A mulher estranhou ver a filha complicada de Cíntia ali.
A garota estava tão entretida falando sozinha que não percebeu a alguns metros dela.
Como sempre ela fazia sua caminhada matinal e se deparou com a famosa rebelde da Escola." O que diabos ela está fazendo..."
- Bom dia irmã!
Se virou ao reconhecer a voz.
Parada perto dela, o mesmo usava uma máscara na boca e um boné, sem dizer que estava de óculos escuros, estava irreconhecível mas a voz era a mesma.
Seus olhos estavam puxados demonstrando um sorriso e seus olhos que tinham um brilho agora estava desfocado e sem luz.
O garoto cheio de sonhos e ilusões que queria trazer a paz no mundo estava na sua frente novamente, sua postura era cansada e curvada, mas continuava forte com ombros largos escondidos pela pesada jaqueta escura.Ela suspirou.
- Adam, é bom vê-lo novamente.
Ele sorriu fazendo as rugas dos olhos aparecerem .
Ele continuava um crianção.
Seu sorriso era o mesmo que há tempos atrás, um gênio nato que dominava de modo exemplar a língua portuguesa e se deixara seduzir pelos encantos da filosofia e política.
Trazendo o próprio caos a si e a todos a sua volta.- Há muito tempo não me chamam assim irmã.
- Você voltou por causa dela não é? - foi direta.
Ele a encarou e ela continuou disposta a profundar o assunto.
- Sua filha! Ela está tão linda Adam, se parece muito com você e sua irmã também, às vezes até parece que estou diante de Adora novamente - no seu coração sabia disso mas precisava ter certeza se tinha mais outro motivo para aquele fantasma vivo estar ali.
- Acredite irmã - a encarou sombrio - quanto menos souber, mais segura estará.
...
- Catrina...
- Adora, eu juro que se você me perguntar onde estão a porcaria dos trens de novo eu jogo sal grosso nessa sua cara de rã - resmungou.
As duas agora andavam pela avenida com Catra empurrando a Bike enquanto a loira observava os prédios.
Ela bufou inflando as bochechas e Catra desviou o olhar tentando não ter um ataque de fofura ali.
- Eu já falei que são bondes, não trens e você ainda não me respondeu - contratacou - estamos andando a círculos.
Catra contou até dez e se virou pacientemente para a fantasma.
- Não tem trens nem bondes por aqui. Entendeu? Ou vou ter que desenhar?
A garota fez bico e Catra podia apostar que ela estava ficando com raiva.
- Eu sei disso sua grossa, só queria saber o que aconteceu exatamente com eles.
- E eu que sei? Tá me achando com cara de guia turístico garota? - voltou a andar calmamente ignorando a fantasma emburrada.
- Você mora aqui e não sabe de nada da sua cidade - provocou.
- Ok, primeiro - parou e a encarou firmemente pronta a colocar um fim naquele assunto - eu não sou daqui, meus pais são. Segundo: não quer dizer que sou obrigada a saber cada pequena coisa que essa estúpida cidade teve ou tem - aquilo provocou uma carranca da loira que sentiu raiva ao ter alguém falando assim da sua cidade - e por último, quando eu nasci, as coisas já estavam assim, então eu não tenho culpa de não ter presenciado o momento histórico em que tiraram os trens e bondes pra substituir metrôs e ônibus. Satisfeita?
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O crime de Bright Moon
FanfictionCatra não era uma garota que se impressionava tão fácil assim, aliás, emoções não era algo que a jovem demonstrava. De poucas palavras e uma carranca sempre no rosto desmotivava as pessoas a se aproximarem da mesma, não que ela se importasse. Apren...