Honoris - Aizawa Shouta

20

Durante o caminho a cabeça de Yasui explodia em preocupação, enquanto iam em direção a parte mais abandonada da cidade. Ela tinha medo de tudo sair do controle e se tornar um caos, até porque ela mesma poderia sair do controle as vezes ela também sabe que Aizawa não estaria ali pra sempre, por mais que fizessem promessas bonitas ninguém nunca cumpria com elas.
Aizawa estacionou o carro no lugar indicado, era um lugar bem deserto e parado a primeira vista ninguém diria que pessoas moravam ali... Um prédio alto e bem descuidado se erguia a frente deles, em descuidado era; não tinha segurança ou um porteiro ou sequer uma câmera ali.
Yasui se virou para o banco de trás e abriu a mochila colocando a máscara e o boné ela entregou uma escuta a Aizawa que estava prendendo o cabelo e ajeitando as roupas.
- Vamos... - ela desceu do carro e ajeitou a escuta de modo que não fosse aparente.
Andaram calmamente em direção ao prédio e entraram logo atrás de uma senhorinha que morava ali, Yasui seguiu os comandos que ThunderGirl passou pra ela através da escuta. Era o segundo andar apartamento seis. Aizawa girou a chave na tranca e adentrou o lugar seguido por Yasui, o apartamento era consideravelmente bem cuidado, não tinha pó o que fez Yasui agradecer mentalmente ou então estaria tendo uma crise de rinite. Eles se direcionaram até a janela dando uma olhada rápida pela cortina fina que dava vista ao galpão que alguns capangas de El Hombre ficavam.
- Acho que ele ainda não chegou. - Yasui falou se retirando e indo montar o equipamento de binóculo para que pudessem ver melhor. - Essa cortina... inteligentes, nós veremos eles mas eles não vão ver a gente - ela riu fraco.
Yasui puxou a poltrona até os equipamentos e se sentou atravessada com as costas e as pernas no apoio de braço enquanto Aizawa a olhava.
- Vamos revezar, pode deixar que eu fico aqui. - ela piscou pra ele e se voltou ao aparelho. Era entendiante ver aqueles conversando, fumando e bebendo o dia inteiro Yasui as vezes se pegava observando a vida de pessoas aleatórias na rua mais do que eles.
"Aquele cara ali tem cara de quem transa..." Ela pensou acompanhando um cara que atravessava a rua com seu cachorro. Mas que droga ela estava fazendo? O foco eram os capangas mas também eles não faziam nada de muito emocionante e o que falavam era extremamente nojento que ela preferia fingir que não ouvia nada. Raramente eles falavam sobre trabalho e Aizawa anotava tudo o que ouvia.

