Catra se trancou no quarto o dia inteiro. Por ela passaria a noite lá também, mas sua mãe a chamou para um jantar em família no seu restaurante.
Sim, Cíntia era dona do restaurante "Lua Clara" e hoje ela convidou sua mãe Angela para um jantar em memória de Casta e também para se aproximar da mãe e tirá-la do seu "estupor depressivo", segundo Cíntia, ela teria que ficar com a mãe hoje, e nada melhor do que levar sua família junto.
Catra podia ver que não ia dar certo, a "vó" não gostava nem dela e nem de Beto o que era surpreendente.
Beto era o sonho e consumo de qualquer mulher.
Mas ele preferiu se casar com alguém dois anos mais velha que ele, acima do peso e financeiramente mais pobre, já que Cíntia havia conseguido o restaurante com a ajuda do marido.
Cíntia sempre foi rica, mas por algum motivo que Catrina não imaginava foi expulsa de casa durante a juventude, sua teoria era de que ela não queria assumir o posto do seu pai, já que Micah era dono de um grande negócio passado de geração em geração, depois da morte do mesmo, ela teria que assumir mas por incrível que pareça a mulher se abdicou de tudo para ser dona de um restaurante e claro, teve ajuda do marido rico-milionário. Catra apostava que a mulher ganhava mais dinheiro agora do que se tivesse herdado o "legado" do pai: assumir a droga de um colégio. Nisso Catra achava que ela tinha razão, se fosse ela no seu lugar ela não gostaria de que mandassem no seu destino para ser dona de algo tão insignificante como um colégio.
O que se poderia esperar de alguém que se casou com o dinheiro, já que Beto era a personificação de riqueza.
"Tsc, o que ela fez ou não faz pelo dinheiro."
No fundo, Cíntia merecia ser chifrada por ser tão ingênua.
Vai ver, a relação deles era ela casada com o dinheiro do marido e o marido casado com a ingenuidade da esposa.
Ela só tinha que fingir ser cega enquanto ele continuasse a financiando.
Só esperava que aquilo não sobrasse pra ela depois.
Mas que merda de pais você foi encontrar hein, Catra.
Sentada na enorme mesa num lugar afastado e particular.
Um lugar reservado para ricos, ela diria. Estava Angela com um olhar entediante passando o dedo delicadamente na beirada da taça de vinho.
Cíntia sorriu para a mulher que acenou com os dedos de volta sem esconder seu desagrado ao olhar a figura dos dois morenos atrás da filha.
Beto e Catra se entreolharam compartilhando a mesma situação, embora com sentimentos diferentes.
Beto tentava impressionar a sogra, ao contrário de Catra que estava pouco ligando pra opinião da mulher ranzinza, ela só queria que aquilo acabasse logo. Já sabia até o que iria acontecer, Beto puxaria o saco da diretora enquanto Cíntia exibia seu sorriso mais convincente e desesperado possível para a mãe e Catra...bom, ela apenas iria se divertir assistindo dois adultos tentando chamar a atenção de alguém que não estava nem aí pra eles.
Sentada ereta e uma posição impecável de uma verdadeira dama, Angela fingia que estava prestando atenção no discurso dos dois amantes sobre como estava dando certo seus negócios.
Catra revirou os olhos "aqueles dois só pensvam em dinheiro? Ou estavam só tentando chamar a atenção da mulher?"
Engoliu seu delicioso purê e bife acompanhado de refrigerante de uva, seu preferido.
Observou a conversa agora dos três, Angela resolveu participar e agora engajaram num assunto sobre as bolsas de valores e o quanto está complicado manter seus negócios e etc...
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O crime de Bright Moon
FanfictionCatra não era uma garota que se impressionava tão fácil assim, aliás, emoções não era algo que a jovem demonstrava. De poucas palavras e uma carranca sempre no rosto desmotivava as pessoas a se aproximarem da mesma, não que ela se importasse. Apren...