Se esgueirarando novamente, a garota morena conseguiu se espremer passando pela passagem secreta que a mesma fez. Ficava entre as árvores e como o muro estava bastante deteriorado pelas raízes da árvore, facilitou a morena que manjava um pouco de parkour. Não era nenhuma David Bayle mas conseguia pular e cair sem se machucar.
Pegou a lanterna e teve que segurar um palavrão ao perceber que acabou as pilhas.
Anotem no caderninho de vocês, lanterna de pilha é muito melhor que movida a bateria, acontece que no caso de Catra ela demorou um fuck mês pra se lembrar que usar a lanterna todas as noites gasta uma boa quantidade de energia.
Tem esses neurônios pra que Catra?
Bom, ela tinha o celular.
Outro inútil que descarregava rápido por causa do consumo de energia, inclusive Beto até comprou um de marca luxuoso pra ela, que estava guardado juntando poeira.
Foda-se, carregava quando chegasse em casa.
Ligou a lanterna e rumou até a pesada porta antiga de madeira da Biblioteca.
Com muito esforço, conseguiu abrir com o grampo e entrou querendo se matar ao ouvir a porta "gritar" um nheeemmmm.
Se o vigia não escutar, a velha sombria poderia, já que ela morava num quartinho detrás da Escola, então todo cuidado era pouco.
O relógio na parede da Biblioteca marcava 22h35. Abaixou a lanterna do celular que estava na parede e apontou para frente levando um baita susto ao perceber a garota fantasma lhe encarando, não segurou o palavrão.
- Que coisa feia! - a garota criticou cruzando os braços e lhe olhando repreendedora - moças da sua idade não podem xingar.
- Foda-se garota! Que porra cê tem na cabeça pra chegar de mansinho assim? - a loira ficou de tromba com tamanha grosseria da mais baixa, ela poderia não ter conhecimento desses nomes mas sabia que eram ofensivos.
- A culpa não é minha se você é distraída, eu estava horas do seu lado - Catra sentiu um arrepio diante daquela revelação - o que você está fazendo aqui novamente?
- Tsc , nada de mais - desdenhou dando as costas e rumando para a mesa onde ficava o micro - só vim terminar meu serviço e...
O micro desaparecera!
- Dona Sara levou a máquina para manutenção - explicou a garota vendo o interesse da jovem.
Catra segurou um urro de indignação.
- Mas que droga mano! - rosnou tremendamente frustrada - agora ferrou!
- Ferrou o quê?
- O computador ia me levar até o assassino da Bibliotecária!
- E como ele ia fazer isso?
Ô bixinha burra!
- Escuta, por que você não volta pro Além e me deixa investigar em paz, hein?
A garota descruzou os braços com raiva e apertou os punhos encarando a morena com os olhos azuis faíscando:
- Porque sua mal educada, eu vi quem matou Dona Casta. E você não!
Furiosa, a fantasma se desfez no ar e sumiu para o desespero da garota. Então ela sabia quem era o assassino!
- Ei, volta aqui. Eu tava brincando - chamou soltando a luz para todas direções.
Caraca, que burrada ela fez?
Mas não adiantava, a fantasma sumira mesmo.
Aquela garota era irritante! Ok, ela era bem irritante. Aquela malcriada continuava a lhe chamar sussurrando fraco para não atrair a atenção do vigia. Por que ela simplesmente não ia embora como todo mundo faz? Além de irritante, era teimosa, boca suja e tinha uma conduta indisciplinar, sua falta de modos era perceptível de longe.
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O crime de Bright Moon
FanfictionCatra não era uma garota que se impressionava tão fácil assim, aliás, emoções não era algo que a jovem demonstrava. De poucas palavras e uma carranca sempre no rosto desmotivava as pessoas a se aproximarem da mesma, não que ela se importasse. Apren...