Capítulo XXV

761 123 125
                                    

╔════ ≪ •❈• ≫ ════╗
VINGANÇA
╚════ ≪ •❈• ≫ ════╝

— Os trilhos. — Donghyuck comemorou.

— Estamos cada vez mais próximos, me sinto ansioso. — Ten ditou enquanto caminhava ao lado de Mark.

— Eu também...— Haechan encarou o demônio que desviou o olhar para o campo aberto.

Havia dois trens parados, como de costume. Partiriam assim que o sol se escondesse entre as montanhas, o que não demoraria muito.

Suspirou cansado parando na porta de um dos vagões vazios. Desta vez não havia nem caixas de grãos, apenas uma caixa de metal fria e suja.

— Podemos descansar melhor agora. — Ditou chamando a atenção de Ten e Haechan.

— Tem razão. — Donghyuck se sentou e examinou o maior que parecia inquieto.

— O que? — Ergueu uma sobrancelha vendo Mark suspirar enquanto se sentava ao lado de Ten.

— Nada. — Deu de ombros.

— Está assim porque bati nele? — Cruzou os braços.

— Talvez se a gente explicasse para ele...— Encarou o moreno. — Talvez ele entenderia.

— É inacreditável. — Negou sorrindo. — Você sabe melhor do que eu que ele não nos ajudaria.

— Não, eu não sei! — Bateu no chão de ferro causando um pequeno estrondo.

— Pessoal...— Ten chamou vendo Mark suspirar e Donghyuck encarar o campo.

— Desculpe. — Mark passou a mão pelo rosto.

— Eu não confio nele. — Encarou o demônio.

— Tudo bem. — Viu o moreno bufar e negar com a cabeça.

Não deveriam brigar mais.

O barulho do trem começando a se mover não disfarçou o barulho da moto e dos lobos se aproximando.

Assim que o cheiro do demônio se tornou mais presente Daia uivou chamando a atenção da alcateia.

O rei, na moto, sorriu sentindo todo o seu corpo gritar por vingança. Vingança por ter sido traído, vingança pelo amigo, vingança...

— Peguem eles!!! — Gritou assim que o trem tomou mais velocidade sendo acompanhado pelos grandes lobos de Zog.

Dentro do vagão Ten entrava em desespero enquanto Mark tentava a todo custo fechar a porta.

— E agora?! — Donghyuck gritou em pânico vendo a alcateia se aproximar cada vez mais do vagão.

— Elas não vão conseguir. — Mark encarou a ponte onde o trem passaria. — Elas não vão-

Antes que pudesse completar a frase Daia deu seu primeiro ataque pegando o braço de Mark, mas antes que ela o puxasse Haechan conseguiu o segurar pelas pernas.

— Me solta!!! — Encarou os olhos do lobo que rosnou para ele enquanto sua boca era preenchida pelo sangue de Mark.

— Mark!!! — Donghyuck tentou puxar ele mas Daia o segurava com força fincando seus dentes na carne do demônio.

— Solta ele!!! — Ten se aproximou com o livro que Jaemin havia dado à Haechan e começou a bater na cabeça do lobo que rosnou mais uma vez. — SOLTA!!! — Bateu com mais força ouvindo o choro de Daia que se desprendeu do braço de Mark e rolou pelo campo.

Antes que os outros ou o rei pudessem chegar no vagão o trem rumou para a ponte fazendo o grupo parar pelo campo e observar o transporte ir embora.

— Daia! Você está bem?! — Jeno encarou o lobo de pelagem branca que voltou a forma de mulher e rosnou baixo.

— Estou...— Suspirou. — Eu falhei. — Encarou Jeno que negou com a cabeça.

— Não, você não falhou. — Voltou o olhar para a ponte. — Vamos dar a volta, pegaremos eles do outro lado.

— Não sabemos para onde eles vão, meu senhor. — Hyuna, que também havia voltado a forma humana, ditou chamando a atenção do homem.

— Eu sei sim. — Ligou a moto. — Rápido.

— Daia? — Hyuna chamou a loira que continuava a encarar o trem que já estava longe.

— Eles machucaram o meu irmão...— Fechou as mãos em punho. — Traíram o nosso rei. — Fechou os olhos com força. — Eu disse para não confiar no demônio. — Encarou a alcateia. — Eu vou matar ele.

[...]

— Mark!!! — Assim que o maior foi puxado de volta para dentro do trem Donghyuck entrou em desespero.

Havia muito sangue, o demônio gemia e se contorcia de dor. Aquilo estava pior que o ferimento no ombro, Daia queria arrancar seu braço fora. 

— E agora?! — Ten se ajoelhou ao lado do maior e encarou Donghyuck que sentia seu coração em pedaços ao ver aquela cena.

— E-Eu não sei. — Olhou ao redor. — Precisamos de um pano. — Correu até a bolsa e pegou uma camiseta velha, rasgou ela e voltou para Mark.

Passou o pano em volta do ferimento e o amarrou. Mark ainda reclamava de dor mas nada poderiam fazer, não tinha nenhum remédio e muito menos alguma erva que pudesse ajudar com aquilo.

Algumas horas se passaram e nada de Mark parar de resmungar. Porém ele já não se contorcia mais, estava deitado apenas resmungando.

Porém, Donghyuck percebeu que ele estava ficando pálido e tremia. Sua preocupação aumentava cada vez mais com aquilo.

A noite tomou conta do ambiente e apenas a lua iluminava o local. Ten estava deitado no canto analisando o céu enquanto Donghyuck, que estava ao lado de Mark, tentava proteger ele do frio.

— Shhh. — Acariciou os fios negros chamando a atenção do demônio que o encarava em silêncio. — Não pode curar isso, não é? — Viu Mark negar lentamente. — Estamos quase lá, Jaemin vai te ajudar. — Voltou a fazer carinho no maior.

— H-Haechan...— Sussurrou com dor.

— Shhh. — Encostou a sua testa na do outro.

— Eu estou c-com sede. — Ditou com a voz fraca fazendo o moreno o olhar.

— Não temos água Mark. — Beijou a testa do maior. — Ainda está sagrando muito. — Encarou o pano encharcado enrolado no braço do outro.

Mark apenas fechou os olhos compreensivo.

࿇ ══━━━━✥◈✥━━━━══ ࿇

Alô

Tadinho do Markinhos 🥺

𝔪𝔶 𝔭𝔢𝔯𝔰𝔬𝔫𝔞𝔩 𝔡𝔢𝔪𝔬𝔫 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦 Onde histórias criam vida. Descubra agora