Yasui pov
Eu estou olhando esses nojentos há duas horas, meu organismo já esta me enviando sinais de fome... Esses caras não comem não? E cade o El Hombre? Me ajeitei na poltrona me alongando e voltei a observa-los, foi a hora em que se levantaram ao que tudo indicava eles iriam almoçar.
- Até criminosos tem seu descanso... - eu ri fraco e me levantei e fui até a minha mochila pegando minha carteira.
- O que vai fazer? - Aizawa me perguntou sem tirar os olhos do seu celular.
- Vou comprar algo decente pra gente comer. - falei colocando o boné.
- O Timothy deixou comida na geladeira e nos armários - ele falou enquanto digitava e eu fui até lá pegando lamén instantâneo.
Meu celular vibrou indicando uma mensagem de Keigo;
"Você está se cuidando? Se alimentou? Toma cuidado Yasui, eu não quero que se machuque.
Se pegar esses desgraçados, senta o aço sem dó neles :)"
A mensagem dele me fez rir, Keigo é como lenha ou gasolina ele tá sempre me incentivando a fazer as coisas que me dão na telha mas com a condição de que eu não me machuque... Ele é bem atencioso, e carinhoso, atraente e bonito...
- Yasui! - Aizawa me tirou dos meus pensamentos e o olhei assustada. - Seu lamén tá pronto. - ele falou simplista.
- Obrigada. - sorri.
- Eles voltaram... - ele se sentou na poltrona observando - O que você acha que os fizeram escolher esse caminho?
- Não sei... - me sentei no apoio de braço da poltrona com o meu lamén em mãos - Mas com certeza a nescessidade de sobrevivência deve ter gritado a eles, ou qualquer outra coisa. - dei de ombros e continuei comendo.
Depois de uns quinze minutos, eu ainda segurava a vasilha do lamén em mãos enquanto observava um caminhão que parou na frente do galpão, Aizawa se ajeitou na poltrona pra poder ver melhor e eu me inclinei mais até a janela.
- É descarregamento de...
- Mulheres...? - meu coração ali gelou e apertou, ver aquela cena me destruiu. - Desgraçado... - falei entre os dentes sentindo a raiva consumir meu corpo.
- Calma, a gente vai pegar ele e salvar elas. - ele parou ao ver El Hombre descendo e me chamou atenção.
El Hombre vestia um terno vinho, e estava apoiado em uma bengala.
- Ele tem uma perna menor que a outra... Isso é vantagem pra gente em batalha.  - Aizawa comentou.
Me levantei, e coloquei o recipiente na pia, laveis as mãos e peguei o bloco de notas e a caneta.
- Nós estaremos hoje a noite em Tokyo para negócios, então vou precisar que dois de vocês fiquem aqui cuidando delas. Bom... Eu tenho grandes planos pra elas... hahaha
Ei Kinto! Você vem comigo hoje, trabalhou duro rapaz... Hoje você merece descansar e desfrutar de algumas coisas comigo. - A voz dele carregava uma arrogância que me dava nojo. Terminei a anotação me jogando no sofá, e novamente meu celular vibrou com outra mensagem de Keigo.
"Que bom que está se cuidando, eu to sentindo sua falta :(  Hoje de noite eu apareço na sua sacada :)"
Como ele estava com tanto tempo livre pra me encher de mensagens?
Eu gosto desse jeito dele, ele consegue me fazer rir de uma maneira que é só ele.
- Quer café? - Aizawa me perguntou se levantando.
- Quero. - ele passou por mim colocando o café em duas xícaras e se abaixou pegando alguns biscoitinhos e colocou em cima da pia.
Eu tinha quatro deles na mão e era impressionante como combinavam perfeitamente com o café.
- Você já comeu sem se sujar alguma vez? - Aizawa encarava minha boca, ele umideceu os lábios e eu limpei minha boca com o polegar.
- O que foi? Eu já limpei ué. - ele deixou o café dele em cima da mesa e veio até mim.
- Acho que eu posso fazer isso pra você... - ele aproximou o rosto e delicadamente tirou a minha caneca da minha mão junto com os biscoitos. Aizawa levou a mão direita  até minha cintura me puxando contra ele e sua outra mão estava em meu rosto enquanto seu polegar deslizava pelos meus lábios.
- Você sabe que eu não vou ceder tão fácil pra você não é? - eu falei baixo.
- Sei... - ele subiu sua mão pro meu pescoço apertando levemente de beijando - Mas eu também sei fazer você ceder - ele sussurrou rente ao ouvido e deu uma mordiscada no meu lóbulo. Aizawa moveu sua perna e a colocou entre as mãos, fazendo sua coxa entrar em contato com a minha intimidade e ele realmente parecia saber o que estava fazendo.
- Zawa...
- Meu nome fica tão mais bonito quando você fala assim... - ele falou deijando meu pescoço enquanto suas mãos apertavam minha cintura.
- A gente precisa... - ele parou me encarando.
- Precisa?
- Os criminosos... - ele riu de canto e começou a me beijar, ele as vezes mordia meu lábio inferior e dava alguns sorrisos quando meu corpo respondia aos seus estímulos.
- A gente tem trabalho a fazer. - ele parou ofegante e pegou seu café e indo até a poltrona e eu simplesmente fiquei parada na cozinha, encostada na pia. Isso vai ter volta Shouta.