e logo em seguida Mark. — Ah, agora você não confia em mim?

— Não é isso...— Bufou revirando os olhos. — Certo, mas cuidado porque tá doendo. — Resmungou vendo Mark segurar seu braço delicadamente.

O maior o ergueu e sorriu, Donghyuck viu seus olhos passarem do castanho para preto e suas pupilas crescerem.

Engoliu seco assim que Mark aproximou seu ferimento de sua boca. Ele botou a língua afiada para fora e lambeu o ferimento de Donghyuck.

Haechan não sentiu nada além de um formigamento na região. Assim que Mark soltou seu braço pode ver que o corte havia sumido e a única coisa que havia ali era uma mancha vermelha.

— Como? — Questionou de modo surpreso.

— Por que não disse que podia curar? Poderia ter ajudado Johnny! — Ten se aproximou e encarou o braço do amigo.

— Eu curo gente viva. — Respondeu. — E não consigo curar ferimentos tão graves, é algo que eu ainda estou aperfeiçoando. — Sorriu de lado vendo que Donghyuck parecia chocado com a descoberta.

— Obrigado. — Sorriu simples vendo o maior acenar com a cabeça.

— E então, estamos perto? — Ten indagou olhando para o lado de fora.

— Ainda não. — Ajeitou a sua postura e encarou o próprio braço.

Por algum motivo ele ainda sentia a língua de Mark entrando em contato com a sua pele.

Aquilo fazia seu estômago remexer e suas mãos suarem.

— Perguntei pro Jaemin se ele queria que eu mandasse um recado para o Jeno, ele disse que se tivesse oportunidade poderia dar um soco nele. — Mark comentou fazendo os outros dois gargalharem.

— Ele me deu um livro. — Donghyuck retirou da bolsa um livro grosso com capa marrom. — Aqui conta toda a história, provavelmente deve dizer aonde ele esconde o pingente. — Encarou Mark que concordou.

— Então aproveite esse tempo que temos. — O demônio encostou a cabeça na parede de ferro. — Porque quando chegarmos vai ser tenso.

Donghyuck fechou o livro e estreitou os olhos a procura de Ten. A Lua já estava no céu e iluminava um pouco com a ajuda das velas que Jaemin lhe entregou.

Viu o amigo deitado entre as caixas encolhido, olhou para o lado e encontrou Mark já o olhando.

— E então? — Indagou em um sussurro.

— Aqui diz que o castelo fica depois da floresta do Zog. — Viu o demônio se remexer desconfortável. — E não diz nada sobre o local onde o Jeno guarda o colar.

— Não tem outro jeito? — Encarou a capa do livro que ainda estava nas mãos do menor.

— Não. — Suspirou. — Se a gente contornar a floresta vai demorar muito. — Mark voltou a observar o rosto do moreno. — Vamos com cuidado.

— Se algo acontecer nós podemos dar o Ten pra eles. — Viu Haechan sorrir com a fala. — Descanse agora.

O bronzeado guardou o livro na bolsa e encostou a cabeça em Mark. Com os olhos fechados bocejou e sorriu mínimo ao sentir a mão do maior acariciar seus fios.

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Olha quem apareceu kk

Tudo ok?

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